segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Hérnia Discal

A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.
Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, a extrusão de massa discal que se projeta para o canal medular através de uma ruptura da parede do anel fibroso. O problema é mais freqüente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.
Tipos de Hérnia de disco
Hérnia de disco protusa: neste tipo de hérnia há envolvimento apenas do anel fibroso , que migra posteriormente,ocasiona compressão e dor. Geralmente o tratamento para este caso é, conservador com antiinflamatórios, relaxantes musculares, eventualmente colete lombosacral e fisioterapia.
Hérnia de disco extrusa: neste tipo de hérnia há envolvimento do anel fibroso e núcleo pulposo, que migram posteriormente, ocasionando uma compressão intensa, provocando dor mais epicrítica e em maior tempo .
Hérnia de disco seqüestrada: neste outro tipo há um rompimento deste disco e este material rompido , migra para dentro do canal medular,que além da compressão provoca imflamação importante e compressão contínua, o paciente apresenta posição antialgica inclinando a coluna vertebral. Neste caso a melhora só é possível com procedimento cirúrgico e representam a minoria das hérnias.

Sintomas:
Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos). Esses sintomas podem variar dependendo do local da acometido.
Quando a hérnia está localizada no nível da cervical, pode haver dor no pescoço, ombros, na escápula, braços ou no tórax, associada a uma diminuição da sensibilidade ou de fraqueza no braço ou nos dedos.
Na região torácica elas são mais raras devido a pouca mobilidade dessa região da coluna mais quando ocorrem os sintomas tendem a ser inespecíficos, incomodando durante muito tempo. Pode haver dor na parte superior ou inferior das costas, dor abdominal ou dor nas pernas, associada à fraqueza e diminuição da sensibilidade em uma ou ambas as pernas.

Causas

Fatores genéticos têm um papel muito mais forte na degeneração do disco do que se suspeitava anteriormente. Um estudo de 115 pares de gêmeos idênticos mostrou a herança genética como responsável por 50 a 60% das alterações do disco.(backLetter 1995).

Sofrer exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas. (Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996.)

Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:

  • Trabalho físico pesado
  • Postura de trabalho estática
  • Inclinar e girar o tronco freqüentemente
  • Levantar, empurrar e puxar
  • Trabalho repetitivo
  • Vibrações
  • Psicológicos e psicossociais (Adersson GBJ,1992)
Diagnóstico e exames

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.

Dermátomos

Todos os dermátomos do corpo, podem ser afetados por hérnia de disco.

Dependendo da altura da coluna que está com pinçamento devido hérnia de disco, haverá dor ou formigamento em determinada região do corpo.

Exemplos de locais com hénia de disco:

Hérnia de disco na região S1 haverá sintomas na parte posterior da coxa e perna e nádegas.

Hérnia de disco na L1, causára dor na região lombar e até na virilha.

Hérnia de disco na C6, haverá dor ou formigamento tanto na região cervical (sensação de peso) como no braço do lado da hérnia de disco.

Hénia de disco na C2, haverá dor na nuca e poderá haver fortes dores de cabeça (chamada muitas vezes de enxaqueca).

Outro sintoma comum é a dor no peito, (dor no coração,angina) irradiando para o braço.O paciente acredita estar com prblemas no coração. O que é descartado com exames solicitados por seu cardiologista. Isto ocorre devido compressão (hérnia de disco ou não) na região dorsal.

Testes específicos:

* Sinal da ponta, hérnia entre L5 e S1
* Sinal de calcanhar, hérnia entre L4 e L5
* Laségue
* Bragard (confirmação do Laségue)
* Laségue contr – lateral
* Laségue invertida (DV)
* Hoover, quando o paciente simula, o fisioterapeuta não sente a pressão.
* Teste muscular
* Teste articular

* Marcha do paciente
* Posturas que o paciente adota em relação à patologia:
Sinal de Vanzetti, escoliose antálgica para o lado oposto da dor. Nos casos crônicos, podemos encontrar hipotomia dos músculos da nádega e do membro inferior acometido, da musculatura da panturrilha.

Exercícios de Mackenzie

São usados para corrigir hérnia de disco além de outras patologias da coluna lombar. Na maioria das vezes o paciente, se tratado com Mackenzie, não se faz necessário cirurgia, mas é preciso conscientizar o paciente de que podera haver recidiva em movimentos bruscos. Neste caso é só ele adotar as posturas indicadas para sua hérnia.

Estes exercícios são também usados para pós – cirúrgico.
Serão descritas abaixo as dezessete posições do método.

1 – paciente em decúbito ventral (DV) sobre uma cama não
muito mole, com os braços ao longo do corpo.

2 - paciente em decúbito ventral (DV) com o apoio do cotovelo na cama faz extensão da coluna.

3 – paciente de DV com apoio das mãos sobre a cama estender a coluna.

4 – a mesma postura adotada na terceira posição só que com um cint
o fixando a região lombar ou abaixo do segmento que estenderá.
Previne as elevação da pélvis e da coluna lombar.

5 – paciente colocado numa tabua de abdução onde graduamos a angulação da extensão da coluna. No local da divisão da coluna. No local da divisão tabua estará colocada a ultima articulação que estenderá. Cinco a dez minutos em cada grau, sendo que na posição máxima de extensão dois a dez minutos ou de acordo com a tolerância do paciente. Quando terminar o paciente deve retornar a posição horizontal e ficar por dois a três minutos.
Em certas ocasiões é preferível usar a sustentação pela tabua do que pelos braç
os, que levam ao stress.

6 – paciente de pé faz extensão da coluna com o apoio das mãos na região lombar. Repetir dez vezes este movimento.

7 – paciente em DV, na cama, com o terapeuta coloca ao s
eu lado, cruza os braços e posiciona a palma das mãos no processo transverso do segmento lombar. O terapeuta aplicará uma mobilização com suave pressão, simetricamente e de curta duração, mas quando cessar as mãos não saem do local. É repetida no mesmo segmento, dez vezes e depois é feito nos outros segmentos afetados.

8 – a mesma postura adotada na sétima posição, só que ao in
vés de mobilização, far-se-ão manipulação baseadas no método Cyriax. Dez repetições.

9 – a mesma postura anterior, só que o terapeuta fará mobilizações com rotação. Dez vezes.

10 – mesma postura adotada na sétima, com manipulações com rotação. Dez vezes.

11 – paciente em decúbito dorsal (DD), membros inferiores fletidos e rotados
para o lado direito, o terapeuta apóia o ombro esquerdo do paciente para não deixá-lo elevar–se.

12 – paciente na décima primeira posição, o terapeuta vai manipular as duas pernas de um lado para o outro.

13 – paciente em DD, abraça os dois membro inferiores sobre o abdomem.

14 – paciente de pé, fletir a coluna anteriormente, deixando os braços soltos, com o joelho esticado.

15 - paciente coloca uma perna sobre o assento da cadeira e flete
a coluna anteriormente.

16 – correção dos desvios laterais.

17 – auto correção dos desvios.

O tratamento de Mackenzie é baseado em estágios:

* Reeducação do desarranjo
* Manutenção da redução
* Recuperação da função
* Prevenção das recidivas

Determinadas posições são adotadas dependo tipo de herniação do paciente, da postura antálgiaca e seguindo uma evolução.

Os pacientes sem deformidades podem começar pelas posições em, evoluindo para dois e três. Os pacientes com hipercifose lombar começam pelas posturas um, cinco, dois e três.

Os pacientes com escoliose inicia-se o tratamento pelas po
sições dezesseis, três e dezessete.

E os com lordose fazem inicialmente as posições quinze, treze, quatorze, três, onze e doze.

É necessário também ensinar o paciente a corrigir as posturas deformantes do dia – a – dia através da conscientização corporal de como se deve:

* Sentar, com lordose e ao levantar em cadeia longas chegar o corpo para frente sentad
o na ponta da cadeia e levantar.
* Dirigir carro, o assento do banco deve estar o mais próximos do volante para diminuir o movimento do quadril e conseqüentemente da coluna lombar.
* Deitar, numa cama não muito mole.
* Levantar da cama, o paciente deve virar para decúbito lateral, dobrar as pernas e colocá-las para fora da cama e elevar o troco com auxilio dos braços.






+ resistenteReferencias:
http://www.herniadedisco.com.br/doencas-da-coluna/hernia-de-disco
http://fisioricardosena.blogspot.com/2006/07/mini-review-sobre-hrnia-de-disco.html
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/hernia/hernia_discal.htm
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.percorrere.net/alongamento.jpg&imgrefurl=http://www.percorrere.net/dicas3.htm&h=1285&w=447&sz=97&tbnid=_Z_vSI82001PrM:&tbnh=150&tbnw=52&prev=/images%3Fq%3Ddicas%2Bde%2Balongamento%2Bpara%2Bcoluna&zoom=1&q=dicas+de+alongamento+para+coluna&hl=pt-BR&usg=__l8FxujJOuCb1PvnKzDLg1IoHT04=&sa=X&ei=9KQPTeOFFcL7lwfYivHJDA&ved=0CDwQ9QEwBA
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.trilhamotoclube.com/wp-content/uploads/2010/04/alongamentos.jpg&imgrefurl=http://www.trilhamotoclube.com/index.php/2010/04/&h=750&w=1000&sz=63&tbnid=zU3ZOKjQZDDZlM:&tbnh=112&tbnw=149&prev=/images%3Fq%3Ddicas%2Bde%2Balongamento%2Bpara%2Bcoluna&zoom=1&q=dicas+de+alongamento+para+coluna&hl=pt-BR&usg=__s5ei4Fk12090UP6ssG-4qalxnN8=&sa=X&ei=9KQPTeOFFcL7lwfYivHJDA&ved=0CDoQ9QEwAw

domingo, 19 de dezembro de 2010

Introdução a Coluna Vertebral

Coluna Vertebral:
A coluna vertebral é constituída pela superposição de uma série de ossos isolados denominados vértebras. Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea.
São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas.

Curvaturas da Coluna Vertebral:
Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas.
São elas: cervical (convexa ventralmente - LORDOSE), torácica (côncava ventralmente - CIFOSE), lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) e pélvica (côncava ventralmente - CIFOSE). Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar).
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE.







Características gerais:
Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra inferior.
FUNÇÃO: Sustentação.
Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e posteriormente.
FUNÇÃO: Movimentação
Processo Transverso: São 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina.
FUNÇÃO: Movimentação.
Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si.
FUNÇÃO: Obstrução.
Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso.
FUNÇÃO: Proteção.
Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral.
FUNÇÃO: Proteção.
Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco ósseo.
FUNÇÃO: Proteção




Características regionais:
Vértebra Cervical: Apresenta um forame no processo transverso chamado forame transverso ou forame da artéria vertebral.




Vértebra Torácica: Apresenta uma faceta articular para as costelas (fóvea costal).







Vértebra Lombar: Apresenta um processo transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal.




Características individuais:
Atlas ( 1ª vértebra cervical )
A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não possuir corpo.
Além disso, esta vértebra apresenta outras estruturas:
* Arco Anterior - forma cerca de 1/5 do anel.
* Tubérculo Anterior
* Fóvea Dental - articula-se com o Dente do áxis (processo odontóide)
* Arco Posterior - forma cerca de 2/5 do anel.
* Tubérculo Posterior
* Massas Laterais - partes mais volumosas e sólidas do atlas e suportam o peso da cabeça.
* Face Articular Superior - articula-se com os condilos do occipital.
* Face Articular Inferior - articula-se com os processos articulares superiores da 2ª vértebra cervical (Áxis).
* Processos Transversos - encontram-se os forames transversos.

Vista Superior



Vista Inferior



Áxis ( 2ª vértebra cervical )
Apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo Odontóide)que localiza-se superiormente e articula-se com o arco anterior do Atlas.

Vista Anterior


Vista Posterior



Vértebra Proeminente ( 7ª vértebra cervical )
* Processo espinhoso longo e proeminente.




Sacro:

Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vértebras fundidas - não móveis) e inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vértebras - não móveis).


O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para baixo. Articula-se superiormente com a 5ª vértebra lombar e inferiormente com o cóccix.
O sacro é a fusão de cinco vértebras e apresenta 4 faces: duas laterais, uma anterior e uma posterior.
Faces Laterais
O principal acidente das faces laterais são as faces auriculares que servem de ponto de articulação com o osso do quadril ( Ilíaco ).
Face Anterior ( Ilíaca )
É concava e apresenta quatro cristas transversais, que correspondem aos discos intervertebrais. Possui quatro forames sacrais anteriores.
Face Posterior ( Dorsal )
É convexa e apresenta os seguintes acidentes ósseos:
* Crista Sacral Mediana - apresenta três ou quatro processos espinhosos
* Crista Sacral Lateral - formada por tubérculos que representam os processos transversos das vértebras sacrais.
* Crista Sacral Intermédia - tubérculos produzidos pela fusão dos processos articulares
* Forames Sacrais Posteriores - lateralmente à crista intermédia
* Hiato Sacral - abertura ampla formada pela separação das lâminas da quinta vértebra sacral com a linha mediana posterior.
* Cornos Sacrais - tubérculos que representam processos articulares posterior da quinta vértebra sacral
Base
* Promontório
* Asas Sacrais
* Processos Articulares Superiores Direito e Esquerdo - articulam-se com a quinta vértebra lombar.
* Canal Sacral - canal vertebral do sacro.
Ápice
Articula-se com o cóccix.


Vista Anterior



Vista Posterior


Vista Lateral


Cóccix
Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para baixo.
O cóccix apresenta algumas estruturas:
* Cornos Coccígeos
* Processos Transversos Rudimentares
* Processos Articulares Rudimentares
* Corpos

Vista Anterior


Vista Posterior

Disco Intervertebral

Entre os corpos vertebrais desde a segunda vértebra cervical até o sacro, existem discos intervertebrais.

Constituído por um tecido fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado anel fibroso, e uma substância interna, elástica e macia, chamada núcleo pulposo. Os discos formam fortes articulações, permitem várias movimentos da coluna vertebral e absorve impactos.








A movimentação da coluna
O movimento entre duas vértebras envolve sempre três articulações: o disco, na frente, e as duas articulações facetarias, atrás. Esses movimentos são muito limitados, mas, a soma da pequena mobilidade de cada segmento faz com que a coluna, como um todo, possa mover-se amplamente em todas as direções.
Cada parte da coluna se move de um modo próprio, por exemplo, ao olhar para os lados, metade da rotação da cabeça se dá entre a primeira e a segunda vértebras cervicais, pois suas articulações são preparadas para isto. Os outros segmentos do pescoço não fazem tanta rotação, mas permitem movimentos bem amplos nas outras direções. Já a coluna torácica é mais rígida, pois a presença das costelas limita os movimentos. A região lombar tem boa mobilidade, menor que a do pescoço, mas suporta todo o peso da coluna.
Os discos lombares mais baixos são os que mais sofrem pressão, pois estão na base da coluna. Quando se está em pé, a carga sobre esses discos é praticamente o dobro do peso do corpo. Alguns movimentos como o simples ato de sentar ou levantar pesos podem dobrar essa carga. É por isso que a maioria das lesões por desgaste acontece nesses discos.

Algumas Patologias que mais acomete a coluna:
As doenças que acometem a coluna vertebral podem afetar a medula espinhal, as raízes nervosas e os nervos, e muitos dos seus sintomas são explicados por esse fato.
Hérnia discais lombares:
Apresentam, como quadro clínico, dor lombar (lombalgia, lumbago) freqüentemente associada a dor em choque, formigamento, perda de sensibilidade ou força em um dos membros inferiores, raramente com acometimento do controle urinário e fecal e da potência sexual. O diagnóstico é feito atualmente pelo exame clínico neurológico, e confirmado pelos exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética de coluna lombar. Os níveis mais comumente afetados são L5/S1 e L4/L5. O tratamento consiste em analgésicos, repouso relativo, reabilitação com fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia.
Hérnias discais torácicas:
São raras, mais freqüentemente associadas com histórico de traumatismos, e apresentam-se com dor local, dificuldade para a marcha, perda de sensibilidade em membros inferiores e perda de controle esfincteriano. O diagnóstico também é feito pelo exame neurológico e confirmado pelos exames de tomografia computadorizada e pela ressonância magnética de coluna torácica.
Hérnias discais cervicais:
Manifestam-se, geralmente, com dor cervical irradiada para membros superiores (braço e antebraço). É comum a alteração de sensibilidade nos membros superiores com sensação de formigamento e dor em choque. O diagnóstico é confirmado por ressonância nuclear magnética de coluna cervical (RNN), e o tratamento consiste em repouso, imobilização, analgesia, antiinflamatórios e fisioterapia. O tratamento não-cirúrgico alcança êxito em aproximadamente 90% dos casos. Após um período de 6 a 8 semanas de tratamento adequado, com as medidas descritas anteriormente, se o paciente não apresentar melhora significativa, está indicado o tratamento cirúrgico (discectomia).
Canal estreito lombar (estenose do canal raquídeo):
Manifesta-se com dificuldade para a marcha associada a dor lombar e em membros inferiores (o paciente refere dor ao caminhar uma certa distância e melhora ao interromper a marcha). Os distúrbios esfincterianos podem estar presentes. O diagnóstico é confirmado por raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética de coluna lombar.
Canal estreito (espondilose) cervical:
Pode se manifestar da mesma forma que as hérnias discais cervicais, porém com curso mais lento (piora mais gradual) e com maior predomínio da dor cervical à movimentação. O diagnóstico é feito com auxílio de raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética de coluna cervical.
Espondilolistese:
O termo espondilolistese significa o escorregamento de uma vértebra sobre a outra mais próxima. Este escorregamento ou predisposição para o mesmo pode ter várias causas. A mais comum é a congênita (relacionadas a defeitos da coluna ao nascimento) e a degenerativa (provocada por desgaste das articulações e transtornos dos discos intervertebrais). O tipo congênito é comum, sendo causa freqüente de dor na infância e adolescência. O degenerativo ocorre, em geral, após os 50 anos de idade e é mais comum em mulheres. O tratamento, em geral, é não cirúrgico com exercícios para adequado reforço dos músculos da coluna vertebral e condicionamento físico global. O uso temporário de colete/ortese atenua as crises de dor lombar.

Desvios Posturais:
HIPERLORDOSE CERVICAL: Acentuação da concavidade da coluna cervical, colocando o ponto trago para traz da linha de gravidade. É causada , geralmente pela hipertrofia da musculatura posterior do pescoço.
HIPERCIFOSE: Acentuação da convexidade da coluna torácica, colocando o ponto acromial à frente da linha de gravidade. Pode ser do tipo flexível (quando a correção pode ser obtida através de contração muscular voluntária - causada por maus hábitos posturais) ou rígida (é quando a correção já não pode ser obtida com uma simples contração muscular ou manual, devido a frequência de uma atitude cifótica - A musculatura anterior do tórax está muito hipertrofiada e a posterior está muito alongada).
HIPERLORDOSE LOMBAR: é caracterizada pela acentuação da concavidade lombar, colocando o ponto trocantérico para traz da linha de gravidade. Causada pela hipertrofia da musculatura lombar (dorsal, ilíaco dorsal, ilíaco lombar, ilio-psoas, semi-espinhal, interespinhal, rotatores, epiespinhais, intertransversais), ou por enfermidades.
COSTA PLANA: é a inexistência ou inversão de qualquer das curvaturas da coluna vertebral. Geralmente apresenta-se na coluna lombar e causada pela hipertrofia da musculatura abdominal e pela hipotonia da musculatura lombar.
ESCOLIOSES: São deformações da coluna vertebral, fazendo com que a linha espondílea não fique reta. Segundo Kapandji, 1990, há uma inclinação com uma rotação vertebral. Ex: se for escoliose direita o c volta-se para a esquerda e o alongamento (membros) volta-se para a direita.
BICO DE PAPAGAIO: Nome popular dado a Osteofitose;
A adoção de posturas erradas leva, ao longo do tempo, a lesões das articulações vertebrais. A osteofitose aparece decorrente da protrusão progressiva do anel fibroso do disco intervertebral, dando origem à formação de osteofitos cujos efeitos são agravados pela desidratação gradual do disco intervertebral, causando a aproximação das vértebras, comprimindo a raiz nervosa e causando dores.


Aguarde as próximas postagens, patologias da coluna e intervenção fisioterapêutica

Referências:

http://www.sogab.com.br/anatomia/colunavertebraljonas.htm

www.auladeanatomia.com/osteologia/coluna.htm
http://www.institutocoluna.com.br/coluna.htm#Biomecânica
http://www.cdof.com.br/fisiote2.htm

sábado, 18 de dezembro de 2010

Bronquiolite Viral Aguda


A bronquiolite aguda é uma das causas mais comuns de infecção nos primeiros anos de vida, acometendo cerca de 15% das crianças até dois anos de idade; é também a responsável pela hospitalização de cerca de dois em cada 100 lactentes.
É a infecção viral das vias aéreas inferiores mais comum no lactente, classicamente definida como o primeiro episódio de sibilância. Os agentes etiológicos mais comumente associados a essa doença são o vírus sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, influenza e adenovírus.

Epidemiologia:
Contágio: normalmente a nível domiciliar (um familiar com IVAS), ambientes hospitalares ou onde co-habitam muitas crianças.
Contágio em profissionais de saúde principalmente através das mãos.

Fatores de risco:
< 6 meses -> maior
Baixo peso ao nascer -> gravidade
Desnutrição
Imunodeficientes e doenças de base
Aglomeração
Baixa idade materna
Amamentação

Fisiopatologia:
Alterações inflamatórias dos bronquíolos.
Fenômenos obstrutivos:edema, produção de muco, acúmulo local de fibrina e restos celulares através de mediadores relacionados a resposta imunológica.

Quadro Clínico:
Pródromos: febre, coriza, tosse (48-72h)
Quadro instalado:
Febre
Tosse
Taquipnéia
Tempo expiratório prolongado
Sibilos expiratórios
Estertores creptantes
Cianose
Apnéias

Exames Complementares:
Hemograma:inespecífico, leucocitose com aumento de formas jovens, anemia.
Gasometria arterial: avaliação e acompanhamento de insuficiência respiratória, oxigenação.
Rx tórax: atelectasias, pneumotórax, pneumonia associada.Hiperinsuflação pulmonar.

Tratamento Fisioterapêutico:
Os principais objetivos seriam aumentar a remoção de secreções e melhorar a função pulmonar por reverter áreas de colapsos, através da drenagem postural, percussão torácica e vibração/vibrocompressão, como por exemplo, em casos de doenças obstrutivas (como asma e fibrose cística), atelectasias, pneumonias ou fraqueza muscular com tosse ineficaz, além de seu emprego em recém-nascidos prematuros que permanecem por períodos longos na ventilação mecânica.
A AFE procura esvaziar passivamente os pulmões de secreções através do aumento do fluxo expiratório. Pode ser aplicada com as duas mãos, com ação sobre a dinâmica dos brônquios, movimento dos fluidos, e reologia das secreções que serão mobilizadas e expelidas.
A Expiração Lenta Prolongada (ELPr) corresponde à vertente pediátrica do ELTGOL (Expira-ção Lenta Total em Decúbito Infralateral com a Glote Aberta), e trata-se de uma técnica passiva de auxílio expiratório ao lactente, devido à sua incapacidade de cooperação, realizada em decúbito dorsal, através de pressão manual torácica e
abdominal sincronizadas, de forma lenta, ao final da expiração espontânea até o volume residual, e pode ser associada à vibração.
Esta técnica tem por característica promover maior volume expiratório, com obtenção da desinsuflação pulmonar, o que evita o estreitamento brônquico distal e promove a depuração de via aérea periférica. Ao trazer as secreções de via aérea inferior para via aérea tráqueo-brônquica através do ELPr, estas devem ser eliminadas através
de tosse. Nos lactentes, devido à incapacidade de ação sob comando, ou de realizar tosse voluntária, esta pode ser provocada (tosse provocada ou reflexa) através de estimulação de receptores mecânicos da traquéia extratorácica, por exemplo, por estímulo de fúrcula esternal com o polegar ou da cavidade bucal baixa próxima a epiglote, com o dedo mínimo ou com espátula.

Referências:
www.hinsg.org.br/pneumologia/aulas/2009/bronquiolite_viral_aguda.ppt
www.hinsg.org.br/pneumologia/.../BRONQUIOLITE_VIRAL_AGUDA.ppt
pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1273.pdf

domingo, 5 de dezembro de 2010

Exercícios com Powerball

Definição de Powerball
Power Ball é um giroscópio extraordinariamente preciso,consiste numa sólida esfera, com um rotor de elevada velocidade, instalado no seu interior.
Este rotor é colocado em movimento através da utilização de uma corda, ou simplesmente com o dedo, e acelerado com a rotação do punho. Não contém qualquer motor ou baterias, e toda a energia produzida é gerada por você! Quanto mais forte for, mais rápido conseguirá fazer a sua Power Ball girar!
Estes exclusivos aparelhos geram uma força notável, submetendo os ombros, braços e punhos do utilizador a uma enorme pressão, tornando-os o complemento ideal para os entusiastas do fitness, e de qualquer tipo de esporte.

Powerball no esporte
Como o Powerball trabalha a musculatura dos braços e mãos, ele é excelente para esportes que exigem destes membros.
Atletas que praticam os mais diversos esportes ja estão se beneficiando como Powerball.Entre as atividades esportivas mais conhecidas estão: tênis, tênis de mesa, motocross, bicicross, down hill, jiu-jitsu, kart, judô, tiro ao alvo, volêi, arco e flexa, golfe, artes marciais, basquete e muitas outras...

Exemplo de exercícios com Powerball
Antebraço - sentido anti-horário
Estenda seu braço e gire seu punho na direção anti-horário para concentrar a força nos músculos superiores do antebraço.

Antebraço - sentido horárioUsando a mesma técnica acima, girando seu punho no sentido horário, você estará concentrando a força nos músculos inferiores do antebraço.

Bíceps
Para exercitar seus bíceps, flexione seu braço e movimente a bola no sentido anti-horário. Gire seu punho também para dentro.

PeitoralMantendo seu braço quase estendido e mantendo a Power Ball para frente, os músculos do peitoral são exercitados.

Ombro (Deltóide)
Mantendo seu braço reto e baixo ao seu lado, gire a Power Ball sentido horário para treinar os músculos Deltóides.

Dedos e Mão (Força da Pegada)Quando você usa a NSD Power Ball em um regime de rotações baixas, movimentando-a apenas com os dedos, a Power Ball aumentará a força da pegada da sua mão e dos seus dedos.

Fortalecimento do punho
Independente como você segura sua NSD Power Ball ou em qual regime você trabalha, a Power Ball fortalece os seus punhos em todas as situações.

Beneficios do Powerball
Reabilitação:As Power Balls são capazes de produzir nos seus ombros, braços e punhos um extraordinário trabalho físico que garante um aumento muito significativo de força e resistência aos seus membros.
Por outro lado, a sua suavidade e o seu movimento controlado e equilibrado são também capazes de gerar (sem impacto) o tipo de resistência ligeira, necessária para a fase mais delicada da reabilitação de lesões ou inflamações nos punhos. Por estas razões, as NSD Power Balls dispõem já de numerosas recomendações por parte de médicos e fisioterapeutas.
Esportes:Tal fortalecimento dos punhos, braços e ombros traduzir-se-á em melhoras significativas na prática de qualquer esporte, e as NSD Power Balls já contribuíram para milhares de atletas das mais variadas áreas melhorarem o seu desempenho. De fato, a prática de qualquer esporte que envolva o uso dos braços, ombros e punhos terá melhores resultados após apenas 30 dias de treino com uma NSD Power Ball!
Fitness:Independentemente da condição física em que se encontram atualmente os seus braços e punhos, resultado, por exemplo, do trabalho de ginástico com halteres e pesos, ao usar uma NSD Power Ball pela primeira vez, vai realmente sentir queimar...
Este fantástico produto produz no seu punho uma vasta gama de movimentos, aumentando simultaneamente a sua força e resistência – algo que nenhum outro tipo de exercício físico pode sequer fazer parecido! Sentirá que está usando e exercitando músculos que provavelmente nem sequer sabia que tinha! Devido à sua capacidade para produzir resistência desde cerca de 0,5 kg até 20 kg, é literalmente como ser capaz de transportar halteres de musculação… no seu bolso!
Claro que, como qualquer exercício intensivo, a regularidade provocará uma diminuição progressiva da sensação de fadiga muscular e começará a sentir um aumento de força e resistência nos seus membros superiores - mais especificamente na área do punho e antebraço, mas também de uma forma global, no ombro e braço.

Referênciashttp://www.powerball.com.br
http://www.nsdball.com.br/exercicios.html

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Osteoartrose

Realizado por: Eliana Prates

Definição:“Doença degenerativa da cartilagem articular, de caráter progressivo, com sintomatologia dolorosa geralmente insidiosa, podendo causar na sua evolução deformidade e limitação articular, rigidez e poderá estar associada a manifestações inflamatórias”

Termos:
DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA
ARTROSE
ARTRITE HIPERTRÓFICA
ARTRITE DEGENERATIVA
OSTEOARTRITE
OSTEOARTROSE

Epidemiologia e Incidência:
Doença + frequente em toda a população mundial;
Brasil: 16,2% da população (30 a 40% consultas);
> 60 anos
> mulheres (mãos e joelhos)
> homens (quadril)
Observação: Por volta dos 40 anos de idade, 90% de todas as pessoas irão ter algumas alterações degenerativas nas articulações de sustentação, mesmo que os sintomas clínicos estejam geralmente ausentes.

Definição Cartilagem:
Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos (unidos) que possuem algum grau de movimentação entre eles.

Função da Cartilagem:
A função básica da (CA)
Diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento.
Absorção de choque quando submetido à forças de pressões (como no caso do quadril, joelho, tornozelo e pé), ou de tração, como no caso dos membros superiores.
Outras estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos como no caso do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e, dos ligamentos, que ajudam a manter unidas e estáveis as articulações.

Teoria Mecânica da Osteoartrose:
Cartilagem articular normal: tecido conjuntivo denso, derivadas de uma célula mãe chamada fibroblasto que formam os condrócitos (células produtoras de cartilagem).
Os condrócitos, são responsáveis pela fabricação de uma substância denominada protocolágeno que, por um processo ainda não tão bem conhecido, aglutina-se, formando fibras de colágeno, as quais serão as grandes responsáveis pela resistência mecânica da cartilagem articular.
Colágeno do tipo II é o mais abundante na cartilagem articular e se dispõem de duas maneiras distintas.
Cartilagem funciona como uma grande mola, ou uma esponja de silicone embebida em água. A hidratação da cartilagem e a integridade da mesma.
1ª forma arcos de sustentação, funcionam como molas, ajudando na absorção de impactos diretos sobre a cartilagem.
2ª funciona como sistema hidráulico, formado não somente pelas fibras colágenas mas também por mucopolissacarídeos sulfatados (sulfato de glicosamina e o ácido hialurônico), sendo responsáveis pela agregação de moléculas de água que darão o caráter hidráulico da cartilagem, funcionando como uma esponja para diminuir o stress mecânico.
Toda vez que tivermos alterado o estado de equilíbrio entre os constituintes articulares, estaremos sujeitos ao PROCESSO DE DEGRADAÇÃO ARTICULAR e, consequentemente, o desenvolvimento da OSTEOARTROSE.
Quando a cartilagem articular é submetida a um macro trauma ou um micro trauma de repetição, existe, segundo a teoria mecânica, uma quebra de grande número de fibras colágenas, o que produziria um fenômeno inflamatório local, com liberação de enzimas proteolíticas e degradação da cartilagem articular.
Neste processo de aumento de destruição, o condrócito, único tipo de célula existente na cartilagem articular, não teria capacidade de regenerar aquele excedente destruído, fazendo com que o dano articular persisti-se.

Etiologia:
Avanço da idade (diminuição da função condrocitária e da elasticidade dos tecidos periarticulares);
Pré-disposição genética;
Estresse mecânico (lesão articular prévia, uso repetitivo da articulação, atividade física intensa e obesidade);
Inatividade/sedentarismo

Classificação:
OA PRIMÁRIA:
Idiopática
Erosiva inflamatória
Sem história de trauma ou outras patologias associadas
Pode ter caráter hereditário
Diminuição na concentração de proteoglicanos (diminuição da elasticidade).
OA SECUNDÁRIA:
Quando existe uma patologia prévia causadora do processo osteoartrósico;
Sobrecarga: estresse mecânico, alterações biomecânicas, obesidade;
Doenças Congênitas: luxação de quadril, necrose avascular da cabeça do fêmur...
Doenças Inflamatórias: Artrite Reumatóide
Doenças Metabólicas: Gota (depósito microcristais), Doença de Paget...
Afecções Hemofílicas: Hemofilias
Pós-Trauma: fraturas, entorses, meniscectomia...

Quadro Clínico:
Dor espontânea localizada e hipersensibilidade:Ocorre no início do movimento, alivia com repouso, piora com atividades com carga, á noite, climas frios ou variações climáticas bruscas e pós-estresse emocional.
Rigidez articular pós-repouso:Ocorre menor lubrificação intra-articular
Parestesias:Associadas a compressões de estruturas nervosas na região da coluna vertebral (osteófitos)
Diminuição proprioceptiva:Em razão da inatividade e deterioração das estruturas periarticulares
Fraqueza Muscular:Ocorre pela distensão dos tecidos periarticulares (cápsula e ligamento) em função do edema e dor, levando a uma inibição da atividade reflexa muscular.
Espasmo Muscular:Ciclo dor-espasmo-dor
Crepitações Articulares Palpáveis:Devido á irregularidade das superfícies articulares ou atrito entre partes moles inflamadas
Limitação da ADM:Hipertrofia capsular, tendões e ligamentos, presença de osteófitos, dor e edema
Deformidades Articulares (incongruências):Ex: semiflexões de joelho e quadril: posturas que geram menos pressão e consequentemente menos dor.
Sinais Inflamatórios Articulares:Edema e derrames articulares (início) e osteófitos e espessamento capsular (+ avançadas)
Derrame Articular:Traumas e uso excessivo da articulação
Osteófitos e Nódulos Ósseos:Osteófitos: proeminências ósseas
Nódulos de Heberdem: nódulo arredondado nas margens das articulações interfalângicas distais das mãos.

Locais Acometido:
Nomenclatura dada de acordo com a articulação acometida:
Gonartrose: OA de joelhos
Espondiloartrose: OA de Coluna cervical e lombar
Coxartrose: OA de Quadril
Rizoartrose: OA de articulação carpometacarpal do primeiro dedo.

Diagnóstico:
Anamnese:
Dados pessoais
HMA: dor, rigidez matinal (<30 minutos), crepitações, dificuldade Avds, alteração funcional (amplitude dolorosa de movimento)

Exame Físico:
Inspeção: deformidades, movimentos irregulares (biomecânica), coloração da pele (inflamação?), edema, derrame, hipotrofia muscular...
Palpação: pontos dolorosos, alteração de temperatura, edema (cacifo?), crepitação...
Goniométria: geralmente está diminuída no local acometido
Testes de FM: diminuída nos grupos musculares envolvidos
Testes Especiais:
Geralmente a nível de comprometimento nervoso (cervical, lombar), C= teste de compressão, manobra valsava, adson; L= teste de lasegue, slump
Quadril: teste da bigorna, thredenlemburg, ober
Exames Radiológicos:
RX
Presença de osteófitos
Esclerose
Diminuição do espaço articular
Incongruência
Desmineralização óssea
Irregularidade articular

Tratamento:
CONSERVADOR
AINH
Corticóides
Infiltração intra-articular
Condroprotetores (sulfato de condroitina)
Repouso
FISIOTERAPÊUTICO
OBJETIVOS
Diminuição da dor e controle inflamatório
Diminuição de edemas
Aumento de ADM (funcionalidade) e diminuição da rigidez articular
Facilitação das AVDs
Aumento da FM
Melhora da postura e diminuição sobrecarga
Melhora do condicionamento físico
Orientações gerais
Conduta
Termoterapia (????) - Crioterapia
Hidroterapia
Exercícios Terapêuticos (CINESIOTERAPIA): mobilizações passivas, alongamentos passivos estáticos, tração articular.
Massoterapia, pompage
FM: exercícios isométricos (menor estresse mecânico)
exercícios isotônicos concêntricos e excêntricos: etapa mais avançada, com pouca carga e pouca repetição. Terminar com crioterapia (diminui atividade enzimática, controla dor e edema)
Técnicas de reeducação postural
Muletas, bengalas, andadores e utilização de órteses
Atividades de baixo impacto, dosada, regular e orientada
Orientações:
TERMOTERAPIA (????)
Obs: enzimas que degradam a cartilagem são praticamente inativas à temperatura articular normal (30 a 33 graus C). Elas podem aumentar em até 4 vezes a 36 graus. Eleva a taxa metabólica a níveis altíssimos.
Estágios avançados de OA (sem inflamação exuberante) com mínimas possibilidades de reparação da cartilagem
Recurso viável no controle da dor e rigidez
Orientações: (muito importante)
Perda de peso
Repouso
Evitar carregar objetos pesados
Evitar caminhadas excessivas
Evitar superfícies irregulares
Evitar subir e descer escadas
Não permanecer longos períodos em pé
Bengala do lado contralateral nas OA unilaterais
Andador ou muletas nas OA bilaterais
CIRÚRGICO
Artroscopia: “TOILLETE ARTICULAR” – debridamento
Osteotomias: reposicionamento ósseo (congruência)
Artroplastia: Endopróteses
Artrodeses: cirurgia estabiliza (funde) as articulações com enxertos ósseos ou barras metálicas.

Referências:
HEBERT, S., XAVIER, R. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Práticas. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2003 pág. 767.
WEISTEIN, S. C., BUCKWALTEHER J. A. Ortopedia de Turek: Princípios e suas aplicações. 5 ed. São Paulo: Manole, 2000 pág. 153.
Aula da Profª Esp. Carla de Campos Ciccone (Osteoartrose)
http://www.osteoartrose.com.br/deformidades.php
http://www.ortopediadoquadril.com.br/

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Artrite reumatóide juvenil


É uma doença crônica, auto imune, de etiologia desconhecida, que ocorre em crianças menores de 16 anos, que se caracteriza pela presença de artrite crônica em 1 ou mais articulações, com possíveis manifestações sistêmicas (pele, coração, olhos, etc.)
• Caracterizada por alterações como: inflamação, deformidades, alterações no crescimento, rigidez articular, fraqueza muscular, diminuição da atividade funcional.
• Não é fatal mas caso não seja tratada precocemente pode acarretar prejuízos permanentes.

Poliarticular:
-Acomete 5 articulações ou mais, simétrica, envolvendo grandes artic. (J,T,P,C,) e pequenas artic. das mãos.
- Os sintomas articulares predominam desde o início e as manifestações sistêmicas são geralmente discretas.
- Apresenta dificuldade na marcha, irritabilidade e posturas de defesa.
- Coluna cervical perde a mobilidade
- Envolvimento da temporomandibular que limita a abertura da boca.
- Vasculites cutâneas.
- Febre baixa.
- É a que acarreta maior destruição articular e com isso menor capacidade funcional e qualidade de vida.
- Pode ser dividida em dois subgrupos:
1- Com fator reumatóide negativo
2- Com fator reumatóide positivo: afeta adolescentes do sexo F e tem pior prognóstico. É mais agressiva e evolui com recorrências freqüentes ou atividade contínua.

Oligoarticular:
* Afeta 4 ou menos articulações.
* É a mais freqüente, 50% dos casos.
* J,T são artic. mais afetadas, de forma assimétrica. Coluna Cervical e mãos são pouco afetadas.
* O início é insidioso, assintomático.
* Não tem manifestações sistêmicas, exceto Uveíte.
* Possui dois subgrupos:
1- atinge meninas, menores de 5 a, alto risco de uveite.
2- atinge meninos, maiores 10a, acomete sacroilíacas, J, T, apresenta entesites e
pode desenvolver E.A.

Manifestação da artrite reumatóide juvenil:
Os sintomas podem ser encontrados em cerca de dois terços dos pacientes. Os mais comuns são: fadiga fácil, astenia, perda de pêso e distúrbios vasomotores, com sensação de dormencia e formigamento das mãos e dos pés. Pacientes com artrite reumatóide frequentemente relacionam o início de sua enfermidade com o aparecimento de distúrbios que tendem a esgotar as reservas físicas e/ou emocionais: infecção aguda, contágio, trabalho pesado, ansiedade e tensão emocional. Um início insidioso, gradual, é considerado mais característico, e ocorre em pouco mais da metade dos pacientes. Dor ao movimento e rigidez são notadas habitualmente em somente uma ou poucas articulações, seguidas de edema. Embora quase qualquer uma das articulações do corpo possa ser inicialmente comprometida, em poucas semanas as pequenas articulações das mãos e dos pés são usualmente afetadas. Um início agudo não é raro: a dor e o edema aparecem súbitamente em múltiplas articulações, associados com calafrios, febre e prostração. Às vezes, particularmente nas crianças, a reação febril é o traço destacado e pode preceder qualquer compartimento articular por vários meses.

Manifestações clínicas e sintomas:
A dor nas articulações acometidas varia consideravelmente e nem sempre é proporcional ao grau da tumefação. A dor em repouso, não aliviada por analgésicos e pelo calor, é bastante incomum, excepto quando há grave inflamação aguda. A dor ao movimento é mais persistente e é notada particularmente com movimentos de torção das mãos e dos punhos, assim como nos pés e nos joelhos ao suportar peso. A rigidez é talvez o sintoma mais constante. Caracteristicamente, o paciente com artrite reumatóide sente-se pior ao se levantar pela manhã, e necessita de um período de meia hora a várias horas para se "tornar mais ágil". Tal paciente tem geralmente sua melhora mais acentuada no final da manhã ou no início da tarde. Podem ocorrer episódios adicionais de rigidez e dor após períodos de repouso durante o dia, ou acompanhados de fadiga à tarde ou ao anoitecer. São frequentes os episódios de dor e hipersensibilidade muscular, particularmente em torno do pescoço e dos ombros. Os sintomas constitucionais variam muito de intensidade. A fadiga e certo grau de perda de peso são muito comuns; estão frequentemente associados com indisposição e fraqueza real. A febre é usualmente de baixa intensidade mas foram bem documentados casos de elevação diária persistente da temperatura de 38,8 a 40,0ºC, sem explicação razoável. Por outro lado, pode não haver elevação de temperatura.

Avaliação:
• Histórico do aparecimento da doença
• Avaliação física:
-inspeção, palpação: dor, edema, deformidades, acometimento extra articular.
- acometimento articular: contar as artic. afetadas.
- ADM: goniometria
- força muscular: teste manual (contra indicado na fase aguda).
- palmograma e plantígrafo
- equilíbrio estático e dinâmico.
* Marcha
• Avaliação postural
• Capacidade respiratória
• Avaliação funcional: AVDs, Atividades Funcionais (mudanças de decúbito, sentar- levantar)

Tratamento:
CINESIOTERAPIA
Na fase aguda exercícios passivos, suaves para não desencadear reflexos. Evoluir para exercícios assistidos e em seguida ativos suaves que devem ser realizados respeitando as limitações da doença.
Exercícios isométricos podem ser realizados durante atividade da doença ou quando o movimento ativo causar dor.
Alongamentos devem ser realizados evitando alongamentos vigorosos e as técnicas de manipulações articulares.

POSICIONAMENTO
A criança tende a adotar flexão do Q, J quando está em pé e deitada por ser mais confortável. Deve ser estimulada a deitar de prono por pelo menos 1h/dia. Pode ser necessário uso de órteses para extensão dos J.

ORIENTAÇÕES
* Repouso em posição confortável e funcional
* Elevar o local de estudar, escrever e ler para evitar flexão do pescoço e diminuição da ADM dos ombros.
* Treinar abertura da boca
* Uso de órteses noturnas
* Estimular a extensão do punho com atividades como escrita
* Estimular atividades divertidas como natação, andar de bicicleta.
* Jogar bola: chutar, jogar com as mãos.
* Sapatos estáveis e confortáveis
* Manter a mesa elevada e pés apoiados no chão.
* Ficar em prono para evitar flexão do Q e J
* Adaptar brinquedos, canetas, facilitar vestimentas, engrossar cabos de talheres, escovas de dentes
* Incentivar e encorajar a criança a ser o mais ativo possível, ir a escola, participar de ativ. Recreativas.
* Apoio psicológico para o paciente e familiares
* Tratamento ortodôtico e oftalmológico.

Referencias:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/arj_tatiane.htm
http://www.eselx.ipl.pt/saudeseguranca/doenca/artrite.htm

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tendinite do Supra-espinhoso


São descritas basicamente como causas da tendinite, o trauma direto, a hipovascularização e o impacto subacromial.
Qualquer trauma direto no ombro com luxação ou estiramento agudo com os braços elevados pode levar à tendinopatia do supraespinhoso.

Traumas:
1) Trauma
Não ocupacional:
Esporte (vôlei, basquete, tênis, natação, etc)
Luxação traumática ou estiramento abrupto com os braços elevados
Ocupacional:
Acidente de trabalho associado a trauma com luxação ou estiramento abrupto com braços elevados

2) Hipovascularização:
Não ocupacional:
Degeneração própria da idade
Tensão do braço estático pendente
Doenças que podem levar a diminuição da vascularização local (p.e. diabetes)
Ocupacional:
Movimentos repetitivos
Postura viciosa com membros elevados e abduzidos

3) Impacto sub-acromial de origem ocupacional
Qualquer atividade que necessite de elevação do membro superior leva a Síndrome do Impacto, já descrita. São exemplos a faxineira, os trabalhadores de linha de produção, etc)

Testes:
Supra-espinhoso:
Origem: Cavidade supra-espinhosa da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula articulasr do ombro.
Ação: Abduz articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro
Teste: pcte sentado ou em pé.
Prova:Iniciação da abdução do úmero.
Pressão: Contra o antebraço na direção da adução.

Testes especiais:
Teste de Neer:
Pcte sentado, com a escápula do pcte estabilizada, o examinador passivamente realiza flexão maxima do ombro afetado.
Dor no ombro e apreensão são indicados como positivo.

Teste da lata vazia (Jobe)
Pcte em pé com ambos os ombros abduzidos à noventa graus, palmas das mãos para fora (dedão para baixo) o examinador aplica resistencia contra o movimento ativo do pcte para elevar os ombros.
Considera-se positivo fraqueza ou relato de dor.

Tratamenro:
As sessões iniciaram-se com movimentação ativa da cintura escapular.
Posteriormente, iniciava-se a mobilização passiva da articulação glenoumeral em todos os planos de movimento: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa.
Em seguida, eram realizados movimentos ativos assistidos, ativos com auxílio de um bastão e pendulares, conforme Figuras 4, 5 e 6. Também eram realizadas outras variações desses movimentos, visando não só flexão e extensão, mas também abdução, adução, rotação interna e externa.
Pode ser realizado exercicios isometricos para potencializar o ganho de ADM
Para os exercícios ativos resistidos visando a abdução, adução, flexão, extensão, rotação interna e rotação externa foi utilizado o theraband vermelho.
Também para aumentar a amplitude de movimento foram realizadas movilizações e trações da articulação glenoumeral.

Referncias:
http://www.efdeportes.com/efd127/pos-operatorio-de-reconstrucao-do-musculo-supra-espinhoso.htm
Fisioterapia em ortopedia - Dolken
Fisioterapia avaliação ortopedica - Konin

Lesão do Manguito Rotador

Anatomia: O manguito rotador é formado pelos músculos supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular.Cada tendão se mistura à cápsula glenoumeral e a reforça e todos contribuem significativamente para a estabilidade dinamica da articulação.
Existem diversos grau de lesão do manguito que pode variar desde tendinite até lesões mais graves como ruptura total do musculo.
Os sintomas de uma lesao do manguito rotador podem ser :
# Dor (geralmente piora a noite)
# Dificuldade para mobilizar o ombro (principalmente elevar)
# Fraqueza muscular
Uma área critica e suscetivel de sofrer lesão e de comprometer a estabilidade do ombro, é a ligação entre o tendão da cabeça longa do músculo bíceps e a parte anterior do lábio glenóide.
O tendão da cabeça longa do bíceps braquial está preso ao pólo superior do lábio.As lesões que ocorrem nessa área tem nome de lesões de SLAP (lábio glenoidal superior antero-posterior)
Classificação das lesões SLAP:
Tipo I: desfiamento degenerativo do lábio glenóide superior, ainda firmemente preso à fossa glenóide e ao tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial.
Tipo II: o quadro acima combina-se com o desclocamento do lábio glenóide, o tendão da cabeça longa do múculo bíceps braquial tem origem na margem da fossa glenóide, lembrando a ruptura da alça de um cesto, mas o tendão do bíceps ainda não se destacou de seu local de origem.
Tipo III: ruptura vertical do lábio glenóide similar ao rompimento em alça de balde (do menisco) sem descolar o tendão do bíceps do seu local de inserção.
Tipo IV: laceração do lábio em forma de alça de cesto, acompanhada por ruptura longitudinal do tendão do músculo bíceps e por deslocamento parcial do segmento que sofreu ruptura.

Testes:
Supra-espinhoso:
Origem: Cavidade supra-espinhosa da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula articulasr do ombro.
Ação: Abduz articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro
Teste: pcte sentado ou em pé.
Prova:Iniciação da abdução do úmero.
Pressão: Contra o antebraço na direção da adução.

Infra-espinhoso
Origem: Cavidade espinhosa sa escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a aticulação do ombro e estabiliza o ombro durante o movimento.
Teste: Pcte em DV.
Fixação: Uma mão embaixo do braço próximo ao cotovelo e estabiliza o úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido em angulo reto.
Pressão: Utilizando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.

Redondo Menor
Origem: Borda lateral da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro.
Teste: Pcte em DD.
Fixação: Face interna da extremidade distal do úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo em angulo reto.
Pressão: Empregando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.

Subescapular
Origrm: Cavidade subescapular da escápula.
Inserção: Tuberculo menor do úmero e cápsula articular do ombro.
Ação: Roda medialmente a articulação e estabiliza a articulação do ombro durante o movimento.
Teste:Idem aos anteriores.

Testes Especiais:
Sinal de Palm-up (Sinal da palma voltada para cima)
Enquanto sentado, o pcte é solicitado a manter o membro superior em abdução de noventa graus e em quarenta graus de adução tranversal, com o antebraço em supinação completa.
A leve pressão do fisioterapeuta no antebraço provoca dor típica.

Prova de O'Brien
Estando sentado, o pcte é solicitado para manter o membro superior em flexão de noventa graus, o cúbito em extensão e o antebraço em pronação.
A leve pressão do fisioterapeuta contra o antebraço desencadeia dor típica.

Tratamento:
1 - Amplitude de Movimento Escapular:
Em pé, Levar os ombros para cima, comprimir as escápulas, uma de encontro à outra.
Depois, empurrá-las para baixo como se estivesse colocando as mãos nos bolsos de trás da calça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.

2 - Exercícios Com Bastão:
A - Flexão do Ombro:
Em pé, segurar um bastão com as mãos, com as palmas para baixo.
Levar os braços esticados até a cabeça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B – Rotação externa:
Em decúbito dorsal, segurar um bastão com ambas as mãos, palmas para cima.
Os braços devem ficar apoiados no chão, ao lado do corpo e os cotovelos flexionados a
90º.
Com o braço são empurrar o braço lesionado e afastá-lo do corpo.
Os cotovelos devem ficar imóveis.
Manter por 5 segundos e repetir 10 vezes.
C - Extensão do Ombro:
Em pé, segurar o bastão com as mãos atrás de seu corpo, afastá-lo das costas.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.

3 - Isométricos:
A - Rotação Externa:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo dobrado a 90º e com o dorso da mão encostado no batente.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B - Rotação Interna:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo
dobrado a 90º e com a palma da mão encostada no
batente da porta.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.

4 - Exercício de Rotação Externa Com a Faixa Terapêutica:
Em pé e com a mão do lado lesionado encostado no o abdômen, segurar a faixa que deve se encontrar presa a uma maçaneta de porta, do lado oposto ao braço lesionado e puxá-la rodando o braço para fora e afastando a mão da cintura, sem desencostar o cotovelo do corpo.
O cotovelo deve estar dobrado a 90º e o antebraço, paralelo ao chão.
Repetir 10 vezes e evoluir para 3 séries de 10.
Fazer 3 séries de 10 repetições.

5. Exercício Supra Espinhoso:
Em pé, braços descansados na lateral do corpo e polegares apontados para o chão, inclinar levemente o tronco para frente e levantar os braços lateralmente.
Conservar os cotovelos (braços) estendidos.
Levar as mãos até a altura do ombro.
Manter por 10 segundos, descansar e repetir 10 vezes.
Gradualmente, adicionar carga ao exercício, segurando pesos com as mãos para aumentar o fortalecimento.

Referencia:
http://www.ossosdooficio.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=61:lesao-do-manguito-rotador&catid=37:doencas-ombro&Itemid=60
http://www.clinicadeckers.com.br/html/orientacoes/ortopedia/047_lesao_rotator.html
Provas e funções - Kendall
Fisioterapia em Ortopedia - Dolken
Reabilitação física do atleta - Andrews

domingo, 17 de outubro de 2010

Atividade Física e Hipertensão Arterial


Dentre as medidas não farmacológicas de tratamento para HAS a atividade tem sido amplamente recomendada. Diversos estudos tem verificado que o treinamento físico é capaz de diminuir a pressão arterial de indivíduos hipertensos. No entanto deve-se atentar para a adequação do treinamento físico para essa finalidade, ou seja, quais as características do treinamento físico que ampliam seu efeito hipotensor.
Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação inversa entre a pressão arterial e o nível de atividade física habitual ou o nível de condicionamento físico do indivíduo. Entre os hipertensos têm sido demonstrada que o treinamento físico diminui significativamente a pressão arterial de repouso, em média na ordem de 10 mmHg, tanto da pressão sistólica quanto da diastólica, nos casos de HAS leve. Os efeitos do treinamento sobre a pressão arterial de 24 horas é até o momento controverso com poucos estudos e resultados contraditórios.

Mecanismo de ação hipotensora:Os mecanismos de redução da pressão arterial são múltiplos, complexos e ainda não totalmente esclarecidos. São basicamente mecanismos hemodinâmicos, neurais e hormonais.
Mecanismos hemodinâmicos: Redução da resistência vascular periférica decorrente de um estado de vasodilatação induzida pelo exercício; Redução do débito cardíaco, pela diminuição da freqüência cardíaca basal e por uma possível redução do volume plasmático dos indivíduos hipertensos treinados.
Mecanismos neurais: Redução da atividade simpática, que explicaria as alterações hemodinâmicas de vasodilatação periférica e bradicardia. O mecanismo é ainda desconhecido mas sugere-se um aumento dos níveis de prostaglandina E e redução dos níveis de insulina.

Prescrição de exercícios:Para que o exercício traga benefícios ao hipertenso deve-se atentar para o tipo, intensidade, freqüência e duração do treinamento físico.
Tipo de exercício: O exercício dinâmico aeróbico comprovadamente reduz a pressão arterial, sendo considerado o mais adequado para o hipertenso. A sobrecarga pressórica imposta ao sistema cardiovascular durante a realização de exercícios isométricos e a efetividade duvidosa desse tipo de exercício como agente hipotensor levou a desencorajar este tipo de exercício para o hipertenso. No entanto atualmente tem sido recomendado que os exercícios aeróbios sejam complementados por exercícios localizados, realizados também de forma dinâmica com baixa intensidade e grande número de repetições (ver adiante em intensidade do exercício). Dessa forma se obteria uma melhor integridade do sistema musculo-esquelético e um aumento da força muscular que levaria a uma diminuição da sobrecarga diária ao coração, por redução da FC e da PA durante os esforços da vida cotidiana.
Intensidade do exercício: O exercício leve a moderado possui efeito hipotensor semelhante ou mesmo superior ao exercício intenso, e a pressão arterial se eleva menos durante a sua execução. Aconselha-se que o exercício aeróbio de intensidade adequada para a redução da pressão arterial é aquele que atinge de 50 a 70% do VO2 Max. Esse valor pode ser deduzido pela FC de reserva calculada pela fórmula:

FC treino = (FC Max - FC repouso) X % intensidade (50 a 70) + FC repouso

Para os exercícios localizados recomenda-se o uso de 40 a 50% da carga máxima voluntária com grande número de repetições (20 a 25).
Freqüência do exercício: Para que haja algum efeito hipotensor é recomendável uma freqüência mínima de 3 vezes por semana. Freqüências de exercícios semanais maiores produzem maior efeito hipotensor. Quanto a exercícios localizados recomenda-se a freqüência de 3 sessões semanais.
Duração do exercício: Possui relação direta com a condição física do indivíduo. Tempos maiores de exercício (40 minutos) são mais eficazes que períodos curtos de exercício (10 minutos) para obter o efeito hipotensor. Recomenda-se que o exercício aeróbio tenha de 30 a 45 minutos de duração.

Aplicado à Hipertensos

A Hipertensão é uma condição na qual a tensão arterial encontra-se cronicamente elevada, acima dos níveis considerados desejáveis ou saudáveis para a idade e a superfície corporal do indivíduo (Pollock, 1993:06).

Na maioria dos casos, a hipertensão pode ser resultante de fatores genéticos, de uma dieta com altos teores de sódio, obesidade, da inatividade física, estresse, de uma combinação destes fatores, e outros (Pollock, 1993:13).


Efeitos da atividade física em Hipertensos
:

A atividade física altera a pressão sangüínea, mas, esta alteração depende da pressão arterial do indivíduo, ou seja, em indivíduos com PA normal, pouco alteração ocorre com o treinamento, mas, provocam redução significativas em indivíduos hipertensos leves e moderados (Fagard & Tipton, 1994; citado por Guedes, 1995). Os exercícios aeróbios moderados e de longa duração são os mais eficientes na diminuição ou na regularização da PA, principalmente quando associados à redução do peso corporal e da ingesta de sal (Sannerstedt, 1987; citado por Guedes, 1995).

O American College of Sports Medicine (ACSM) e outros revisores concluíram que as pessoas com hipertensão discreta podem esperar uma queda média das pressões arteriais sistólica e diastólica de 8 a 10 mmHg e 6 a 10 mmHg, respectivamente, em resposta ao exercício aeróbio regular.

Indivíduos hipertensos submetidos a exercícios físicos tendem a reduzir a concentração circulante de catecolaminas, o que, somado à diminuição do tônus simpático, provoca diminuição do débito cardíaco e na resistência vascular periférica, resultando em menor pressão arterial em repouso (Fagard & Tipton,1994).

Os programas de exercícios devem ser de predominância aeróbia, como caminhadas, corridas leves, cicloergômetros, ciclismo, natação, etc…

A freqüência das atividades não deve ser inferior a 4 vezes por semana, com a duração inicial de 30 minutos aumentando gradativamente a 1 hora e a intensidade entre 40 a 65 % da Fc máx.

Pressão arterial e exercício:

Exercício com resistência estática dinâmica comprimem o sistema arterial periférico e acarretam aumentos agudos e dramáticos na resistência ao fluxo sangüíneo.

Exercícios crônicos do treinamento de resistência podem causar maior elevação na pressão arterial, e comparada com o movimento dinâmico de menor intensidade, porém não parece que essa forma de treinamento seja capaz de causar qualquer aumento a longo prazo na pressão arterial de repouso.

Exercício em ritmo estável na atividade muscular rítmica tipo trote, natação e ciclismo, provoca a dilatação dos vasos sangüíneos nos músculos ativos, reduz a resistência periférica total e aumenta o fluxo de sangue através de grandes segmentos da árvore vascular periférica.

Exercício progressivo: nessa situação, as pressões sistólicas (PAS), diastólica (PAD) e média são plotadas como uma função da quantidade de sangue ejetada para dentro do circuito arterial a cada minuto, o que constitui o débito ou rendimento cardíaco.

Pressão arterial nos exercícios de braço: o fluxo sangüíneo para os braços durante o exercício exige, uma cabeça de pressão sistólica muito maior. É evidente que essa forma de exercício representa um esforço cardiovascular maior, pois o trabalho do coração aumenta consideravelmente.

Na recuperação após uma sessão de exercício submáximo contínuo, a PAS é reduzida temporariamente para níveis abaixo do valor pré - exercício para indivíduos tanto normotensos quanto hipertensos. Essa resposta hipotensa ao exercício prévio dura cerca de duas a três horas durante a recuperação

Conclusão: A atividade física pode aumentar a capacidade cardiovascular e reduzir a demanda de oxigênio pelo miocárdio para um dado nível de exercício, tanto em indivíduos normais, quanto na maioria dos pacientes cardiácos. As atividades físicas exercidas regularmente são necessárias para manter os efeitos obtidos ao treinamento. Os riscos potenciais associados aos exercícios intensos podem ser reduzidos através da orientação correta . As atividades físicas podem auxiliar no controle do tabagismo, da hipertensão, das dislipidemias, do diabetes, da obesidade e do estresse emocional. As evidências sugerem que o treinamento físico pode proteger contra o desenvolvimento da doença coronariana, além de poder melhorar a probabilidade de sobrevida após um ataque cardíaco.



A hipertensão arterial atinge mais de 30 % da população adulta, principalmente acima dos 30 anos de idade. Embora exista uma influência de fatores hereditários, dentre eles os familiares, na elevação da pressão arterial, sabem que condições de vida contribuem para esta elevação: baixa escolaridade, desemprego, baixos salários etc., assim como o estilo de vida - comer muito sal, deixar de ser “estressado”, estar acima do peso, não fazer exercícios e ingerir bebida alcoólica em excesso.

Esta doença é considerada perigosa porque freqüentemente não causa sintomas, mas pode acarretar conseqüências graves para o indivíduo como: acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio (insuficiência do coração), insuficiência renal ou ainda obstrução das artérias que levam o sangue para as pernas, se não for diagnosticada e tratada adequadamente.

É necessário que todas as pessoas, mesmo que não sintam nada, devem verificar sua pressão arterial no Posto de Saúde pelo menos a cada seis meses (no máximo).
Todo hipertenso deve fazer atividade física, desde que esteja com a pressão arterial controlada e os exercícios sejam feitos de forma adequada, sempre acompanhada de um profissional competente e qualificado.

Antes de começar a atividade física, o ideal é fazer um teste ergométrico, principalmente, se tiver outros fatores de risco cardiovasculares associados. A supervisão médica, durante as sessões de exercício, não é necessária, a não ser que o hipertenso tenha alguma doença no coração. Mas, se for acompanhado por um professor de educação física, desenvolverá um trabalho mais eficiente, completo e com menos riscos à sua saúde.

O exercício recomendado ao hipertenso é o aeróbio, executado de três a cinco vezes por semana, com duração de 40 a 50 minutos e intensidade de leve a moderada, ou seja, 50 a 70% da freqüência cardíaca.
Esse exercício auxilia na redução da pressão arterial, porém, pensando na saúde global do indivíduo, deve-se também fazer exercícios localizados e de alongamento.

É preciso que se realize uma avaliação física para que determine com eficácia os exercícios a qual devem ser trabalhados com fidedignidade.

Os benefícios da atividade física no controle da pressão arterial acontecem por diversos fatores diretos e indiretos da atividade física no organismo:

- Alterações cardiovasculares (Diminuição da freqüência cardíaca de repouso, débito cardíaco no repouso e resistência periférica);

- Alterações endócrinas e metabólicas (Diminuição da gordura corporal, diminuição dos níveis de insulina, diminuição na atividade do sistema nervoso simpático, aumento da sensibilidade à insulina, melhora da tolerância à glicose);

- Composição corporal (Efeito diurético, aumento da massa muscular e aumento da força muscular);

- Comportamento (Diminuição do stress e ansiedade)
Lembre-se, se for faz parte deste quadro de pessoas hipertensas, a prática de uma atividade física tende realmente e melhorar, porém procure profissionais com qualificação e sinta a diferença!!

domingo, 26 de setembro de 2010

Acidente Vascular Encefalico - AVE


O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas.
As causas mais comuns são os trombos, o embolismo e a hemorragia.
Apresenta-se como a 2ª causa de morte no mundo. O AVC é a principal causa de incapacidade neurológica dependente de cuidados de reabilitação e a sua incidência está relacionada com a idade.
O AVC é uma ameaça à qualidade de vida na velhice não só pela sua elevada incidência e mortalidade, mas também pela alta morbilidade que causa, implantando-se frequentemente em pessoas já com problemas físicos e/ou mentais.
O AVC é provocado por uma interrupção no suprimento de sangue ao cérebro e ocorre quando uma artéria que fornece sangue ao cérebro fica bloqueada ou se rompe.
Se as células cerebrais perdem o suprimento de oxigénio e de nutrientes por consequência elas podem parar de trabalhar temporariamente ou então, morrem. Esta morte resulta em áreas de necrose localizada que são designadas como enfartes cerebrais. Mas existem muitas células remanescentes que podem provocar o ressurgimento de movimentos perdidos se o paciente for tratado devidamente.

Fatores de risco
Os principais factores de risco para a manifestação de um AVC são: a idade, a patologia cardíaca, a diabetes mellitus, aterosclerose, heredietariedade, raça, contraceptivos orais, antecedentes de acidentes isquémicos transitórios (AIT) ou de acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial, dislipidémia, sedentarismo, elevada taxa de colesterol e predisposição genética.

Fisiopatologia
O tecido nervoso depende totalmente do aporte sanguíneo para que as células nervosas se mantenham activas, uma vez que não possui reservas. A interrupção da irrigação sanguínea e consequente falta de glicose e oxigénio necessários ao metabolismo, provocam uma diminuição ou paragem da actividade funcional na área do cérebro afectada.
Se a interrupção do aporte sanguíneo demorar menos de 3 minutos, a alteração é reversível, no entanto, se ultrapassar os 3 minutos, a alteração funcional pode ser irreversível, provocando necrose do tecido nervoso.
AVC isquémico ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado, frequentemente pela formação de uma placa aterosclerótica ou pela presença de um coágulo que chega através da circulação de uma outra parte do corpo.
A arteriosclerose produz a formação de placas e progressiva estenose do vaso. As suas sequelas são então a estenose, ulceração das lesões arterioscleróticas e trombose.
A trombose cerebral refere-se à formação ou desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou de seus ramos. Os trombos podem ser deslocados, “viajando” para outro local, sob a forma de um êmbolo.
Os êmbolos cerebrais são pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias, ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até as artérias cerebrais, produzindo a oclusão e enfarte.
O AVC pode ainda ocorrer por um ataque isquémico transitório. Este, refere-se à temporária interrupção do suprimento sanguíneo ao cérebro.
AVC hemorrágico (acontece em 10% dos AVC’s) ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo, ou quando a pressão no vaso faz com que ele se rompa devido à hipertensão. A hemorragia pode ser intracerebral ou subaracnoideia. Em ambos os casos, a falta de suprimento sanguíneo causa enfarto na área suprida pelo vaso e as células morre.

Tipos de AVE
O AVC trombótico é o mais comum (40% dos AVC’s) e é causado pela aterosclerose – trombose cerebral. Há o desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais ou dos seus ramos, o que vai originar enfarto ou isquemia.
O AVC embólico ocorre em 30% dos casos AVC’s e é criado por êmbolos cerebrais. São pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até às artérias cerebrais, produzindo oclusão ou enfarto (doenças cardiovasculares).
O AVC lacunar é provocado em 20% dos AVC’s e é ocasionado por enfartes muito pequenos com menos de 1cm cúbico de tamanho, que ocorrem somente onde arteríolas perfurantes se ramificam directamente de grandes vasos. É comum o défice motor puro ou sensitivo puro.
Artéria Carótida Interna:Esta artéria é qualificada pela hemianópsia, afasia (se for o hemisfério dominante), hemiplegia contra lateral e hemianestesia contra lateral. Pode ocorrer um extenso edema cerebral, levando frequentemente ao coma e à morte.
Artéria Cerebral Anterior:As lesões nesta artéria são raras. E é caracterizada pela confusão mental, afasia (se for o hemisfério dominante), hemiplegia contra lateral (com predomínio do membro inferior), hemianestesia contra lateral (com predomínio do membro inferior), e pode haver apraxia de marcha, reflexo de sucção, reflexos de preensão e incontinência urinária e fecal.
Artéria Cerebral Média:Esta artéria é o local mais comum de AVC. E é especializada pelo coma, hemianópsia, hemiplegia (com predomínio do membro superior), hemianestesia (com predomínio do membro superior), afasia (se for o hemisfério dominante), e agnosia visual.
Artéria Cerebral Posterior:Esta artéria é representada pela hemianópsia, afasia, agnosia visual, alexia, hemiplegia e hemianestesia, muitas vezes são sintomas temporários.
Artéria Vértebro – Basilar:Esta artéria é assinalada pelo coma, diplopia, hemiplegia, paralisia pseudo bulbar, tetraplegia e anestesia completa.
Quando a lesão é no Hemisfério Esquerdo (Hemiplegia Direita) ocorrem afasias, apraxias ideomotoras e ideacionais, alexia para números, descriminação direita/esquerda e lentidão em organização e desempenho.
Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda) ocorre alteração viso espacial, auto negligência unilateral esquerda, alteração da imagem corporal, apraxia de vestuário, apraxia de construção, ilusões de abreviamento de tempo e rápida organização e desempenho.

Fase de recuperação
Persistência da hipotonia (estágio flácido), havendo perda motora geral e perda sensorial severa. O braço fica mole e caído e o paciente não consegue firmar-se no espaço devido à fraqueza muscular e ao baixo tónus muscular, sendo o mais incapacitante dos 3 estágios.
Evolução para o tónus normal (o estagio de recuperação), os movimentos iniciam-se nos membros, primeiro mais distalmente, permanecendo na generalidade uma leve incapacidade.
Evolução para a hipertonia (o estágio espástico), a recuperação da função motora com uma evolução para a espasticidade é bastante frequente. Há uma recuperação inicial dos movimentos proximais dos membros. O tónus muscular aumentado conduz à espasticidade que se apresenta nos músculos antigravíticos.
Este tónus muscular é diferente em cada indivíduo, influenciando a qualidade do movimento:
-espasticidade severa: os movimentos são difíceis e por vezes impossíveis devido à contracção muscular contínua;
-espasticidade moderada: os movimentos são lentos e realizados com esforço e coordenação anormal;
-espasticidade leve: os movimentos grossos dos membros são possíveis, enquanto os movimentos finos da mão são difíceis.
Ataxia, é resultado em alguns casos de hemiplegia (principalmente os causados por trauma), o cerebelo ou o sistema cerebelar pode ser afectado. Os movimentos são descontrolados e excessivos, havendo dificuldade na realização e manutenção das posições intermediárias de um movimento. A realização de tentativas voluntárias para resolver esses problemas causa tremor intencional e dismetria.
Segundo Bobath, também, existem três estádios pós-AVC: 1º estádio é a hipotonia no hemicorpo afectado, 2º estádio é a hipertonia do hemicorpo afectado e o 3º estádio é a de recuperação relativa que depende de muitos factores entre os quais o local e a extensão da lesão, a idade, a capacidade do sistema nervoso se reorganizar (plasticidade) e a motivação/atitude do utente que podem fazer variar o tempo de permanência entre os estádios e condicionar a recuperação.

Sintomas
acidente vascular isquêmico
·perda repentina da força muscular e/ou da visão
·dificuldade de comunicação oral
·tonturas
·formigamento num dos lados do corpo
·alterações da memória
Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos.
dor de cabeça
acidente vascular hemorrágico
·edema cerebral
·aumento da pressão intracraniana
·náuseas e vômitos
·déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.

Tratamento
A fisioterapia tem fundamental importância na recuperação deste paciente sendo o responsável pela sua reabilitação física. Quanto mais rápido for instituído o tratamento, melhores serão os resultados.
O AVE costuma deixar seqüelas motoras que são hemiplegia ou hemiparesia, que consiste, respectivamente, na perda total ou parcial de movimentos no braço e perna do mesmo lado do corpo, sendo comum também atingir a face. Ainda em relação aos aspectos motores, podemos observar espasticidade, incoordenação motora e alterações no equilíbrio e marcha.
Exercícios de relaxamento: balanço suave com técnicas rítmicas que enfatizem a estimulação vestibular lenta, na produção de um relaxamento generalizado da musculatura do corpo;
Exercícios para amplitude de movimento: devem ser realizados exercícios ativos, ativo-assistidos ou passivos diversas vezes ao dia, alongamento passivo e prolongado no máximo comprimento muscular evitando-se os excessos para não promover dor e técnicas de mobilização articular.
Exercícios de mobilidade: deve basear-se nos padrões de movimentos funcionais que envolvam os diversos segmentos corporais, enfatizando-se os movimentos extensores, abdutores e rotatórios;
Exercícios respiratórios: para aumento da mobilidade da parede torácica e para a melhora da ventilação pulmonar;
Treinamento de marcha: este treinamento busca suplantar as seguintes deficiências primarias: deambulação, mau alinhamento postural e reflexos posturais anormais.
O método facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) faz uso de padrões funcionais de movimento, para os quais o fisioterapeuta utiliza uma variedade de estímulos sensoriais para facilitar o movimento.
O conceito neuroevolutivo Bobath permite diminuir a espasticidade muscular e introduzir os movimentos automáticos e voluntários, a fim de preparar o paciente para os movimentos funcionais, onde o tônus anormal pode ser inibido e os movimentos normais facilitados.
Descarga de peso e posicionamento no leito.
A Reeducação Funcional Respiratória RFR é indicada devido ao comprometimento da musculatura respiratória, principalmente do diafragma, que leva a um déficit na capacidade respiratória. É realizada por meio de Cinesioterapia Respiratória e tem como objetivos estabelecer ou restabelecer um padrão de respiração adequado, mecânica e fisiologicamente.

Referencias:
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/304/acidente-vascular-cerebral
http://www.acidentevascularcerebral.com/avc-sindromes-resultantes.html
www.fes.br/disciplinas/.../Acidente%20Vascular%20Encefálico.ppt