terça-feira, 26 de outubro de 2010
Artrite reumatóide juvenil
É uma doença crônica, auto imune, de etiologia desconhecida, que ocorre em crianças menores de 16 anos, que se caracteriza pela presença de artrite crônica em 1 ou mais articulações, com possíveis manifestações sistêmicas (pele, coração, olhos, etc.)
• Caracterizada por alterações como: inflamação, deformidades, alterações no crescimento, rigidez articular, fraqueza muscular, diminuição da atividade funcional.
• Não é fatal mas caso não seja tratada precocemente pode acarretar prejuízos permanentes.
Poliarticular:
-Acomete 5 articulações ou mais, simétrica, envolvendo grandes artic. (J,T,P,C,) e pequenas artic. das mãos.
- Os sintomas articulares predominam desde o início e as manifestações sistêmicas são geralmente discretas.
- Apresenta dificuldade na marcha, irritabilidade e posturas de defesa.
- Coluna cervical perde a mobilidade
- Envolvimento da temporomandibular que limita a abertura da boca.
- Vasculites cutâneas.
- Febre baixa.
- É a que acarreta maior destruição articular e com isso menor capacidade funcional e qualidade de vida.
- Pode ser dividida em dois subgrupos:
1- Com fator reumatóide negativo
2- Com fator reumatóide positivo: afeta adolescentes do sexo F e tem pior prognóstico. É mais agressiva e evolui com recorrências freqüentes ou atividade contínua.
Oligoarticular:
* Afeta 4 ou menos articulações.
* É a mais freqüente, 50% dos casos.
* J,T são artic. mais afetadas, de forma assimétrica. Coluna Cervical e mãos são pouco afetadas.
* O início é insidioso, assintomático.
* Não tem manifestações sistêmicas, exceto Uveíte.
* Possui dois subgrupos:
1- atinge meninas, menores de 5 a, alto risco de uveite.
2- atinge meninos, maiores 10a, acomete sacroilíacas, J, T, apresenta entesites e
pode desenvolver E.A.
Manifestação da artrite reumatóide juvenil:
Os sintomas podem ser encontrados em cerca de dois terços dos pacientes. Os mais comuns são: fadiga fácil, astenia, perda de pêso e distúrbios vasomotores, com sensação de dormencia e formigamento das mãos e dos pés. Pacientes com artrite reumatóide frequentemente relacionam o início de sua enfermidade com o aparecimento de distúrbios que tendem a esgotar as reservas físicas e/ou emocionais: infecção aguda, contágio, trabalho pesado, ansiedade e tensão emocional. Um início insidioso, gradual, é considerado mais característico, e ocorre em pouco mais da metade dos pacientes. Dor ao movimento e rigidez são notadas habitualmente em somente uma ou poucas articulações, seguidas de edema. Embora quase qualquer uma das articulações do corpo possa ser inicialmente comprometida, em poucas semanas as pequenas articulações das mãos e dos pés são usualmente afetadas. Um início agudo não é raro: a dor e o edema aparecem súbitamente em múltiplas articulações, associados com calafrios, febre e prostração. Às vezes, particularmente nas crianças, a reação febril é o traço destacado e pode preceder qualquer compartimento articular por vários meses.
Manifestações clínicas e sintomas:
A dor nas articulações acometidas varia consideravelmente e nem sempre é proporcional ao grau da tumefação. A dor em repouso, não aliviada por analgésicos e pelo calor, é bastante incomum, excepto quando há grave inflamação aguda. A dor ao movimento é mais persistente e é notada particularmente com movimentos de torção das mãos e dos punhos, assim como nos pés e nos joelhos ao suportar peso. A rigidez é talvez o sintoma mais constante. Caracteristicamente, o paciente com artrite reumatóide sente-se pior ao se levantar pela manhã, e necessita de um período de meia hora a várias horas para se "tornar mais ágil". Tal paciente tem geralmente sua melhora mais acentuada no final da manhã ou no início da tarde. Podem ocorrer episódios adicionais de rigidez e dor após períodos de repouso durante o dia, ou acompanhados de fadiga à tarde ou ao anoitecer. São frequentes os episódios de dor e hipersensibilidade muscular, particularmente em torno do pescoço e dos ombros. Os sintomas constitucionais variam muito de intensidade. A fadiga e certo grau de perda de peso são muito comuns; estão frequentemente associados com indisposição e fraqueza real. A febre é usualmente de baixa intensidade mas foram bem documentados casos de elevação diária persistente da temperatura de 38,8 a 40,0ºC, sem explicação razoável. Por outro lado, pode não haver elevação de temperatura.
Avaliação:
• Histórico do aparecimento da doença
• Avaliação física:
-inspeção, palpação: dor, edema, deformidades, acometimento extra articular.
- acometimento articular: contar as artic. afetadas.
- ADM: goniometria
- força muscular: teste manual (contra indicado na fase aguda).
- palmograma e plantígrafo
- equilíbrio estático e dinâmico.
* Marcha
• Avaliação postural
• Capacidade respiratória
• Avaliação funcional: AVDs, Atividades Funcionais (mudanças de decúbito, sentar- levantar)
Tratamento:
CINESIOTERAPIA
Na fase aguda exercícios passivos, suaves para não desencadear reflexos. Evoluir para exercícios assistidos e em seguida ativos suaves que devem ser realizados respeitando as limitações da doença.
Exercícios isométricos podem ser realizados durante atividade da doença ou quando o movimento ativo causar dor.
Alongamentos devem ser realizados evitando alongamentos vigorosos e as técnicas de manipulações articulares.
POSICIONAMENTO
A criança tende a adotar flexão do Q, J quando está em pé e deitada por ser mais confortável. Deve ser estimulada a deitar de prono por pelo menos 1h/dia. Pode ser necessário uso de órteses para extensão dos J.
ORIENTAÇÕES
* Repouso em posição confortável e funcional
* Elevar o local de estudar, escrever e ler para evitar flexão do pescoço e diminuição da ADM dos ombros.
* Treinar abertura da boca
* Uso de órteses noturnas
* Estimular a extensão do punho com atividades como escrita
* Estimular atividades divertidas como natação, andar de bicicleta.
* Jogar bola: chutar, jogar com as mãos.
* Sapatos estáveis e confortáveis
* Manter a mesa elevada e pés apoiados no chão.
* Ficar em prono para evitar flexão do Q e J
* Adaptar brinquedos, canetas, facilitar vestimentas, engrossar cabos de talheres, escovas de dentes
* Incentivar e encorajar a criança a ser o mais ativo possível, ir a escola, participar de ativ. Recreativas.
* Apoio psicológico para o paciente e familiares
* Tratamento ortodôtico e oftalmológico.
Referencias:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/arj_tatiane.htm
http://www.eselx.ipl.pt/saudeseguranca/doenca/artrite.htm
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Tendinite do Supra-espinhoso
São descritas basicamente como causas da tendinite, o trauma direto, a hipovascularização e o impacto subacromial.
Qualquer trauma direto no ombro com luxação ou estiramento agudo com os braços elevados pode levar à tendinopatia do supraespinhoso.
Traumas:
1) Trauma
Não ocupacional:
Esporte (vôlei, basquete, tênis, natação, etc)
Luxação traumática ou estiramento abrupto com os braços elevados
Ocupacional:
Acidente de trabalho associado a trauma com luxação ou estiramento abrupto com braços elevados
2) Hipovascularização:
Não ocupacional:
Degeneração própria da idade
Tensão do braço estático pendente
Doenças que podem levar a diminuição da vascularização local (p.e. diabetes)
Ocupacional:
Movimentos repetitivos
Postura viciosa com membros elevados e abduzidos
3) Impacto sub-acromial de origem ocupacional
Qualquer atividade que necessite de elevação do membro superior leva a Síndrome do Impacto, já descrita. São exemplos a faxineira, os trabalhadores de linha de produção, etc)
Testes:
Supra-espinhoso:
Origem: Cavidade supra-espinhosa da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula articulasr do ombro.
Ação: Abduz articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro
Teste: pcte sentado ou em pé.
Prova:Iniciação da abdução do úmero.
Pressão: Contra o antebraço na direção da adução.
Testes especiais:
Teste de Neer:
Pcte sentado, com a escápula do pcte estabilizada, o examinador passivamente realiza flexão maxima do ombro afetado.
Dor no ombro e apreensão são indicados como positivo.
Teste da lata vazia (Jobe)
Pcte em pé com ambos os ombros abduzidos à noventa graus, palmas das mãos para fora (dedão para baixo) o examinador aplica resistencia contra o movimento ativo do pcte para elevar os ombros.
Considera-se positivo fraqueza ou relato de dor.
Tratamenro:
As sessões iniciaram-se com movimentação ativa da cintura escapular.
Posteriormente, iniciava-se a mobilização passiva da articulação glenoumeral em todos os planos de movimento: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa.
Em seguida, eram realizados movimentos ativos assistidos, ativos com auxílio de um bastão e pendulares, conforme Figuras 4, 5 e 6. Também eram realizadas outras variações desses movimentos, visando não só flexão e extensão, mas também abdução, adução, rotação interna e externa.
Pode ser realizado exercicios isometricos para potencializar o ganho de ADM
Para os exercícios ativos resistidos visando a abdução, adução, flexão, extensão, rotação interna e rotação externa foi utilizado o theraband vermelho.
Também para aumentar a amplitude de movimento foram realizadas movilizações e trações da articulação glenoumeral.
Referncias:
http://www.efdeportes.com/efd127/pos-operatorio-de-reconstrucao-do-musculo-supra-espinhoso.htm
Fisioterapia em ortopedia - Dolken
Fisioterapia avaliação ortopedica - Konin
Lesão do Manguito Rotador
Anatomia: O manguito rotador é formado pelos músculos supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular.Cada tendão se mistura à cápsula glenoumeral e a reforça e todos contribuem significativamente para a estabilidade dinamica da articulação.
Existem diversos grau de lesão do manguito que pode variar desde tendinite até lesões mais graves como ruptura total do musculo.
Os sintomas de uma lesao do manguito rotador podem ser :
# Dor (geralmente piora a noite)
# Dificuldade para mobilizar o ombro (principalmente elevar)
# Fraqueza muscular
Uma área critica e suscetivel de sofrer lesão e de comprometer a estabilidade do ombro, é a ligação entre o tendão da cabeça longa do músculo bíceps e a parte anterior do lábio glenóide.
O tendão da cabeça longa do bíceps braquial está preso ao pólo superior do lábio.As lesões que ocorrem nessa área tem nome de lesões de SLAP (lábio glenoidal superior antero-posterior)
Classificação das lesões SLAP:
Tipo I: desfiamento degenerativo do lábio glenóide superior, ainda firmemente preso à fossa glenóide e ao tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial.
Tipo II: o quadro acima combina-se com o desclocamento do lábio glenóide, o tendão da cabeça longa do múculo bíceps braquial tem origem na margem da fossa glenóide, lembrando a ruptura da alça de um cesto, mas o tendão do bíceps ainda não se destacou de seu local de origem.
Tipo III: ruptura vertical do lábio glenóide similar ao rompimento em alça de balde (do menisco) sem descolar o tendão do bíceps do seu local de inserção.
Tipo IV: laceração do lábio em forma de alça de cesto, acompanhada por ruptura longitudinal do tendão do músculo bíceps e por deslocamento parcial do segmento que sofreu ruptura.
Testes:
Supra-espinhoso:
Origem: Cavidade supra-espinhosa da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula articulasr do ombro.
Ação: Abduz articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro
Teste: pcte sentado ou em pé.
Prova:Iniciação da abdução do úmero.
Pressão: Contra o antebraço na direção da adução.
Infra-espinhoso
Origem: Cavidade espinhosa sa escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a aticulação do ombro e estabiliza o ombro durante o movimento.
Teste: Pcte em DV.
Fixação: Uma mão embaixo do braço próximo ao cotovelo e estabiliza o úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido em angulo reto.
Pressão: Utilizando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.
Redondo Menor
Origem: Borda lateral da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro.
Teste: Pcte em DD.
Fixação: Face interna da extremidade distal do úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo em angulo reto.
Pressão: Empregando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.
Subescapular
Origrm: Cavidade subescapular da escápula.
Inserção: Tuberculo menor do úmero e cápsula articular do ombro.
Ação: Roda medialmente a articulação e estabiliza a articulação do ombro durante o movimento.
Teste:Idem aos anteriores.
Testes Especiais:
Sinal de Palm-up (Sinal da palma voltada para cima)
Enquanto sentado, o pcte é solicitado a manter o membro superior em abdução de noventa graus e em quarenta graus de adução tranversal, com o antebraço em supinação completa.
A leve pressão do fisioterapeuta no antebraço provoca dor típica.
Prova de O'Brien
Estando sentado, o pcte é solicitado para manter o membro superior em flexão de noventa graus, o cúbito em extensão e o antebraço em pronação.
A leve pressão do fisioterapeuta contra o antebraço desencadeia dor típica.
Tratamento:
1 - Amplitude de Movimento Escapular:
Em pé, Levar os ombros para cima, comprimir as escápulas, uma de encontro à outra.
Depois, empurrá-las para baixo como se estivesse colocando as mãos nos bolsos de trás da calça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
2 - Exercícios Com Bastão:
A - Flexão do Ombro:
Em pé, segurar um bastão com as mãos, com as palmas para baixo.
Levar os braços esticados até a cabeça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B – Rotação externa:
Em decúbito dorsal, segurar um bastão com ambas as mãos, palmas para cima.
Os braços devem ficar apoiados no chão, ao lado do corpo e os cotovelos flexionados a
90º.
Com o braço são empurrar o braço lesionado e afastá-lo do corpo.
Os cotovelos devem ficar imóveis.
Manter por 5 segundos e repetir 10 vezes.
C - Extensão do Ombro:
Em pé, segurar o bastão com as mãos atrás de seu corpo, afastá-lo das costas.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
3 - Isométricos:
A - Rotação Externa:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo dobrado a 90º e com o dorso da mão encostado no batente.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B - Rotação Interna:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo
dobrado a 90º e com a palma da mão encostada no
batente da porta.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
4 - Exercício de Rotação Externa Com a Faixa Terapêutica:
Em pé e com a mão do lado lesionado encostado no o abdômen, segurar a faixa que deve se encontrar presa a uma maçaneta de porta, do lado oposto ao braço lesionado e puxá-la rodando o braço para fora e afastando a mão da cintura, sem desencostar o cotovelo do corpo.
O cotovelo deve estar dobrado a 90º e o antebraço, paralelo ao chão.
Repetir 10 vezes e evoluir para 3 séries de 10.
Fazer 3 séries de 10 repetições.
5. Exercício Supra Espinhoso:
Em pé, braços descansados na lateral do corpo e polegares apontados para o chão, inclinar levemente o tronco para frente e levantar os braços lateralmente.
Conservar os cotovelos (braços) estendidos.
Levar as mãos até a altura do ombro.
Manter por 10 segundos, descansar e repetir 10 vezes.
Gradualmente, adicionar carga ao exercício, segurando pesos com as mãos para aumentar o fortalecimento.
Referencia:
http://www.ossosdooficio.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=61:lesao-do-manguito-rotador&catid=37:doencas-ombro&Itemid=60
http://www.clinicadeckers.com.br/html/orientacoes/ortopedia/047_lesao_rotator.html
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Fisioterapia em Ortopedia - Dolken
Reabilitação física do atleta - Andrews
Existem diversos grau de lesão do manguito que pode variar desde tendinite até lesões mais graves como ruptura total do musculo.
Os sintomas de uma lesao do manguito rotador podem ser :
# Dor (geralmente piora a noite)
# Dificuldade para mobilizar o ombro (principalmente elevar)
# Fraqueza muscular
Uma área critica e suscetivel de sofrer lesão e de comprometer a estabilidade do ombro, é a ligação entre o tendão da cabeça longa do músculo bíceps e a parte anterior do lábio glenóide.
O tendão da cabeça longa do bíceps braquial está preso ao pólo superior do lábio.As lesões que ocorrem nessa área tem nome de lesões de SLAP (lábio glenoidal superior antero-posterior)
Classificação das lesões SLAP:
Tipo I: desfiamento degenerativo do lábio glenóide superior, ainda firmemente preso à fossa glenóide e ao tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial.
Tipo II: o quadro acima combina-se com o desclocamento do lábio glenóide, o tendão da cabeça longa do múculo bíceps braquial tem origem na margem da fossa glenóide, lembrando a ruptura da alça de um cesto, mas o tendão do bíceps ainda não se destacou de seu local de origem.
Tipo III: ruptura vertical do lábio glenóide similar ao rompimento em alça de balde (do menisco) sem descolar o tendão do bíceps do seu local de inserção.
Tipo IV: laceração do lábio em forma de alça de cesto, acompanhada por ruptura longitudinal do tendão do músculo bíceps e por deslocamento parcial do segmento que sofreu ruptura.
Testes:
Supra-espinhoso:
Origem: Cavidade supra-espinhosa da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula articulasr do ombro.
Ação: Abduz articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro
Teste: pcte sentado ou em pé.
Prova:Iniciação da abdução do úmero.
Pressão: Contra o antebraço na direção da adução.
Infra-espinhoso
Origem: Cavidade espinhosa sa escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a aticulação do ombro e estabiliza o ombro durante o movimento.
Teste: Pcte em DV.
Fixação: Uma mão embaixo do braço próximo ao cotovelo e estabiliza o úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido em angulo reto.
Pressão: Utilizando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.
Redondo Menor
Origem: Borda lateral da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro.
Teste: Pcte em DD.
Fixação: Face interna da extremidade distal do úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo em angulo reto.
Pressão: Empregando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.
Subescapular
Origrm: Cavidade subescapular da escápula.
Inserção: Tuberculo menor do úmero e cápsula articular do ombro.
Ação: Roda medialmente a articulação e estabiliza a articulação do ombro durante o movimento.
Teste:Idem aos anteriores.
Testes Especiais:
Sinal de Palm-up (Sinal da palma voltada para cima)
Enquanto sentado, o pcte é solicitado a manter o membro superior em abdução de noventa graus e em quarenta graus de adução tranversal, com o antebraço em supinação completa.
A leve pressão do fisioterapeuta no antebraço provoca dor típica.
Prova de O'Brien
Estando sentado, o pcte é solicitado para manter o membro superior em flexão de noventa graus, o cúbito em extensão e o antebraço em pronação.
A leve pressão do fisioterapeuta contra o antebraço desencadeia dor típica.
Tratamento:
1 - Amplitude de Movimento Escapular:
Em pé, Levar os ombros para cima, comprimir as escápulas, uma de encontro à outra.
Depois, empurrá-las para baixo como se estivesse colocando as mãos nos bolsos de trás da calça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
2 - Exercícios Com Bastão:
A - Flexão do Ombro:
Em pé, segurar um bastão com as mãos, com as palmas para baixo.
Levar os braços esticados até a cabeça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B – Rotação externa:
Em decúbito dorsal, segurar um bastão com ambas as mãos, palmas para cima.
Os braços devem ficar apoiados no chão, ao lado do corpo e os cotovelos flexionados a
90º.
Com o braço são empurrar o braço lesionado e afastá-lo do corpo.
Os cotovelos devem ficar imóveis.
Manter por 5 segundos e repetir 10 vezes.
C - Extensão do Ombro:
Em pé, segurar o bastão com as mãos atrás de seu corpo, afastá-lo das costas.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
3 - Isométricos:
A - Rotação Externa:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo dobrado a 90º e com o dorso da mão encostado no batente.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B - Rotação Interna:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo
dobrado a 90º e com a palma da mão encostada no
batente da porta.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
4 - Exercício de Rotação Externa Com a Faixa Terapêutica:
Em pé e com a mão do lado lesionado encostado no o abdômen, segurar a faixa que deve se encontrar presa a uma maçaneta de porta, do lado oposto ao braço lesionado e puxá-la rodando o braço para fora e afastando a mão da cintura, sem desencostar o cotovelo do corpo.
O cotovelo deve estar dobrado a 90º e o antebraço, paralelo ao chão.
Repetir 10 vezes e evoluir para 3 séries de 10.
Fazer 3 séries de 10 repetições.
5. Exercício Supra Espinhoso:
Em pé, braços descansados na lateral do corpo e polegares apontados para o chão, inclinar levemente o tronco para frente e levantar os braços lateralmente.
Conservar os cotovelos (braços) estendidos.
Levar as mãos até a altura do ombro.
Manter por 10 segundos, descansar e repetir 10 vezes.
Gradualmente, adicionar carga ao exercício, segurando pesos com as mãos para aumentar o fortalecimento.
Referencia:
http://www.ossosdooficio.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=61:lesao-do-manguito-rotador&catid=37:doencas-ombro&Itemid=60
http://www.clinicadeckers.com.br/html/orientacoes/ortopedia/047_lesao_rotator.html
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domingo, 17 de outubro de 2010
Atividade Física e Hipertensão Arterial
Dentre as medidas não farmacológicas de tratamento para HAS a atividade tem sido amplamente recomendada. Diversos estudos tem verificado que o treinamento físico é capaz de diminuir a pressão arterial de indivíduos hipertensos. No entanto deve-se atentar para a adequação do treinamento físico para essa finalidade, ou seja, quais as características do treinamento físico que ampliam seu efeito hipotensor.
Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação inversa entre a pressão arterial e o nível de atividade física habitual ou o nível de condicionamento físico do indivíduo. Entre os hipertensos têm sido demonstrada que o treinamento físico diminui significativamente a pressão arterial de repouso, em média na ordem de 10 mmHg, tanto da pressão sistólica quanto da diastólica, nos casos de HAS leve. Os efeitos do treinamento sobre a pressão arterial de 24 horas é até o momento controverso com poucos estudos e resultados contraditórios.
Mecanismo de ação hipotensora:Os mecanismos de redução da pressão arterial são múltiplos, complexos e ainda não totalmente esclarecidos. São basicamente mecanismos hemodinâmicos, neurais e hormonais.
Mecanismos hemodinâmicos: Redução da resistência vascular periférica decorrente de um estado de vasodilatação induzida pelo exercício; Redução do débito cardíaco, pela diminuição da freqüência cardíaca basal e por uma possível redução do volume plasmático dos indivíduos hipertensos treinados.
Mecanismos neurais: Redução da atividade simpática, que explicaria as alterações hemodinâmicas de vasodilatação periférica e bradicardia. O mecanismo é ainda desconhecido mas sugere-se um aumento dos níveis de prostaglandina E e redução dos níveis de insulina.
Prescrição de exercícios:Para que o exercício traga benefícios ao hipertenso deve-se atentar para o tipo, intensidade, freqüência e duração do treinamento físico.
Tipo de exercício: O exercício dinâmico aeróbico comprovadamente reduz a pressão arterial, sendo considerado o mais adequado para o hipertenso. A sobrecarga pressórica imposta ao sistema cardiovascular durante a realização de exercícios isométricos e a efetividade duvidosa desse tipo de exercício como agente hipotensor levou a desencorajar este tipo de exercício para o hipertenso. No entanto atualmente tem sido recomendado que os exercícios aeróbios sejam complementados por exercícios localizados, realizados também de forma dinâmica com baixa intensidade e grande número de repetições (ver adiante em intensidade do exercício). Dessa forma se obteria uma melhor integridade do sistema musculo-esquelético e um aumento da força muscular que levaria a uma diminuição da sobrecarga diária ao coração, por redução da FC e da PA durante os esforços da vida cotidiana.
Intensidade do exercício: O exercício leve a moderado possui efeito hipotensor semelhante ou mesmo superior ao exercício intenso, e a pressão arterial se eleva menos durante a sua execução. Aconselha-se que o exercício aeróbio de intensidade adequada para a redução da pressão arterial é aquele que atinge de 50 a 70% do VO2 Max. Esse valor pode ser deduzido pela FC de reserva calculada pela fórmula:
FC treino = (FC Max - FC repouso) X % intensidade (50 a 70) + FC repouso
Para os exercícios localizados recomenda-se o uso de 40 a 50% da carga máxima voluntária com grande número de repetições (20 a 25).
Freqüência do exercício: Para que haja algum efeito hipotensor é recomendável uma freqüência mínima de 3 vezes por semana. Freqüências de exercícios semanais maiores produzem maior efeito hipotensor. Quanto a exercícios localizados recomenda-se a freqüência de 3 sessões semanais.
Duração do exercício: Possui relação direta com a condição física do indivíduo. Tempos maiores de exercício (40 minutos) são mais eficazes que períodos curtos de exercício (10 minutos) para obter o efeito hipotensor. Recomenda-se que o exercício aeróbio tenha de 30 a 45 minutos de duração.
Aplicado à Hipertensos
A Hipertensão é uma condição na qual a tensão arterial encontra-se cronicamente elevada, acima dos níveis considerados desejáveis ou saudáveis para a idade e a superfície corporal do indivíduo (Pollock, 1993:06).
Na maioria dos casos, a hipertensão pode ser resultante de fatores genéticos, de uma dieta com altos teores de sódio, obesidade, da inatividade física, estresse, de uma combinação destes fatores, e outros (Pollock, 1993:13).
Efeitos da atividade física em Hipertensos:
A atividade física altera a pressão sangüínea, mas, esta alteração depende da pressão arterial do indivíduo, ou seja, em indivíduos com PA normal, pouco alteração ocorre com o treinamento, mas, provocam redução significativas em indivíduos hipertensos leves e moderados (Fagard & Tipton, 1994; citado por Guedes, 1995). Os exercícios aeróbios moderados e de longa duração são os mais eficientes na diminuição ou na regularização da PA, principalmente quando associados à redução do peso corporal e da ingesta de sal (Sannerstedt, 1987; citado por Guedes, 1995).
O American College of Sports Medicine (ACSM) e outros revisores concluíram que as pessoas com hipertensão discreta podem esperar uma queda média das pressões arteriais sistólica e diastólica de 8 a 10 mmHg e 6 a 10 mmHg, respectivamente, em resposta ao exercício aeróbio regular.
Indivíduos hipertensos submetidos a exercícios físicos tendem a reduzir a concentração circulante de catecolaminas, o que, somado à diminuição do tônus simpático, provoca diminuição do débito cardíaco e na resistência vascular periférica, resultando em menor pressão arterial em repouso (Fagard & Tipton,1994).
Os programas de exercícios devem ser de predominância aeróbia, como caminhadas, corridas leves, cicloergômetros, ciclismo, natação, etc…
A freqüência das atividades não deve ser inferior a 4 vezes por semana, com a duração inicial de 30 minutos aumentando gradativamente a 1 hora e a intensidade entre 40 a 65 % da Fc máx.
Pressão arterial e exercício:
Exercício com resistência estática dinâmica comprimem o sistema arterial periférico e acarretam aumentos agudos e dramáticos na resistência ao fluxo sangüíneo.
Exercícios crônicos do treinamento de resistência podem causar maior elevação na pressão arterial, e comparada com o movimento dinâmico de menor intensidade, porém não parece que essa forma de treinamento seja capaz de causar qualquer aumento a longo prazo na pressão arterial de repouso.
Exercício em ritmo estável na atividade muscular rítmica tipo trote, natação e ciclismo, provoca a dilatação dos vasos sangüíneos nos músculos ativos, reduz a resistência periférica total e aumenta o fluxo de sangue através de grandes segmentos da árvore vascular periférica.
Exercício progressivo: nessa situação, as pressões sistólicas (PAS), diastólica (PAD) e média são plotadas como uma função da quantidade de sangue ejetada para dentro do circuito arterial a cada minuto, o que constitui o débito ou rendimento cardíaco.
Pressão arterial nos exercícios de braço: o fluxo sangüíneo para os braços durante o exercício exige, uma cabeça de pressão sistólica muito maior. É evidente que essa forma de exercício representa um esforço cardiovascular maior, pois o trabalho do coração aumenta consideravelmente.
Na recuperação após uma sessão de exercício submáximo contínuo, a PAS é reduzida temporariamente para níveis abaixo do valor pré - exercício para indivíduos tanto normotensos quanto hipertensos. Essa resposta hipotensa ao exercício prévio dura cerca de duas a três horas durante a recuperação
Conclusão: A atividade física pode aumentar a capacidade cardiovascular e reduzir a demanda de oxigênio pelo miocárdio para um dado nível de exercício, tanto em indivíduos normais, quanto na maioria dos pacientes cardiácos. As atividades físicas exercidas regularmente são necessárias para manter os efeitos obtidos ao treinamento. Os riscos potenciais associados aos exercícios intensos podem ser reduzidos através da orientação correta . As atividades físicas podem auxiliar no controle do tabagismo, da hipertensão, das dislipidemias, do diabetes, da obesidade e do estresse emocional. As evidências sugerem que o treinamento físico pode proteger contra o desenvolvimento da doença coronariana, além de poder melhorar a probabilidade de sobrevida após um ataque cardíaco.
A hipertensão arterial atinge mais de 30 % da população adulta, principalmente acima dos 30 anos de idade. Embora exista uma influência de fatores hereditários, dentre eles os familiares, na elevação da pressão arterial, sabem que condições de vida contribuem para esta elevação: baixa escolaridade, desemprego, baixos salários etc., assim como o estilo de vida - comer muito sal, deixar de ser “estressado”, estar acima do peso, não fazer exercícios e ingerir bebida alcoólica em excesso.
Esta doença é considerada perigosa porque freqüentemente não causa sintomas, mas pode acarretar conseqüências graves para o indivíduo como: acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio (insuficiência do coração), insuficiência renal ou ainda obstrução das artérias que levam o sangue para as pernas, se não for diagnosticada e tratada adequadamente.
É necessário que todas as pessoas, mesmo que não sintam nada, devem verificar sua pressão arterial no Posto de Saúde pelo menos a cada seis meses (no máximo).
Todo hipertenso deve fazer atividade física, desde que esteja com a pressão arterial controlada e os exercícios sejam feitos de forma adequada, sempre acompanhada de um profissional competente e qualificado.
Antes de começar a atividade física, o ideal é fazer um teste ergométrico, principalmente, se tiver outros fatores de risco cardiovasculares associados. A supervisão médica, durante as sessões de exercício, não é necessária, a não ser que o hipertenso tenha alguma doença no coração. Mas, se for acompanhado por um professor de educação física, desenvolverá um trabalho mais eficiente, completo e com menos riscos à sua saúde.
O exercício recomendado ao hipertenso é o aeróbio, executado de três a cinco vezes por semana, com duração de 40 a 50 minutos e intensidade de leve a moderada, ou seja, 50 a 70% da freqüência cardíaca.
Esse exercício auxilia na redução da pressão arterial, porém, pensando na saúde global do indivíduo, deve-se também fazer exercícios localizados e de alongamento.
É preciso que se realize uma avaliação física para que determine com eficácia os exercícios a qual devem ser trabalhados com fidedignidade.
Os benefícios da atividade física no controle da pressão arterial acontecem por diversos fatores diretos e indiretos da atividade física no organismo:
- Alterações cardiovasculares (Diminuição da freqüência cardíaca de repouso, débito cardíaco no repouso e resistência periférica);
- Alterações endócrinas e metabólicas (Diminuição da gordura corporal, diminuição dos níveis de insulina, diminuição na atividade do sistema nervoso simpático, aumento da sensibilidade à insulina, melhora da tolerância à glicose);
- Composição corporal (Efeito diurético, aumento da massa muscular e aumento da força muscular);
- Comportamento (Diminuição do stress e ansiedade)
Lembre-se, se for faz parte deste quadro de pessoas hipertensas, a prática de uma atividade física tende realmente e melhorar, porém procure profissionais com qualificação e sinta a diferença!!
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