sábado, 18 de dezembro de 2010
Bronquiolite Viral Aguda
A bronquiolite aguda é uma das causas mais comuns de infecção nos primeiros anos de vida, acometendo cerca de 15% das crianças até dois anos de idade; é também a responsável pela hospitalização de cerca de dois em cada 100 lactentes.
É a infecção viral das vias aéreas inferiores mais comum no lactente, classicamente definida como o primeiro episódio de sibilância. Os agentes etiológicos mais comumente associados a essa doença são o vírus sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, influenza e adenovírus.
Epidemiologia:
Contágio: normalmente a nível domiciliar (um familiar com IVAS), ambientes hospitalares ou onde co-habitam muitas crianças.
Contágio em profissionais de saúde principalmente através das mãos.
Fatores de risco:
< 6 meses -> maior
Baixo peso ao nascer -> gravidade
Desnutrição
Imunodeficientes e doenças de base
Aglomeração
Baixa idade materna
Amamentação
Fisiopatologia:
Alterações inflamatórias dos bronquíolos.
Fenômenos obstrutivos:edema, produção de muco, acúmulo local de fibrina e restos celulares através de mediadores relacionados a resposta imunológica.
Quadro Clínico:
Pródromos: febre, coriza, tosse (48-72h)
Quadro instalado:
Febre
Tosse
Taquipnéia
Tempo expiratório prolongado
Sibilos expiratórios
Estertores creptantes
Cianose
Apnéias
Exames Complementares:
Hemograma:inespecífico, leucocitose com aumento de formas jovens, anemia.
Gasometria arterial: avaliação e acompanhamento de insuficiência respiratória, oxigenação.
Rx tórax: atelectasias, pneumotórax, pneumonia associada.Hiperinsuflação pulmonar.
Tratamento Fisioterapêutico:
Os principais objetivos seriam aumentar a remoção de secreções e melhorar a função pulmonar por reverter áreas de colapsos, através da drenagem postural, percussão torácica e vibração/vibrocompressão, como por exemplo, em casos de doenças obstrutivas (como asma e fibrose cística), atelectasias, pneumonias ou fraqueza muscular com tosse ineficaz, além de seu emprego em recém-nascidos prematuros que permanecem por períodos longos na ventilação mecânica.
A AFE procura esvaziar passivamente os pulmões de secreções através do aumento do fluxo expiratório. Pode ser aplicada com as duas mãos, com ação sobre a dinâmica dos brônquios, movimento dos fluidos, e reologia das secreções que serão mobilizadas e expelidas.
A Expiração Lenta Prolongada (ELPr) corresponde à vertente pediátrica do ELTGOL (Expira-ção Lenta Total em Decúbito Infralateral com a Glote Aberta), e trata-se de uma técnica passiva de auxílio expiratório ao lactente, devido à sua incapacidade de cooperação, realizada em decúbito dorsal, através de pressão manual torácica e
abdominal sincronizadas, de forma lenta, ao final da expiração espontânea até o volume residual, e pode ser associada à vibração.
Esta técnica tem por característica promover maior volume expiratório, com obtenção da desinsuflação pulmonar, o que evita o estreitamento brônquico distal e promove a depuração de via aérea periférica. Ao trazer as secreções de via aérea inferior para via aérea tráqueo-brônquica através do ELPr, estas devem ser eliminadas através
de tosse. Nos lactentes, devido à incapacidade de ação sob comando, ou de realizar tosse voluntária, esta pode ser provocada (tosse provocada ou reflexa) através de estimulação de receptores mecânicos da traquéia extratorácica, por exemplo, por estímulo de fúrcula esternal com o polegar ou da cavidade bucal baixa próxima a epiglote, com o dedo mínimo ou com espátula.
Referências:
www.hinsg.org.br/pneumologia/aulas/2009/bronquiolite_viral_aguda.ppt
www.hinsg.org.br/pneumologia/.../BRONQUIOLITE_VIRAL_AGUDA.ppt
pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1273.pdf
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