segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Hérnia Discal

A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.
Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, a extrusão de massa discal que se projeta para o canal medular através de uma ruptura da parede do anel fibroso. O problema é mais freqüente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.
Tipos de Hérnia de disco
Hérnia de disco protusa: neste tipo de hérnia há envolvimento apenas do anel fibroso , que migra posteriormente,ocasiona compressão e dor. Geralmente o tratamento para este caso é, conservador com antiinflamatórios, relaxantes musculares, eventualmente colete lombosacral e fisioterapia.
Hérnia de disco extrusa: neste tipo de hérnia há envolvimento do anel fibroso e núcleo pulposo, que migram posteriormente, ocasionando uma compressão intensa, provocando dor mais epicrítica e em maior tempo .
Hérnia de disco seqüestrada: neste outro tipo há um rompimento deste disco e este material rompido , migra para dentro do canal medular,que além da compressão provoca imflamação importante e compressão contínua, o paciente apresenta posição antialgica inclinando a coluna vertebral. Neste caso a melhora só é possível com procedimento cirúrgico e representam a minoria das hérnias.

Sintomas:
Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos). Esses sintomas podem variar dependendo do local da acometido.
Quando a hérnia está localizada no nível da cervical, pode haver dor no pescoço, ombros, na escápula, braços ou no tórax, associada a uma diminuição da sensibilidade ou de fraqueza no braço ou nos dedos.
Na região torácica elas são mais raras devido a pouca mobilidade dessa região da coluna mais quando ocorrem os sintomas tendem a ser inespecíficos, incomodando durante muito tempo. Pode haver dor na parte superior ou inferior das costas, dor abdominal ou dor nas pernas, associada à fraqueza e diminuição da sensibilidade em uma ou ambas as pernas.

Causas

Fatores genéticos têm um papel muito mais forte na degeneração do disco do que se suspeitava anteriormente. Um estudo de 115 pares de gêmeos idênticos mostrou a herança genética como responsável por 50 a 60% das alterações do disco.(backLetter 1995).

Sofrer exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas. (Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996.)

Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:

  • Trabalho físico pesado
  • Postura de trabalho estática
  • Inclinar e girar o tronco freqüentemente
  • Levantar, empurrar e puxar
  • Trabalho repetitivo
  • Vibrações
  • Psicológicos e psicossociais (Adersson GBJ,1992)
Diagnóstico e exames

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.

Dermátomos

Todos os dermátomos do corpo, podem ser afetados por hérnia de disco.

Dependendo da altura da coluna que está com pinçamento devido hérnia de disco, haverá dor ou formigamento em determinada região do corpo.

Exemplos de locais com hénia de disco:

Hérnia de disco na região S1 haverá sintomas na parte posterior da coxa e perna e nádegas.

Hérnia de disco na L1, causára dor na região lombar e até na virilha.

Hérnia de disco na C6, haverá dor ou formigamento tanto na região cervical (sensação de peso) como no braço do lado da hérnia de disco.

Hénia de disco na C2, haverá dor na nuca e poderá haver fortes dores de cabeça (chamada muitas vezes de enxaqueca).

Outro sintoma comum é a dor no peito, (dor no coração,angina) irradiando para o braço.O paciente acredita estar com prblemas no coração. O que é descartado com exames solicitados por seu cardiologista. Isto ocorre devido compressão (hérnia de disco ou não) na região dorsal.

Testes específicos:

* Sinal da ponta, hérnia entre L5 e S1
* Sinal de calcanhar, hérnia entre L4 e L5
* Laségue
* Bragard (confirmação do Laségue)
* Laségue contr – lateral
* Laségue invertida (DV)
* Hoover, quando o paciente simula, o fisioterapeuta não sente a pressão.
* Teste muscular
* Teste articular

* Marcha do paciente
* Posturas que o paciente adota em relação à patologia:
Sinal de Vanzetti, escoliose antálgica para o lado oposto da dor. Nos casos crônicos, podemos encontrar hipotomia dos músculos da nádega e do membro inferior acometido, da musculatura da panturrilha.

Exercícios de Mackenzie

São usados para corrigir hérnia de disco além de outras patologias da coluna lombar. Na maioria das vezes o paciente, se tratado com Mackenzie, não se faz necessário cirurgia, mas é preciso conscientizar o paciente de que podera haver recidiva em movimentos bruscos. Neste caso é só ele adotar as posturas indicadas para sua hérnia.

Estes exercícios são também usados para pós – cirúrgico.
Serão descritas abaixo as dezessete posições do método.

1 – paciente em decúbito ventral (DV) sobre uma cama não
muito mole, com os braços ao longo do corpo.

2 - paciente em decúbito ventral (DV) com o apoio do cotovelo na cama faz extensão da coluna.

3 – paciente de DV com apoio das mãos sobre a cama estender a coluna.

4 – a mesma postura adotada na terceira posição só que com um cint
o fixando a região lombar ou abaixo do segmento que estenderá.
Previne as elevação da pélvis e da coluna lombar.

5 – paciente colocado numa tabua de abdução onde graduamos a angulação da extensão da coluna. No local da divisão da coluna. No local da divisão tabua estará colocada a ultima articulação que estenderá. Cinco a dez minutos em cada grau, sendo que na posição máxima de extensão dois a dez minutos ou de acordo com a tolerância do paciente. Quando terminar o paciente deve retornar a posição horizontal e ficar por dois a três minutos.
Em certas ocasiões é preferível usar a sustentação pela tabua do que pelos braç
os, que levam ao stress.

6 – paciente de pé faz extensão da coluna com o apoio das mãos na região lombar. Repetir dez vezes este movimento.

7 – paciente em DV, na cama, com o terapeuta coloca ao s
eu lado, cruza os braços e posiciona a palma das mãos no processo transverso do segmento lombar. O terapeuta aplicará uma mobilização com suave pressão, simetricamente e de curta duração, mas quando cessar as mãos não saem do local. É repetida no mesmo segmento, dez vezes e depois é feito nos outros segmentos afetados.

8 – a mesma postura adotada na sétima posição, só que ao in
vés de mobilização, far-se-ão manipulação baseadas no método Cyriax. Dez repetições.

9 – a mesma postura anterior, só que o terapeuta fará mobilizações com rotação. Dez vezes.

10 – mesma postura adotada na sétima, com manipulações com rotação. Dez vezes.

11 – paciente em decúbito dorsal (DD), membros inferiores fletidos e rotados
para o lado direito, o terapeuta apóia o ombro esquerdo do paciente para não deixá-lo elevar–se.

12 – paciente na décima primeira posição, o terapeuta vai manipular as duas pernas de um lado para o outro.

13 – paciente em DD, abraça os dois membro inferiores sobre o abdomem.

14 – paciente de pé, fletir a coluna anteriormente, deixando os braços soltos, com o joelho esticado.

15 - paciente coloca uma perna sobre o assento da cadeira e flete
a coluna anteriormente.

16 – correção dos desvios laterais.

17 – auto correção dos desvios.

O tratamento de Mackenzie é baseado em estágios:

* Reeducação do desarranjo
* Manutenção da redução
* Recuperação da função
* Prevenção das recidivas

Determinadas posições são adotadas dependo tipo de herniação do paciente, da postura antálgiaca e seguindo uma evolução.

Os pacientes sem deformidades podem começar pelas posições em, evoluindo para dois e três. Os pacientes com hipercifose lombar começam pelas posturas um, cinco, dois e três.

Os pacientes com escoliose inicia-se o tratamento pelas po
sições dezesseis, três e dezessete.

E os com lordose fazem inicialmente as posições quinze, treze, quatorze, três, onze e doze.

É necessário também ensinar o paciente a corrigir as posturas deformantes do dia – a – dia através da conscientização corporal de como se deve:

* Sentar, com lordose e ao levantar em cadeia longas chegar o corpo para frente sentad
o na ponta da cadeia e levantar.
* Dirigir carro, o assento do banco deve estar o mais próximos do volante para diminuir o movimento do quadril e conseqüentemente da coluna lombar.
* Deitar, numa cama não muito mole.
* Levantar da cama, o paciente deve virar para decúbito lateral, dobrar as pernas e colocá-las para fora da cama e elevar o troco com auxilio dos braços.






+ resistenteReferencias:
http://www.herniadedisco.com.br/doencas-da-coluna/hernia-de-disco
http://fisioricardosena.blogspot.com/2006/07/mini-review-sobre-hrnia-de-disco.html
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/hernia/hernia_discal.htm
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.percorrere.net/alongamento.jpg&imgrefurl=http://www.percorrere.net/dicas3.htm&h=1285&w=447&sz=97&tbnid=_Z_vSI82001PrM:&tbnh=150&tbnw=52&prev=/images%3Fq%3Ddicas%2Bde%2Balongamento%2Bpara%2Bcoluna&zoom=1&q=dicas+de+alongamento+para+coluna&hl=pt-BR&usg=__l8FxujJOuCb1PvnKzDLg1IoHT04=&sa=X&ei=9KQPTeOFFcL7lwfYivHJDA&ved=0CDwQ9QEwBA
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.trilhamotoclube.com/wp-content/uploads/2010/04/alongamentos.jpg&imgrefurl=http://www.trilhamotoclube.com/index.php/2010/04/&h=750&w=1000&sz=63&tbnid=zU3ZOKjQZDDZlM:&tbnh=112&tbnw=149&prev=/images%3Fq%3Ddicas%2Bde%2Balongamento%2Bpara%2Bcoluna&zoom=1&q=dicas+de+alongamento+para+coluna&hl=pt-BR&usg=__s5ei4Fk12090UP6ssG-4qalxnN8=&sa=X&ei=9KQPTeOFFcL7lwfYivHJDA&ved=0CDoQ9QEwAw

Nenhum comentário:

Postar um comentário