segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Hérnia Discal

A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.
Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, a extrusão de massa discal que se projeta para o canal medular através de uma ruptura da parede do anel fibroso. O problema é mais freqüente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.
Tipos de Hérnia de disco
Hérnia de disco protusa: neste tipo de hérnia há envolvimento apenas do anel fibroso , que migra posteriormente,ocasiona compressão e dor. Geralmente o tratamento para este caso é, conservador com antiinflamatórios, relaxantes musculares, eventualmente colete lombosacral e fisioterapia.
Hérnia de disco extrusa: neste tipo de hérnia há envolvimento do anel fibroso e núcleo pulposo, que migram posteriormente, ocasionando uma compressão intensa, provocando dor mais epicrítica e em maior tempo .
Hérnia de disco seqüestrada: neste outro tipo há um rompimento deste disco e este material rompido , migra para dentro do canal medular,que além da compressão provoca imflamação importante e compressão contínua, o paciente apresenta posição antialgica inclinando a coluna vertebral. Neste caso a melhora só é possível com procedimento cirúrgico e representam a minoria das hérnias.

Sintomas:
Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos). Esses sintomas podem variar dependendo do local da acometido.
Quando a hérnia está localizada no nível da cervical, pode haver dor no pescoço, ombros, na escápula, braços ou no tórax, associada a uma diminuição da sensibilidade ou de fraqueza no braço ou nos dedos.
Na região torácica elas são mais raras devido a pouca mobilidade dessa região da coluna mais quando ocorrem os sintomas tendem a ser inespecíficos, incomodando durante muito tempo. Pode haver dor na parte superior ou inferior das costas, dor abdominal ou dor nas pernas, associada à fraqueza e diminuição da sensibilidade em uma ou ambas as pernas.

Causas

Fatores genéticos têm um papel muito mais forte na degeneração do disco do que se suspeitava anteriormente. Um estudo de 115 pares de gêmeos idênticos mostrou a herança genética como responsável por 50 a 60% das alterações do disco.(backLetter 1995).

Sofrer exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas. (Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996.)

Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:

  • Trabalho físico pesado
  • Postura de trabalho estática
  • Inclinar e girar o tronco freqüentemente
  • Levantar, empurrar e puxar
  • Trabalho repetitivo
  • Vibrações
  • Psicológicos e psicossociais (Adersson GBJ,1992)
Diagnóstico e exames

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.

Dermátomos

Todos os dermátomos do corpo, podem ser afetados por hérnia de disco.

Dependendo da altura da coluna que está com pinçamento devido hérnia de disco, haverá dor ou formigamento em determinada região do corpo.

Exemplos de locais com hénia de disco:

Hérnia de disco na região S1 haverá sintomas na parte posterior da coxa e perna e nádegas.

Hérnia de disco na L1, causára dor na região lombar e até na virilha.

Hérnia de disco na C6, haverá dor ou formigamento tanto na região cervical (sensação de peso) como no braço do lado da hérnia de disco.

Hénia de disco na C2, haverá dor na nuca e poderá haver fortes dores de cabeça (chamada muitas vezes de enxaqueca).

Outro sintoma comum é a dor no peito, (dor no coração,angina) irradiando para o braço.O paciente acredita estar com prblemas no coração. O que é descartado com exames solicitados por seu cardiologista. Isto ocorre devido compressão (hérnia de disco ou não) na região dorsal.

Testes específicos:

* Sinal da ponta, hérnia entre L5 e S1
* Sinal de calcanhar, hérnia entre L4 e L5
* Laségue
* Bragard (confirmação do Laségue)
* Laségue contr – lateral
* Laségue invertida (DV)
* Hoover, quando o paciente simula, o fisioterapeuta não sente a pressão.
* Teste muscular
* Teste articular

* Marcha do paciente
* Posturas que o paciente adota em relação à patologia:
Sinal de Vanzetti, escoliose antálgica para o lado oposto da dor. Nos casos crônicos, podemos encontrar hipotomia dos músculos da nádega e do membro inferior acometido, da musculatura da panturrilha.

Exercícios de Mackenzie

São usados para corrigir hérnia de disco além de outras patologias da coluna lombar. Na maioria das vezes o paciente, se tratado com Mackenzie, não se faz necessário cirurgia, mas é preciso conscientizar o paciente de que podera haver recidiva em movimentos bruscos. Neste caso é só ele adotar as posturas indicadas para sua hérnia.

Estes exercícios são também usados para pós – cirúrgico.
Serão descritas abaixo as dezessete posições do método.

1 – paciente em decúbito ventral (DV) sobre uma cama não
muito mole, com os braços ao longo do corpo.

2 - paciente em decúbito ventral (DV) com o apoio do cotovelo na cama faz extensão da coluna.

3 – paciente de DV com apoio das mãos sobre a cama estender a coluna.

4 – a mesma postura adotada na terceira posição só que com um cint
o fixando a região lombar ou abaixo do segmento que estenderá.
Previne as elevação da pélvis e da coluna lombar.

5 – paciente colocado numa tabua de abdução onde graduamos a angulação da extensão da coluna. No local da divisão da coluna. No local da divisão tabua estará colocada a ultima articulação que estenderá. Cinco a dez minutos em cada grau, sendo que na posição máxima de extensão dois a dez minutos ou de acordo com a tolerância do paciente. Quando terminar o paciente deve retornar a posição horizontal e ficar por dois a três minutos.
Em certas ocasiões é preferível usar a sustentação pela tabua do que pelos braç
os, que levam ao stress.

6 – paciente de pé faz extensão da coluna com o apoio das mãos na região lombar. Repetir dez vezes este movimento.

7 – paciente em DV, na cama, com o terapeuta coloca ao s
eu lado, cruza os braços e posiciona a palma das mãos no processo transverso do segmento lombar. O terapeuta aplicará uma mobilização com suave pressão, simetricamente e de curta duração, mas quando cessar as mãos não saem do local. É repetida no mesmo segmento, dez vezes e depois é feito nos outros segmentos afetados.

8 – a mesma postura adotada na sétima posição, só que ao in
vés de mobilização, far-se-ão manipulação baseadas no método Cyriax. Dez repetições.

9 – a mesma postura anterior, só que o terapeuta fará mobilizações com rotação. Dez vezes.

10 – mesma postura adotada na sétima, com manipulações com rotação. Dez vezes.

11 – paciente em decúbito dorsal (DD), membros inferiores fletidos e rotados
para o lado direito, o terapeuta apóia o ombro esquerdo do paciente para não deixá-lo elevar–se.

12 – paciente na décima primeira posição, o terapeuta vai manipular as duas pernas de um lado para o outro.

13 – paciente em DD, abraça os dois membro inferiores sobre o abdomem.

14 – paciente de pé, fletir a coluna anteriormente, deixando os braços soltos, com o joelho esticado.

15 - paciente coloca uma perna sobre o assento da cadeira e flete
a coluna anteriormente.

16 – correção dos desvios laterais.

17 – auto correção dos desvios.

O tratamento de Mackenzie é baseado em estágios:

* Reeducação do desarranjo
* Manutenção da redução
* Recuperação da função
* Prevenção das recidivas

Determinadas posições são adotadas dependo tipo de herniação do paciente, da postura antálgiaca e seguindo uma evolução.

Os pacientes sem deformidades podem começar pelas posições em, evoluindo para dois e três. Os pacientes com hipercifose lombar começam pelas posturas um, cinco, dois e três.

Os pacientes com escoliose inicia-se o tratamento pelas po
sições dezesseis, três e dezessete.

E os com lordose fazem inicialmente as posições quinze, treze, quatorze, três, onze e doze.

É necessário também ensinar o paciente a corrigir as posturas deformantes do dia – a – dia através da conscientização corporal de como se deve:

* Sentar, com lordose e ao levantar em cadeia longas chegar o corpo para frente sentad
o na ponta da cadeia e levantar.
* Dirigir carro, o assento do banco deve estar o mais próximos do volante para diminuir o movimento do quadril e conseqüentemente da coluna lombar.
* Deitar, numa cama não muito mole.
* Levantar da cama, o paciente deve virar para decúbito lateral, dobrar as pernas e colocá-las para fora da cama e elevar o troco com auxilio dos braços.






+ resistenteReferencias:
http://www.herniadedisco.com.br/doencas-da-coluna/hernia-de-disco
http://fisioricardosena.blogspot.com/2006/07/mini-review-sobre-hrnia-de-disco.html
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/hernia/hernia_discal.htm
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.percorrere.net/alongamento.jpg&imgrefurl=http://www.percorrere.net/dicas3.htm&h=1285&w=447&sz=97&tbnid=_Z_vSI82001PrM:&tbnh=150&tbnw=52&prev=/images%3Fq%3Ddicas%2Bde%2Balongamento%2Bpara%2Bcoluna&zoom=1&q=dicas+de+alongamento+para+coluna&hl=pt-BR&usg=__l8FxujJOuCb1PvnKzDLg1IoHT04=&sa=X&ei=9KQPTeOFFcL7lwfYivHJDA&ved=0CDwQ9QEwBA
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.trilhamotoclube.com/wp-content/uploads/2010/04/alongamentos.jpg&imgrefurl=http://www.trilhamotoclube.com/index.php/2010/04/&h=750&w=1000&sz=63&tbnid=zU3ZOKjQZDDZlM:&tbnh=112&tbnw=149&prev=/images%3Fq%3Ddicas%2Bde%2Balongamento%2Bpara%2Bcoluna&zoom=1&q=dicas+de+alongamento+para+coluna&hl=pt-BR&usg=__s5ei4Fk12090UP6ssG-4qalxnN8=&sa=X&ei=9KQPTeOFFcL7lwfYivHJDA&ved=0CDoQ9QEwAw

domingo, 19 de dezembro de 2010

Introdução a Coluna Vertebral

Coluna Vertebral:
A coluna vertebral é constituída pela superposição de uma série de ossos isolados denominados vértebras. Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea.
São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas.

Curvaturas da Coluna Vertebral:
Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas.
São elas: cervical (convexa ventralmente - LORDOSE), torácica (côncava ventralmente - CIFOSE), lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) e pélvica (côncava ventralmente - CIFOSE). Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar).
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE.







Características gerais:
Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra inferior.
FUNÇÃO: Sustentação.
Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e posteriormente.
FUNÇÃO: Movimentação
Processo Transverso: São 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina.
FUNÇÃO: Movimentação.
Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si.
FUNÇÃO: Obstrução.
Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso.
FUNÇÃO: Proteção.
Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral.
FUNÇÃO: Proteção.
Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco ósseo.
FUNÇÃO: Proteção




Características regionais:
Vértebra Cervical: Apresenta um forame no processo transverso chamado forame transverso ou forame da artéria vertebral.




Vértebra Torácica: Apresenta uma faceta articular para as costelas (fóvea costal).







Vértebra Lombar: Apresenta um processo transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal.




Características individuais:
Atlas ( 1ª vértebra cervical )
A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não possuir corpo.
Além disso, esta vértebra apresenta outras estruturas:
* Arco Anterior - forma cerca de 1/5 do anel.
* Tubérculo Anterior
* Fóvea Dental - articula-se com o Dente do áxis (processo odontóide)
* Arco Posterior - forma cerca de 2/5 do anel.
* Tubérculo Posterior
* Massas Laterais - partes mais volumosas e sólidas do atlas e suportam o peso da cabeça.
* Face Articular Superior - articula-se com os condilos do occipital.
* Face Articular Inferior - articula-se com os processos articulares superiores da 2ª vértebra cervical (Áxis).
* Processos Transversos - encontram-se os forames transversos.

Vista Superior



Vista Inferior



Áxis ( 2ª vértebra cervical )
Apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo Odontóide)que localiza-se superiormente e articula-se com o arco anterior do Atlas.

Vista Anterior


Vista Posterior



Vértebra Proeminente ( 7ª vértebra cervical )
* Processo espinhoso longo e proeminente.




Sacro:

Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vértebras fundidas - não móveis) e inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vértebras - não móveis).


O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para baixo. Articula-se superiormente com a 5ª vértebra lombar e inferiormente com o cóccix.
O sacro é a fusão de cinco vértebras e apresenta 4 faces: duas laterais, uma anterior e uma posterior.
Faces Laterais
O principal acidente das faces laterais são as faces auriculares que servem de ponto de articulação com o osso do quadril ( Ilíaco ).
Face Anterior ( Ilíaca )
É concava e apresenta quatro cristas transversais, que correspondem aos discos intervertebrais. Possui quatro forames sacrais anteriores.
Face Posterior ( Dorsal )
É convexa e apresenta os seguintes acidentes ósseos:
* Crista Sacral Mediana - apresenta três ou quatro processos espinhosos
* Crista Sacral Lateral - formada por tubérculos que representam os processos transversos das vértebras sacrais.
* Crista Sacral Intermédia - tubérculos produzidos pela fusão dos processos articulares
* Forames Sacrais Posteriores - lateralmente à crista intermédia
* Hiato Sacral - abertura ampla formada pela separação das lâminas da quinta vértebra sacral com a linha mediana posterior.
* Cornos Sacrais - tubérculos que representam processos articulares posterior da quinta vértebra sacral
Base
* Promontório
* Asas Sacrais
* Processos Articulares Superiores Direito e Esquerdo - articulam-se com a quinta vértebra lombar.
* Canal Sacral - canal vertebral do sacro.
Ápice
Articula-se com o cóccix.


Vista Anterior



Vista Posterior


Vista Lateral


Cóccix
Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para baixo.
O cóccix apresenta algumas estruturas:
* Cornos Coccígeos
* Processos Transversos Rudimentares
* Processos Articulares Rudimentares
* Corpos

Vista Anterior


Vista Posterior

Disco Intervertebral

Entre os corpos vertebrais desde a segunda vértebra cervical até o sacro, existem discos intervertebrais.

Constituído por um tecido fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado anel fibroso, e uma substância interna, elástica e macia, chamada núcleo pulposo. Os discos formam fortes articulações, permitem várias movimentos da coluna vertebral e absorve impactos.








A movimentação da coluna
O movimento entre duas vértebras envolve sempre três articulações: o disco, na frente, e as duas articulações facetarias, atrás. Esses movimentos são muito limitados, mas, a soma da pequena mobilidade de cada segmento faz com que a coluna, como um todo, possa mover-se amplamente em todas as direções.
Cada parte da coluna se move de um modo próprio, por exemplo, ao olhar para os lados, metade da rotação da cabeça se dá entre a primeira e a segunda vértebras cervicais, pois suas articulações são preparadas para isto. Os outros segmentos do pescoço não fazem tanta rotação, mas permitem movimentos bem amplos nas outras direções. Já a coluna torácica é mais rígida, pois a presença das costelas limita os movimentos. A região lombar tem boa mobilidade, menor que a do pescoço, mas suporta todo o peso da coluna.
Os discos lombares mais baixos são os que mais sofrem pressão, pois estão na base da coluna. Quando se está em pé, a carga sobre esses discos é praticamente o dobro do peso do corpo. Alguns movimentos como o simples ato de sentar ou levantar pesos podem dobrar essa carga. É por isso que a maioria das lesões por desgaste acontece nesses discos.

Algumas Patologias que mais acomete a coluna:
As doenças que acometem a coluna vertebral podem afetar a medula espinhal, as raízes nervosas e os nervos, e muitos dos seus sintomas são explicados por esse fato.
Hérnia discais lombares:
Apresentam, como quadro clínico, dor lombar (lombalgia, lumbago) freqüentemente associada a dor em choque, formigamento, perda de sensibilidade ou força em um dos membros inferiores, raramente com acometimento do controle urinário e fecal e da potência sexual. O diagnóstico é feito atualmente pelo exame clínico neurológico, e confirmado pelos exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética de coluna lombar. Os níveis mais comumente afetados são L5/S1 e L4/L5. O tratamento consiste em analgésicos, repouso relativo, reabilitação com fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia.
Hérnias discais torácicas:
São raras, mais freqüentemente associadas com histórico de traumatismos, e apresentam-se com dor local, dificuldade para a marcha, perda de sensibilidade em membros inferiores e perda de controle esfincteriano. O diagnóstico também é feito pelo exame neurológico e confirmado pelos exames de tomografia computadorizada e pela ressonância magnética de coluna torácica.
Hérnias discais cervicais:
Manifestam-se, geralmente, com dor cervical irradiada para membros superiores (braço e antebraço). É comum a alteração de sensibilidade nos membros superiores com sensação de formigamento e dor em choque. O diagnóstico é confirmado por ressonância nuclear magnética de coluna cervical (RNN), e o tratamento consiste em repouso, imobilização, analgesia, antiinflamatórios e fisioterapia. O tratamento não-cirúrgico alcança êxito em aproximadamente 90% dos casos. Após um período de 6 a 8 semanas de tratamento adequado, com as medidas descritas anteriormente, se o paciente não apresentar melhora significativa, está indicado o tratamento cirúrgico (discectomia).
Canal estreito lombar (estenose do canal raquídeo):
Manifesta-se com dificuldade para a marcha associada a dor lombar e em membros inferiores (o paciente refere dor ao caminhar uma certa distância e melhora ao interromper a marcha). Os distúrbios esfincterianos podem estar presentes. O diagnóstico é confirmado por raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética de coluna lombar.
Canal estreito (espondilose) cervical:
Pode se manifestar da mesma forma que as hérnias discais cervicais, porém com curso mais lento (piora mais gradual) e com maior predomínio da dor cervical à movimentação. O diagnóstico é feito com auxílio de raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética de coluna cervical.
Espondilolistese:
O termo espondilolistese significa o escorregamento de uma vértebra sobre a outra mais próxima. Este escorregamento ou predisposição para o mesmo pode ter várias causas. A mais comum é a congênita (relacionadas a defeitos da coluna ao nascimento) e a degenerativa (provocada por desgaste das articulações e transtornos dos discos intervertebrais). O tipo congênito é comum, sendo causa freqüente de dor na infância e adolescência. O degenerativo ocorre, em geral, após os 50 anos de idade e é mais comum em mulheres. O tratamento, em geral, é não cirúrgico com exercícios para adequado reforço dos músculos da coluna vertebral e condicionamento físico global. O uso temporário de colete/ortese atenua as crises de dor lombar.

Desvios Posturais:
HIPERLORDOSE CERVICAL: Acentuação da concavidade da coluna cervical, colocando o ponto trago para traz da linha de gravidade. É causada , geralmente pela hipertrofia da musculatura posterior do pescoço.
HIPERCIFOSE: Acentuação da convexidade da coluna torácica, colocando o ponto acromial à frente da linha de gravidade. Pode ser do tipo flexível (quando a correção pode ser obtida através de contração muscular voluntária - causada por maus hábitos posturais) ou rígida (é quando a correção já não pode ser obtida com uma simples contração muscular ou manual, devido a frequência de uma atitude cifótica - A musculatura anterior do tórax está muito hipertrofiada e a posterior está muito alongada).
HIPERLORDOSE LOMBAR: é caracterizada pela acentuação da concavidade lombar, colocando o ponto trocantérico para traz da linha de gravidade. Causada pela hipertrofia da musculatura lombar (dorsal, ilíaco dorsal, ilíaco lombar, ilio-psoas, semi-espinhal, interespinhal, rotatores, epiespinhais, intertransversais), ou por enfermidades.
COSTA PLANA: é a inexistência ou inversão de qualquer das curvaturas da coluna vertebral. Geralmente apresenta-se na coluna lombar e causada pela hipertrofia da musculatura abdominal e pela hipotonia da musculatura lombar.
ESCOLIOSES: São deformações da coluna vertebral, fazendo com que a linha espondílea não fique reta. Segundo Kapandji, 1990, há uma inclinação com uma rotação vertebral. Ex: se for escoliose direita o c volta-se para a esquerda e o alongamento (membros) volta-se para a direita.
BICO DE PAPAGAIO: Nome popular dado a Osteofitose;
A adoção de posturas erradas leva, ao longo do tempo, a lesões das articulações vertebrais. A osteofitose aparece decorrente da protrusão progressiva do anel fibroso do disco intervertebral, dando origem à formação de osteofitos cujos efeitos são agravados pela desidratação gradual do disco intervertebral, causando a aproximação das vértebras, comprimindo a raiz nervosa e causando dores.


Aguarde as próximas postagens, patologias da coluna e intervenção fisioterapêutica

Referências:

http://www.sogab.com.br/anatomia/colunavertebraljonas.htm

www.auladeanatomia.com/osteologia/coluna.htm
http://www.institutocoluna.com.br/coluna.htm#Biomecânica
http://www.cdof.com.br/fisiote2.htm

sábado, 18 de dezembro de 2010

Bronquiolite Viral Aguda


A bronquiolite aguda é uma das causas mais comuns de infecção nos primeiros anos de vida, acometendo cerca de 15% das crianças até dois anos de idade; é também a responsável pela hospitalização de cerca de dois em cada 100 lactentes.
É a infecção viral das vias aéreas inferiores mais comum no lactente, classicamente definida como o primeiro episódio de sibilância. Os agentes etiológicos mais comumente associados a essa doença são o vírus sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, influenza e adenovírus.

Epidemiologia:
Contágio: normalmente a nível domiciliar (um familiar com IVAS), ambientes hospitalares ou onde co-habitam muitas crianças.
Contágio em profissionais de saúde principalmente através das mãos.

Fatores de risco:
< 6 meses -> maior
Baixo peso ao nascer -> gravidade
Desnutrição
Imunodeficientes e doenças de base
Aglomeração
Baixa idade materna
Amamentação

Fisiopatologia:
Alterações inflamatórias dos bronquíolos.
Fenômenos obstrutivos:edema, produção de muco, acúmulo local de fibrina e restos celulares através de mediadores relacionados a resposta imunológica.

Quadro Clínico:
Pródromos: febre, coriza, tosse (48-72h)
Quadro instalado:
Febre
Tosse
Taquipnéia
Tempo expiratório prolongado
Sibilos expiratórios
Estertores creptantes
Cianose
Apnéias

Exames Complementares:
Hemograma:inespecífico, leucocitose com aumento de formas jovens, anemia.
Gasometria arterial: avaliação e acompanhamento de insuficiência respiratória, oxigenação.
Rx tórax: atelectasias, pneumotórax, pneumonia associada.Hiperinsuflação pulmonar.

Tratamento Fisioterapêutico:
Os principais objetivos seriam aumentar a remoção de secreções e melhorar a função pulmonar por reverter áreas de colapsos, através da drenagem postural, percussão torácica e vibração/vibrocompressão, como por exemplo, em casos de doenças obstrutivas (como asma e fibrose cística), atelectasias, pneumonias ou fraqueza muscular com tosse ineficaz, além de seu emprego em recém-nascidos prematuros que permanecem por períodos longos na ventilação mecânica.
A AFE procura esvaziar passivamente os pulmões de secreções através do aumento do fluxo expiratório. Pode ser aplicada com as duas mãos, com ação sobre a dinâmica dos brônquios, movimento dos fluidos, e reologia das secreções que serão mobilizadas e expelidas.
A Expiração Lenta Prolongada (ELPr) corresponde à vertente pediátrica do ELTGOL (Expira-ção Lenta Total em Decúbito Infralateral com a Glote Aberta), e trata-se de uma técnica passiva de auxílio expiratório ao lactente, devido à sua incapacidade de cooperação, realizada em decúbito dorsal, através de pressão manual torácica e
abdominal sincronizadas, de forma lenta, ao final da expiração espontânea até o volume residual, e pode ser associada à vibração.
Esta técnica tem por característica promover maior volume expiratório, com obtenção da desinsuflação pulmonar, o que evita o estreitamento brônquico distal e promove a depuração de via aérea periférica. Ao trazer as secreções de via aérea inferior para via aérea tráqueo-brônquica através do ELPr, estas devem ser eliminadas através
de tosse. Nos lactentes, devido à incapacidade de ação sob comando, ou de realizar tosse voluntária, esta pode ser provocada (tosse provocada ou reflexa) através de estimulação de receptores mecânicos da traquéia extratorácica, por exemplo, por estímulo de fúrcula esternal com o polegar ou da cavidade bucal baixa próxima a epiglote, com o dedo mínimo ou com espátula.

Referências:
www.hinsg.org.br/pneumologia/aulas/2009/bronquiolite_viral_aguda.ppt
www.hinsg.org.br/pneumologia/.../BRONQUIOLITE_VIRAL_AGUDA.ppt
pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1273.pdf

domingo, 5 de dezembro de 2010

Exercícios com Powerball

Definição de Powerball
Power Ball é um giroscópio extraordinariamente preciso,consiste numa sólida esfera, com um rotor de elevada velocidade, instalado no seu interior.
Este rotor é colocado em movimento através da utilização de uma corda, ou simplesmente com o dedo, e acelerado com a rotação do punho. Não contém qualquer motor ou baterias, e toda a energia produzida é gerada por você! Quanto mais forte for, mais rápido conseguirá fazer a sua Power Ball girar!
Estes exclusivos aparelhos geram uma força notável, submetendo os ombros, braços e punhos do utilizador a uma enorme pressão, tornando-os o complemento ideal para os entusiastas do fitness, e de qualquer tipo de esporte.

Powerball no esporte
Como o Powerball trabalha a musculatura dos braços e mãos, ele é excelente para esportes que exigem destes membros.
Atletas que praticam os mais diversos esportes ja estão se beneficiando como Powerball.Entre as atividades esportivas mais conhecidas estão: tênis, tênis de mesa, motocross, bicicross, down hill, jiu-jitsu, kart, judô, tiro ao alvo, volêi, arco e flexa, golfe, artes marciais, basquete e muitas outras...

Exemplo de exercícios com Powerball
Antebraço - sentido anti-horário
Estenda seu braço e gire seu punho na direção anti-horário para concentrar a força nos músculos superiores do antebraço.

Antebraço - sentido horárioUsando a mesma técnica acima, girando seu punho no sentido horário, você estará concentrando a força nos músculos inferiores do antebraço.

Bíceps
Para exercitar seus bíceps, flexione seu braço e movimente a bola no sentido anti-horário. Gire seu punho também para dentro.

PeitoralMantendo seu braço quase estendido e mantendo a Power Ball para frente, os músculos do peitoral são exercitados.

Ombro (Deltóide)
Mantendo seu braço reto e baixo ao seu lado, gire a Power Ball sentido horário para treinar os músculos Deltóides.

Dedos e Mão (Força da Pegada)Quando você usa a NSD Power Ball em um regime de rotações baixas, movimentando-a apenas com os dedos, a Power Ball aumentará a força da pegada da sua mão e dos seus dedos.

Fortalecimento do punho
Independente como você segura sua NSD Power Ball ou em qual regime você trabalha, a Power Ball fortalece os seus punhos em todas as situações.

Beneficios do Powerball
Reabilitação:As Power Balls são capazes de produzir nos seus ombros, braços e punhos um extraordinário trabalho físico que garante um aumento muito significativo de força e resistência aos seus membros.
Por outro lado, a sua suavidade e o seu movimento controlado e equilibrado são também capazes de gerar (sem impacto) o tipo de resistência ligeira, necessária para a fase mais delicada da reabilitação de lesões ou inflamações nos punhos. Por estas razões, as NSD Power Balls dispõem já de numerosas recomendações por parte de médicos e fisioterapeutas.
Esportes:Tal fortalecimento dos punhos, braços e ombros traduzir-se-á em melhoras significativas na prática de qualquer esporte, e as NSD Power Balls já contribuíram para milhares de atletas das mais variadas áreas melhorarem o seu desempenho. De fato, a prática de qualquer esporte que envolva o uso dos braços, ombros e punhos terá melhores resultados após apenas 30 dias de treino com uma NSD Power Ball!
Fitness:Independentemente da condição física em que se encontram atualmente os seus braços e punhos, resultado, por exemplo, do trabalho de ginástico com halteres e pesos, ao usar uma NSD Power Ball pela primeira vez, vai realmente sentir queimar...
Este fantástico produto produz no seu punho uma vasta gama de movimentos, aumentando simultaneamente a sua força e resistência – algo que nenhum outro tipo de exercício físico pode sequer fazer parecido! Sentirá que está usando e exercitando músculos que provavelmente nem sequer sabia que tinha! Devido à sua capacidade para produzir resistência desde cerca de 0,5 kg até 20 kg, é literalmente como ser capaz de transportar halteres de musculação… no seu bolso!
Claro que, como qualquer exercício intensivo, a regularidade provocará uma diminuição progressiva da sensação de fadiga muscular e começará a sentir um aumento de força e resistência nos seus membros superiores - mais especificamente na área do punho e antebraço, mas também de uma forma global, no ombro e braço.

Referênciashttp://www.powerball.com.br
http://www.nsdball.com.br/exercicios.html