terça-feira, 19 de abril de 2011

FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR


O coração como bomba; o sangue ao atingir o átrio direito,trazidos pelas grandes veias, é forçado pela contração atrial a passar pela válvula tricúspide enchendo o ventrículo direito. O ventrículo direito bombeia o sangue através da válvula pulmonar para a artéria pulmonar e, daí para os pulmões e, finalmente, pelas veias pulmonares, para o átrio esquerdo. A contração do átrio esquerdo força o sangue a passar pela válvula mitral para o ventrículo esquerdo, de onde, pela válvula aórtica, atinge a aorta e, por essa artéria, toda a circulação sistêmica.

Os dois átrios são bombas de escorva, que forçam quantidade adicional de sangue para o interior dos ventrículos respectivos, imediatamente antes da contração ventricular. Essa propulsão de sangue adicional faz com que os ventrículos atuem como bombas muito mais eficientes do que seriam, sem esse mecanismo especial de enchimento. Entretanto, os ventrículos são tão possantes que ainda são capazes de bombear grandes quantidades de sangue mesmo quando os átrios não estão funcionando.

Músculo cardíaco: sua excitação e contração; músculo cardíaco possui o mesmo tipo de mecanismo contrátil por filamentos deslizantes de actina e de miosina, que ocorre no músculo esquelético. Ao contrario do músculo esquelético, as fibras musculares cardíacas são interconectadas entre si, formando treliça que é chamada sincício. Essa disposição é semelhante à que existe no músculo liso visceral, onde suas fibras também são fundidas, formando massa interconectadade fibras, também chamada de sincício.

No coração, existem dois sincícios musculares distintos. Um deles corresponde ao músculo cardíaco, que forma as paredes dos dois átrios, enquanto o outro é o músculo cardíaco, que forma as paredes dos dois ventrículos. Essas duas massas musculares são separadas por tecido fibroso, situado entre os átrios e os ventrículos.

A importância das duas massas musculares sinciciais distintas é a seguinte: quando qualquer dessas massas é estimulada, o potencial de ação se propaga por todo o sincício e, portanto, faz com que toda a massa muscular contrai. O que faz com que todo o complexo das paredes atriais contraia a um só tempo, do que resulta da compressão do sangue para passar pelas válvulas mitral e tricúspide. Quando o potencial de ação é propagado pelo músculo ventricular, vai excitar todo o músculo sincicial ventricular. Portanto, todas as paredes ventriculares, contraem a um só tempo, e o sangue contido no interior de suas câmaras é bombeado, de modo adequado, através das válvulas aórtica e pulmonar, para as artérias.

Ritmicidade Automática do Músculo Cardíaco; a maioria das fibras musculares cardíacas é capaz de contrair ritmicamente. Isso é verdade, em especial, para grupo de pequenas fibras cardíacas, situadas na parte superior do átrio direito, que formam o nodo sinoatrial. Os potenciais de ação rítmicos que são gerados em uma fibra do nodo SA. A causa dessa ritmicidade é a seguinte: as membranas das fibras SA, mesmo quando em repouso, são muito permeáveis ao sódio. Portanto, grande numero de íons sódio passa para o interior da fibra, fazendo com que o potencial da membrana em repouso se desvie, continuamente, para o valor mais positivo. Logo que o potencial de membrana atinge nível critico, chamado de valor limiar, é produzido um potencial de ação, o que ocorre abruptamente. Ao termino desse potencial de ação, a membrana fica, temporariamente, menos permeável aos íons sódio mas, ao mesmo tempo, mais permeável do que o normal aos íons potássio, e a saída desses íons, transportando cargas positivas para o exterior, faz com que o potencial de membrana fique negativo, mais negativo que nunca, caracterizando o estado de hiperpolarização, devido à perda excessiva de cargas positivas.

Duração Prolongada do Potencial de Ação do Músculo Cardíaco e da Contração Cardíaca; outra diferença importante entre os músculos esqueléticos e cardíaco é que a contração do músculo cardíaco dura por longo período, quando comparada à do músculo esquelético, em media, de 10 a 15 vezes a duração da contração do músculo esquelético típico.

Ao invés do potencial de ação ser uma onda em ponta, de retorno muito rápido à linha de base, como acontece nas fibras nervosas calibrosas e nas fibras musculares esqueléticas, esse potencial apresenta um platô, que dura cerca de 0,3 segundo, antes de retornar ao valor de repouso. A causa desse platô é a lentidão da membrana em se repolarizar, após ter sido despolarizada.

Primeiro, o processo de despolarização da membrana, que resulta do rápido influxo de íons sódio para o interior da fibra e, segundo, o processo de repolarização, causado pelo efluxo rápido de íons potássio para o exterior da fibra. O processo de despolarização faz com que tenha o inicio o potencial, enquanto que o de repolarização causa seu termino.

No músculo cardíaco e em alguns músculos lisos, o processo de repolarização é retardado. A causa desse retardo é, principalmente, a seguinte: nesses tipos de fibras musculares, durante a despolarização, entram íons e sódio e também íons cálcio, em grande número. Ainda mais, os íons cálcio continuam a entrar por muitos centésimos de segundo após ter cessado a entrada de íons sódio. Como os íons cálcio carregam cargas positivas, essa entrada mantém o estado de positividade interna de fibra, durante todo o platô, o que impede a repolarização. Entretanto, após alguns décimos de segundo, cessa o influxo de íons cálcio e ocorre o processo de repolarização, quando então o potencial de ação retorna à linha de base.

Regulação da Ritmicidade Cardíaca; não existem nervos nas diferentes regiões do coração dessa preparação que as façam contrair, e nenhum outro sinal chega a ela, vindo de fora do coração, para produzir a ritmicidade. Em outras palavras, a ritmicidade do coração tem origem no próprio coração, e se porções desse coração são removidas do corpo, continuarão a se contrair, enquanto dispuseremde nutrição adequada.

O Nodo Sinoatrial como Marcapasso do coração; cada vez que o seio contrai, um potencial de ação é propagado pelas fibras musculares que vão do seio para o átrio e deste para o ventrículo, fazendo com que essas regiões contraiam em sucessão. O nodo SA tem freqüência mais elevada do que qualquer outra região do coração, os impulsos originados no nodo SA são propagados para os átrios e para os ventrículos, estimulando essas regiões tão rapidamente que nunca conseguem ficar lentificadas até seus ritmos naturais. Como resultado, o ritmo do nodo SA passa a ser o ritmo de todo o coração, razão por que o nodo SA é chamado de marcapasso do coração.

Condução do Impulso Atraves do Coração

Sistema de Purkinje; apesar do impulso cardíaco pode ser propagado, perfeitamente bem, pelas próprias fibras do músculo cardíaco, o coração possui um sistema especial de condução, o sistema de purkinje, que transmite impulsos com velocidade cerca de 5 vezes maior que a do músculo cardíaco normal: aproximadamente 2 m/s para apenas 0,4 m/s, no músculo cardíaco.

Ele tem origem no nodo SA, dele saem vários feixes muito delicados de fibras de Purkinje, as vias internodais, que passam pelas paredes atriais até um segundo nodo, o nodo atrioventricular, também situado na parede do átrio direito, mas localizado na parte inferior da parede posterior, próximo ao centro do coração. Desse nodo, um grande feixe de fibras de Purkinje, o feixe AV, passa imediatamente para os ventrículos, atingindo, primeiro, o septo interventricular. Após seguir, por curta distancia, por esse septo, o feixe AV se divide em dois grandes ramos; um ramo esquerdo, que se continua pela e ao longo da superfície interna do ventrículo esquerdo, e um ramo direito, com trajeto por percusso semelhante, no ventrículo direito.

Papel do sistema de Purkinje na produção da contração coordenada do músculo cardíaco; a principal função do sistema de Purkinje é a de transmitir o impulso cardíaco com muita rapidez pelos átrios e, após pequena pausa do nodo AV, também com muita rapidez, pelos ventrículos. A condução rápida do impulso fará com que todas as porções de cada sincício de músculo cardíaco, o sincício atrial e o sincício ventricular, contraiam ao mesmo tempo, de modo a exercerem esforço coordenado de bombeamento. Se não fosse o sistema de Purkinje, o impulso seria propagado, muito mais lentamente, pelo músculo cardíaco, o que permitiria que algumas fibras musculares contraíssem muito antes das outras e, também, relaxassem antes das outras. Obviamente, isso resultaria em compressão reduzida do sangue e, por conseguinte, em eficácia diminuída do bombeamento.

Função das válvulas cardíacas; as quatro válvulas cardíacas estão orientadas de modo tal que o sangue nunca pode fluir para trás, mas, unicamente, para a frente, quando o coração contrai. A válvula tricúspide impede o refluxo do sangue do ventrículo direito para o átrio direito e a válvula mitral impede o refluxo do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo, enquanto as válvulas pulmonar e aórtica, respectivamente, impedem o reflexo para os ventrículos direito e esquerdo do sangue dos sistemas pulmonar e arterial sistêmico.

As válvulas tricúspide e mitral são semelhantes uma à outra, possuindo folhetos extremamente delgados e muito expansivo, as cúspides, mantidos em suas posições por ligamentos especiais, as cordas tendíneas, com inserção nos músculos papilares. As válvulas pulmonar e aórtica também são semelhantes entre si, mas muito diferentes das válvulas tricúspide e mitral. Não possuem cordas tendíneas nem músculos papilares, mas possuem cúspides muito fortes, em forma de cuia, que abrem para o efluxo de sangue, mas fecham para o refluxo. A razão provável para as diferenças entre essas válvulas e as válvulas atrioventriculares é a de que o sangue deve fluir, com grande facilidade, dos átrios para os ventrículos, devido ao fato de que os átrios não bombeiam com muita força.

Controle Nervoso do Coração

Estimulação parassimpática; a estimulação dos nervos parassimpáticos produz três efeitos importante sobre o coração: freqüência diminuída dos batimentos cardíacos, força de contração diminuída do músculo cardíaco e condução retardada dos impulsos pelo nodo AV, o que alonga o retardo entre as contrações atrial e ventricular. Usualmente, a atividade cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante os períodos de repouso, o que permite que o coração descanse ao mesmo tempo que o resto do corpo esta repousando.

Estimulação simpática; a estimulação dos nervos simpáticos exerce, em essência, efeitos quase que opostos sobre o coração: freqüência cardíaca aumentada, força aumentada da contração cardíaca e velocidade aumentada da condução do impulso cardíaco pelo coração. Essa estimulação cardíaca é necessária quando a pessoa é submetida a situações estressantes, como exercício, doença, calor excessivo e outras condições que exigem um fluxo sanguíneo muito rápido pelo sistema circulatório.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ANATOMIA CARDIOVASCULAR


Morfologia Externa do Coração; o coração é um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora.

O tecido muscular que forma o coração é de tipo especial, tecido muscular estriado cardíaco, e constitui sua camada media, ou miocárdio.

O coração está situado no mediastino médio e é dividido em duas metades, direita e esquerda, por um septo longitudinal orientado obliquamente. Cada metade é constituída de uma câmara, chamada átrio, que recebe sangue das veias, e de outra, chamada ventrículo, que impulsiona o sangue para o interior das artérias.

O coração tem situação predominante para o lado esquerdo do plano mediano. Em media, o coração do adulto mede cerca de 12cm de comprimento por 8 a 9 cm de largura em sua parte mais larga, e tem 6 cm de espessura. No homem, seu peso varia de 280 a 340 g e, na mulher, tem de 230 a 280 g. O coração quase sempre continua a crescer em peso e tamanho até um período avançado da vida.

O coração possui um ápice que se dirige para baixo, para frente e para a esquerda, e uma base do cone truncado que é o coração e tem três faces:a esternocostal é ocupada pelo átrio direito e, sobretudo, pela sua aurícula, à direita, e pelo ventrículo direito e uma pequena parte do ventrículo esquerdo, à esquerda; a diafragmática é ligeiramente achatada por causa de seu contato com o diafragma, compreendendo os dois ventrículos; pulmonar, ou esquerda, é formada, principalmente, pelo ventrículo esquerdo e, em uma pequena extensão, pelo átrio esquerdo. A base do coração é formada pelos átrios.

Os átrios e os ventrículos são separados pelo sulco coronário ou atrioventricular, que aloja o seio coronário, a artéria coronária direita e a terminação da artéria coronária esquerda. Este sulco é bem marcado atrás, mas interrompido na frente pela artéria aorta e pelo tronco pulmonar.

A face esternocostal do coração é formada, sobretudo, pelo ventrículo direito. A face esquerda, ou pulmonar, é formada, principalmente, pelo ventrículo esquerdo, que produz a impressão cardíaca na face medial do pulmão esquerdo.

A face diafragmática é formada por ambos os ventrículos. Repousa, principalmente, sobre o centro tendendo do diafragma.

O pericárdio é o saco fibrosseroso que envolve o coração e com o qual ocupa a maior parte do

mediastino médio. O pericárdio consiste em duas laminas: uma lamina externa forte, composta de tecido fibroso resistente, denominada pericárdio fibroso, e um saco fechado bilaminar, composto de uma membrana transparente, chamado pericárdio seroso.

O pericárdio fibroso é mais ou menos cônico; seu ápice truncado é perfurado pela artéria aorta, tronco pulmonar e veia cava superior. Devido a suas muitas ligações, o saco pericárdio esta firmemente fixado no interior da cavidade torácica. Isso mantém o coração na sua posição normal dentro da cavidade torácica.

O pericárdio seroso dividi-se em duas laminas: parietal e visceral. A lamina parietal do pericárdio seroso reveste a face interna do pericárdio fibroso. É tão aderente ao pericárdio fibroso que é difícil separá-los. A lamina visceral reflete-se sobre o coração, onde forma o epicárdico, a camada externa da parede do coração. O espaço virtual entre as laminas parietal e visceral do pericárdio seroso é chamado cavidade pericárdia. Contem uma fina película de liquido, que possibilita ao coração mover-se e bater em um ambiente sem atrito.

Morfologia Interna do Coração; a parede do coração é composta por três camadas: uma externa, o epicárdico; uma media o miocárdio, e uma interna, o endocárdio. A camada superficial do epicárdico é a membrana serosa, ou pericárdio visceral. Esta camada única de células mesoteliais escamosas repousa sobre uma lamina própria de delicado tecido conjuntivo.

O miocárdio é composto de camadas e feixes de músculos cardíaco com o mínimo de outros tecidos, exceto no que se refere aos vasos sanguíneos.

O endocárdio é o revestimento interior do coração, e sua camada superficial é composta de células endoteliais escamosas e é continua com o revestimento endotelial dos vasos sanguíneos.

O septo horizontal, septo atrioventricular, divide o coração em duas porções, superior e inferior. A porção superior apresenta um septo sagital, septo interatrial, que a divide em duas câmaras: átrios direito e esquerdo. Cada átrio possui um apêndice, o qual é visto na superfície externa do coração e se assemelha a orelha de um animal, recebendo por isso a designação de aurícula. A porção inferior apresenta, também, um septo sagital, septo interventricular, que a divide em duas câmaras: ventrículos direitos e esquerdo, possibilitando, assim, a comunicação do átrio direito com o ventrículo direito e a do átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo.

Os ostios atrioventriculares são providos de dispositivos que permitem a passagem do sangue somente do átrio para o ventrículo: são as valvas atrioventriculares. A valva é formada por uma lamina de tecido conjuntivo denso, recoberta em ambas as faces pelo endocárdio. Esta lamina é descontinua, apresentando subdivisões incompletas, as quais recebem o nome de válvulas ou cúspides. A valva atrioventricular direita possui três cúspides e recebe a denominação de valva tricúspide; a valva atrioventricular esquerda apresenta duas cúspides e chama-se valva mitral ou bicúspide. Quando ocorre a sístole (contração) ventricular, a tensão nesta câmara aumenta consideravelmente, o que poderia provocar a eversão da valva para o átrio e o conseqüente refluxo de sangue para esta câmara. Isso não ocorre porque cordas tendíneas prendem a valva a músculos papilares, os quais são projeções do miocárdio nas paredes internas do ventrículo.

Vasos da Base; no átrio direito desembocam as veia cava superior, a veia cava inferior e as veias intrínsecas do coração. No átrio esquerdo desembocam as veias pulmonares direitas e as veias pulmonares esquerda, que são em numero de quatro, duas de cada pulmão.

Do ventrículo direito sai o tronco pulmonar, que, após curto trajeto, bifucar-se em artérias pulmonares direita e artérias pulmonares esquerda, para os respectivos pulmões.

Do ventrículo esquerdo sai à artéria aorta, que se dirige inicialmente para cima e depois para trás e para esquerda, formando o arco aórtico.

Nó Sinoatrial ou Nó Sinusal; este nó se localiza na região antero-lateral da junção da veia cava superior com o átrio direito, próximo à extremidade superior do sulco terminal.

Situando-se logo abaixo do epicárdico, o nó sinoatrial é uma massa pálida e fusifome. Contem uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas que se torna continua com as fibras musculares do átrio da periferia do nó.

Nó Atrioventricular; este nó, um pouco menor que o sinoatrial, esta localizado abaixo do endocárdio do átrio direito, na parte do septo interatrial que forma ou continua o trigono fibroso direito, imediatamente acima do ostio do seio coronário. Como no nó sinoatrial, constitui-se de uma rede de fibras musculares especializadas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


Vias respiratórias

Função do nariz; o nariz é uma passagem que deve ser percorrida pelo ar ao entrar e sair dos pulmões, também é uma estrutura que precondiciona o ar, aquecendo o ar, umidificando e promovendo a limpeza do ar.

A cavidade nasal é dividida por um septo central e por diversas projeções; os cornetos, que se estendem para o interior da cavidade de sua face lateral. O ar que passa pelo nariz, ao entrar em contato com essas superfícies nasais, é aquecido e umidificado. Essas estruturas, em especial, os cornetos, produzem turbulência desse ar, o que o força a reboar em muitas e diferentes direções, antes de terminar sua passagem pelo nariz.

Essa superfície é revestida por células epiteliais ciliadas, cujos cílios proeminam para o interior da camada de muco, com seu batimento dirigido para a faringe, movimentando, dessa forma, o muco e as partículas capturadas para a garganta, onde vai ser deglutido.

Função da faringe e da laringe; a faringe, comumente chamada de garganta, divide-se, posteriormente, na traqueia e no esôfago. Nessa região, o alimento é separado do ar; o ar passado pela laringe vai para a traqueia, enquanto o alimento atinge o esôfago. Essa separação do ar e do alimento é controlada por reflexos nervosos. Sempre que alimento toca a superfície da faringe, as cordas vocais fecham, ao mesmo tempo que a epiglote obtura a abertura do laringe, o que permite a passagem do alimento para o esôfago.

Cordas Vocais; A contração de músculos na laringe faz com que essas projeções se aproximem ou se afastem. Também podem ser estiradas ou relaxadas e suas bordas podem ser adelgaçadas ou espassadas por músculos das próprias cordas vocais.

Fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões; os pulmões ficam no interior da caixa torácica, formada, na parte da frente, pelo esterno e, na de trás, pela coluna vertebral; nas partes laterais, é circundado pelas costelas e é fechada, inferiormente, pelo diafragma. O ato de respirar é realizado pelo aumento e pela diminuição do volume dessa caixa torácica. A cavidade formada pela caixa torácica é cavidade pleural, normalmente, preenchida, de modo total, pelos pulmões. Os pulmões são recobertos por membrana lubrificada, pleura visceral, enquanto o interior da cavidade pleural também é revestida por membrana com iguais propriedades: a pleura parietal. Os pulmões deslizam facilmente no interior dessa cavidade estiver expandida, os pulmões também devem ficar expandidos. Em outras palavras, qualquer variação do volume da caixa torácica é imediatamente acompanhada por variação semelhante do volume dos pulmões.

Músculos da respiração; os principais músculos inspiratórios são o diafragma, os intercostais externos e os diversos músculos pequenos do pescoço que tracionam para cima a parte anterior da caixa torácica. Os músculos inspiratórios produzem aumento do volume da caixa torácica por dois meios distintos. Primeiro, a contração do diafragma promove o descenso da parte inferior da caixa torácica, o que a expande em sentido vertical. Segundo, os intercostais externos e os músculos cervicais elevam a parte anterior da caixa torácica, fazendo com que as costelas formem ângulo menor com a vertical, o que alonga a espessura ântero-posterior dessa caixa.

Músculos expiratórios. Os principais músculos da expiração são os abdominais e, em menor grau, os intercostais internos. Os músculos abdominais produzem a expiração por dois modos. Primeiro, puxam a caixa torácica para baixo, o que reduz sua espessura. Segundo, forçam o deslocamento para cima do conteúdo abdominal, o que empurra, também para cima, o diafragma, o que diminui a dimensão vertical da cavidade pleural. Os intercostais internos participam do processo de expiração por tracionarem as costelas para baixo. Quando as costelas estão tracionadas nessa direção, a espessura do tórax fica muito diminuída.

Pressões Pulmonares; pressão alveolar; durante a inspiração, a caixa torácica fica expandida, o que também expande os pulmões. Dessa forma, durante a inspiração, a expansão da caixa torácica faz com que a pressão alveolar diminua até cerca de -3mmHg, isto é ,3mmHg menor que a pressão atmosférica, e é essa pressão negativa que puxa o ar para os alvéolos, por meio das vias respiratórias.

Durante a expiração, ocorrem efeitos exatamente opostos; a compressão da caixa torácica, em torno dos pulmões, aumenta a pressão alveolar a cerca de +3mmHg, o que, obviamente, empurra o ar para fora dos alvéolos, até a atmosfera.

Pressão intrapleural; o espaço limitado pela pleura visceral, revestindo os pulmões, e a pleura parietal, revestindo o interior da cavidade torácica, formam o espaço intrapleural, onde existe a pressão intrapleural. Essa pressão é sempre menor, por alguns mmHg, do que a pressão nos alvéolos.

A pressão intrapleural permanece menor que a alveolar, por valor de cerca de 5mmHg. A razão para isso é que os pulmões estão sempre tendendo a se afastarem da caixa torácica por duas causas. Primeira, a tensão superficial do liquido que reveste as superfícies internas dos alvéolos atua no sentido de favorecer o colapso do alvéolo. Segundo, fibras elásticas ocorrem, em todas as orientações, por todo o tecido pulmonar, que também atuam no sentido de contrair o pulmão. Esses dois efeitos atuam no sentido de afastar os pulmões da parede externa da cavidade pleural, criando pressão negativa, cujo valor médio, no espaço intrapleural, é de -5mmHg.

Surfactante nos alvéolos; se os alvéolos fossem revestidos com água, em lugar do liquido alveolar normal, a tensão superficial seria tão grande que forçaria os alvéolos a permanecerem colapsados a maior parte do tempo. Contudo, uma substancia chamada surfactante, é secretada para os alvéolos por células epiteliais localizadas nas paredes alveolares. Essa substancia atua como um detergente, diminuindo de modo acentuado, a tensão superficial do liquido que reveste os alvéolos, o que impede o colapso pulmonar.

Espaço Morto; muito do ar que é puxado para as passagens respiratórias, a cada respiração, nunca atinge os alvéolos, por encher as passagens como o nariz, a faringe, a traquéia e os brônquios. Em seguida, esse ar é espirado, sem nunca ter entrado nos alvéolos. Do ponto de vista da oxigenação do sangue, esse ar é completamente inútil. Por isso, as passagens respiratórias formam o espaço morto. O volume total desse espaço é de normalmente, 150ml, o que quer dizer que, durante a inspiração de volume corrente normal de 500ml, apenas 350ml de ar novo chegam aos alvéolos.

Ventilação Alveolar, é definida como a quantidade total de novo ar que chega aos alvéolos a cada minuto. Se a cada respiração, apenas 350ml de ar novo entram nos alvéolos e a freqüência da respiração é de 12 por minuto, a ventilação alveolar tem valor médio de 4.200 ml/min.

Membrana Respiratória, também chamada de membrana pulmonar, é formada por todas as superfícies pulmonares suficientemente delgadas para permitir a difusão dos gases respiratórios para o sangue pulmonar. Elas incluem as membranas dos bronquíolos respiratórios, dos ductos alveolares, dos átrios, dos sacos alveolares e as expansões desses sacos, os alvéolos.

A membrana aparece formada por várias camadas, que incluem um delgado revestimento liquido na superfície do alvéolo, contendo a substância surfactante, uma camada de células epiteliais, que é a superfície própria do alvéolo, um pequeno espaço intersticial onde existem pequenas quantidades de tecido conjuntivo e a membrana basal, e uma camada de célula endoteliais capilares, formadoras da parede do capilar.

A pouca espessura da membrana respiratória permite, obviamente, a difusão rápida de gás carbônico e de oxigênio entre o ar alveolar e o sangue.

Circulação pulmonar, é o sistema vascular dos pulmões. Sua função é a de transportar o sangue pelos capilares pulmonares, onde o oxigênio é absorvido pelo sangue, dos alvéolos, ao mesmo tempo que o gás carbônico é excretado, pelo sangue, para os alvéolos. O ventrículo direito bombeia sangue para a artéria pulmonar. Desse vaso, o sangue flui para os capilares pulmonares e deles para as veias pulmonares, para, finalmente, atingir o átrio esquerdo. Uma vez que todas as regiões pulmonares exercem a mesma função, isto é, a de aeração do sangue, a disposição dos vasos é praticamente a mesma em todas as áreas da circulação pulmonar.

Circulação Pulmonar, é o sistema vascular dos pulmões. Sua função é a de transportar o sangue pelos capilares pulmonares, onde o oxigênio é absorvido pelo sangue, dos alvéolos, ao mesmo tempo que o gás carbônico é excretado, pelo sangue, para os alvéolos. O ventrículo direito bombeia sangue para a artéria pulmonar.Desse vaso, o sangue flui para os capilares pulmonares e deles para as veias pulmonares, para, finalmente, atingir o átrio esquerdo. Uma vez que todas as regiões pulmonares exercem a mesma função, isto é, a de aeração do sangue, a disposição dos vasos é praticamente a mesma em todas as áreas da circulação pulmonar.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


Nariz; o nariz externo tem o formato de uma pirâmide, cujo ângulo livre constitui o ápice, que se prende a parte da fronte através de uma raiz ou ponte do nariz. A borda arredondada entre o ápice e a raiz é o dorso do nariz. O nariz externo esta perfurado inferiormente por duas narinas. Cada narina é limitada medialmente pelo septo nasal e lateralmente pelas asas do nariz. O esqueleto do nariz externo é composto de ossos e cartilagens e é recoberto por tegumento e revestido por membrana mucosa.

Cavidade Nasal; da cavidade nasal estendem-se as narinas, anteriormente, e as coanas, posteriormente. Abaixo, ela esta separada da cavidade bucal através do palato duro. Posteriormente, a cavidade nasal comunica-se com a nasofaringe. O septo nasal esta formado, no sentido ântero-posterior, por cartilagem do septo, lamina perpendicular do etmóide e vômer. Na região do ápice do nariz, o septo é completado por pele e tela subcutânea e pelas cartilagens alares maiores (esta é a parte membranácea ou móvel do septo). As conchas supremas inconstante superior e media são porções do etmóide, enquanto que a concha nasal inferior é um osso separado.

Vestíbulo nasal: é uma discreta dilatação no interior da abertura de cada narina. Encontra-se revestido extensamente por pele e apresenta pêlos e glândulas sebáceas sudoríparas. O vestíbulo esta limitado superior e posteriormente por uma crista, o limiar do nariz.

Região ou parte respiratória: apresenta-se coberta por uma membrana mucosa intimamente aderente ao periósteo.

Região ou parte olfatória: esta limitada pela concha nasal superior e pelo terço superior do septo nasal. Encontra-se inervada por feixes de fibras nervosas denominadas, coletivamente, nervo olfatório. Estes feixes perfuram a lâmina crivosa do osso etmóide e terminam no bulbo olfatório.

Os seios paranasais são cavidades encontradas no interior dos ossos maxilar, frontal, esfenoidal e etmoidal. Variam em tamanho e forma e são revestidos por mucosa ciliada, que se continua diretamente com a cavidade nasal.

Faringe; consiste em um tubo fibromuscular afunilado que constitui a via comum para o ar e os alimentos. Em sua parte superior, a faringe recebe aberturas posteriores das cavidades do nariz, denominadas coanas. A faringe situa-se atrás das cavidades do nariz e da boca e da laringe. Ela conduz alimento para o esôfago e ar para as laringes e os pulmões. A faringe, com cerca de 15 cm de comprimento, estende-se da base do crânio a margem inferior da cartilagem cricóide. A parede da faringe é composta de cinco túnicas: uma túnica mucosa, uma tela submucosa, uma túnica fibrosa, uma túnica muscular e uma túnica de tecido conjuntivo frouxo.

Parte nasal da faringe: tem uma função respiratórias. Situa-se acima do palato mole e é uma extensão posterior das cavidades do nariz. Na túnica mucosa do teto e da parede posterior da nasofaringe, há uma coleção de tecido linfóide, conhecida como tonsila faríngea.

Parte oral da faringe: possui uma função digestória e é limitada pelo palato mole acima, pela raiz da língua abaixo e pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo lateralmente.

Parte laríngea da faringe: localiza-se atrás da laringe e estende-se da margem superior da epiglote à margem inferior da cartilagem cricóide onde se estreita para torna-se continua com o esôfago.

Laringe; comunica-se com a boca e o nariz das partes laríngea e oral da faringe.

Embora seja parte das vias aeríferas, a laringe atua como uma válvula para prevenir que o alimento deglutido e corpos estranhos penetrem as vias respiratórias inferiores. A laringe esta localizada na porção anterior do pescoço. Em adultos do sexo masculino, tem cerca de 5 cm de comprimento. A laringe é mais curta em mulheres e crianças e esta situada um pouco mais acima do pescoço.

O esqueleto da laringe é formado por nove cartilagens, que são unidas por vários ligamentos e membranas. Três cartilagens são imparas (tireóide, cricóide e epligote) e três são pares (aritenóide, cuneiforme e corniculada).

Traquéia; é um largo tubo que começa no pescoço como a continuação da extremidade inferior da laringe. Desce na frente do esôfago e entra no mediastino superior, um pouco a direita da linha média. É constituída por uma serie de anéis cartilagíneos incompletos (de 16 a 20 anéis), em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares.

A parede posterior, desprovida de cartilagem, constitui a parte membranácea da traquéia, que apresenta musculatura lisa, o músculo traqueal.

Tal como ocorre em outros órgãos do sistema respiratório, as cartilagens da traquéia proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de entrar em colapso e, ao mesmo tempo, unidas por tecidos elásticos, asseguram a mobilidade e a flexibilidade da estrutura que se desloca durante a respiração e com os movimentos da laringe. Embora seja um tubo mediano, a traquéia sobre um ligeiro desvio para a direita, próximo a sua extremidade inferior, antes de dividir-se em dois brônquios principais, direito e esquerdo, que se dirigem para os pulmões. A Carina traqueal indica as origens dos dois brônquios principais direito e esquerdo.

Pleuras: Cada pulmão é revestido (e fechado) por um saco pleural seroso que consiste em duas membranas continuas, as pleuras.

A pleura visceral (pleura pulmonar) reveste os pulmões, incluindo as faces dentro das fissuras horizontal e obliqua; ela não pode ser separada dos pulmões. Ela proporciona ao pulmão uma superfície escorregadia e lisa, permitindo que ele se mova livremente sobre a pleura parietal. A pleura visceral aprofunda-se nas fissuras do pulmão, de modo que os lobos do pulmão também são cobertos Por ela. A pleura visceral é continua com a pleura parietal no hilo do pulmão onde as estruturas contendo a raiz do pulmão (brônquio e vasos pulmonares) entram e saem do pulmão.

A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares e, assim, adere à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. A pleura parietal consiste em quatro partes:

Parte costal cobre as faces internas da parede torácica. É separada da face interna da parede torácica (esterno, costelas e cartilagens costais, músculos e membranas intercostais, e lado das vértebras torácicas) pela fáscia endotorácica.

Parte mediastinal cobre as faces laterais do mediastino, a massa de tecidos e órgãos que separam as cavidades pulmonares e seus sacos pleurais. O espaço entre as cavidades pulmonares. Ela é continua com a parte costal anterior e, posteriormente, com a parte diafragmática inferiormente, e com a cúpula da pleura superiormente nas linhas de reflexão pleural. Acima da raiz do pulmão, a parte mediastinal é uma lamina continua entre o esterno e a coluna vertebral. No hilo do pulmão, a parte mediastinal passa lateralmente, onde envolve as estruturas que abrangem a raiz (o brônquio e os vasos pulmonares) e torna-se continua com a pleura visceral. Inferior a raiz do pulmão, a parte mediastinal passa lateralmente como uma lamina dupla, imediatamente anterior ao esôfago até o pulmão, onde ela é continua com a pleura visceral como o ligamento pulmonar.

Parte diafragmática cobre as faces superior ou torácica do diafragma de cada lado do mediastino. É a parte da pleura parietal que cobre a face superior do diafragma, exceto ao longo de suas inserções costais e onde ele é coberto pelo pericárdio, a membrana fibrosserosa que envolve o coração. Uma lamina fina da fáscia endotoracica, a fáscia frenicopleural, une a parte diafragmática com as fibras musculares do diafragma.

Cúpula da pleura estende-se através da abertura superior do tórax até a raiz do pescoço, formando uma abobada pleural cupuliforme sobre o ápice do pulmão (a parte que se estende acima da 1°costela).

Pulmões: os pulmões são separados um do outro pelo coração, vísceras e grandes vasos do mediastino. Os pulmões fixam-se ao coração e a traqueia por meio de estruturas que englobam as raízes dos pulmões. A raiz do pulmão é formada por estruturas que entram e emergem do pulmão no seu hilo, os brônquios e vasos pulmonares.

O hilo do pulmão é a área na face medial de cada pulmão, o ponto no qual as estruturas que formam a raiz, brônquios principais, vasos pulmonares, vasos bronquiais, vasos linfáticos e nervos, entram e saem do pulmão.

As fissuras horizontal e obliqua dividem os pulmões em lobos. O pulmão direito possui três lobos, o esquerdo possui dois. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, mas é mais curto e mais largo porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e pericárdio abaúlam-se mais para a esquerda. A margem anterior do pulmão direito é relativamente reta, enquanto esta margem do pulmão esquerdo possui uma incisura cardíaca profunda. A incisura cardíaca indenta originariamente a face ântero-inferior do lobo superior do pulmão esquerdo. Isto freqüentemente cria um processo fino e linguiforme do lobo superior, a lingula, que se estende abaixo da incisura cardíaca e desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração e expiração. Cada pulmão possui:

Um ápice, a extremidade superior obtusa do pulmão que sobe acima do nível da 1° costela até a raiz do pescoço que é coberta pela pleura cervical.

Três faces (costal mediastinal e diafragmática).

Três margens (anterior inferior e posterior).

A face costal do pulmão é grande, lisa, e convexa. Ela esta relacionada com a parte costal da pleura que a separa das costelas, cartilagens costais e dos músculos intercostais íntimos. A parte posterior desta face esta relacionada com os corpos das vértebras torácicas e algumas vezes é referida como a parte vertebral da face costal.

A face mediastinal do pulmão é côncava porque esta relacionada com o mediastino médio que contem o pericárdio e coração. Visto que dois terços do coração estão à esquerda, a concavidade pericárdica é compreensivelmente mais profunda no pulmão esquerdo. A face mediastinal inclui o hilo e assim recebe a raiz do pulmão, em torno da qual a pleura forma uma cobertura ou manguito pleural.

O ligamento pulmonar pende inferiormente do manguito pleural em torno da raiz do pulmão.

A face diafragmática do pulmão, também côncava, forma a base do pulmão, que repousa na cúpula do diafragma. A concavidade é mais acentuada no pulmão direito por causa da posição mais elevada da cúpula do diafragma direito, que cobre o fígado grande. Lateral e posteriormente, a face diafragmática é limitada por uma margem fina e aguda que se projeta no recesso costodiafragmatico da pleura.

Brônquios; os brônquios principais, um para cada pulmão, seguem ínfero-lateralmente do termino da traqueia até os hilos pulmonares. O brônquio principal entra no hilo pulmonar e subdivide-se no interior do pulmão para formar a arvore bronquial. Dentro dos pulmões, os brônquios dividem-se de forma constante e em direções constantes, de modo que cada ramificação supre um setor claramente definido do pulmão. Cada brônquio principal divide-se em brônquios secundários, ou brônquios lobares (dois à esquerda e três à direita), cada um dos quais supre um lobo do pulmão. Em seguida, os brônquios lobares dividem-se em brônquios terciários ou brônquios segmentares, que suprem setores específicos do pulmão, chamados segmentos broncopulmonares. Os brônquicos segmentares sofrem ainda sucessivas divisões, antes de terminarem nos alvéolos pulmonares. Quando os brônquios são examinados com um broncoscopio, observa-se uma crista semelhante a uma quilha, denominada Carina ou bifurcação da traqueia, na extremidade inferior da traqueia.

Diafragma; o diafragma torácico é uma separação musculotendinea em formato de cúpula entre as cavidades torácicas e abdominal. É composta de duas porções: uma porção muscular periférica e uma porção aponeurotica central, o centro tendíneo.

O diafragma é o músculo mais importante da respiração. Durante a inspiração, sua porção muscular se contrai, puxando seu centro tendendo para baixo e para frente. À medida que a cúpula do diafragma se move para baixo, ela empurra as vísceras abdominais a sua frente. Este movimento aumenta o volume da cavidade torácica e reduz a pressão intratorácica, resultando na entrada de ar nos pulmões.