Realizado por: Eliana Prates
Definição:“Doença degenerativa da cartilagem articular, de caráter progressivo, com sintomatologia dolorosa geralmente insidiosa, podendo causar na sua evolução deformidade e limitação articular, rigidez e poderá estar associada a manifestações inflamatórias”
Termos:
DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA
ARTROSE
ARTRITE HIPERTRÓFICA
ARTRITE DEGENERATIVA
OSTEOARTRITE
OSTEOARTROSE
Epidemiologia e Incidência:
Doença + frequente em toda a população mundial;
Brasil: 16,2% da população (30 a 40% consultas);
> 60 anos
> mulheres (mãos e joelhos)
> homens (quadril)
Observação: Por volta dos 40 anos de idade, 90% de todas as pessoas irão ter algumas alterações degenerativas nas articulações de sustentação, mesmo que os sintomas clínicos estejam geralmente ausentes.
Definição Cartilagem:
Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos (unidos) que possuem algum grau de movimentação entre eles.
Função da Cartilagem:
A função básica da (CA)
Diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento.
Absorção de choque quando submetido à forças de pressões (como no caso do quadril, joelho, tornozelo e pé), ou de tração, como no caso dos membros superiores.
Outras estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos como no caso do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e, dos ligamentos, que ajudam a manter unidas e estáveis as articulações.
Teoria Mecânica da Osteoartrose:
Cartilagem articular normal: tecido conjuntivo denso, derivadas de uma célula mãe chamada fibroblasto que formam os condrócitos (células produtoras de cartilagem).
Os condrócitos, são responsáveis pela fabricação de uma substância denominada protocolágeno que, por um processo ainda não tão bem conhecido, aglutina-se, formando fibras de colágeno, as quais serão as grandes responsáveis pela resistência mecânica da cartilagem articular.
Colágeno do tipo II é o mais abundante na cartilagem articular e se dispõem de duas maneiras distintas.
Cartilagem funciona como uma grande mola, ou uma esponja de silicone embebida em água. A hidratação da cartilagem e a integridade da mesma.
1ª forma arcos de sustentação, funcionam como molas, ajudando na absorção de impactos diretos sobre a cartilagem.
2ª funciona como sistema hidráulico, formado não somente pelas fibras colágenas mas também por mucopolissacarídeos sulfatados (sulfato de glicosamina e o ácido hialurônico), sendo responsáveis pela agregação de moléculas de água que darão o caráter hidráulico da cartilagem, funcionando como uma esponja para diminuir o stress mecânico.
Toda vez que tivermos alterado o estado de equilíbrio entre os constituintes articulares, estaremos sujeitos ao PROCESSO DE DEGRADAÇÃO ARTICULAR e, consequentemente, o desenvolvimento da OSTEOARTROSE.
Quando a cartilagem articular é submetida a um macro trauma ou um micro trauma de repetição, existe, segundo a teoria mecânica, uma quebra de grande número de fibras colágenas, o que produziria um fenômeno inflamatório local, com liberação de enzimas proteolíticas e degradação da cartilagem articular.
Neste processo de aumento de destruição, o condrócito, único tipo de célula existente na cartilagem articular, não teria capacidade de regenerar aquele excedente destruído, fazendo com que o dano articular persisti-se.
Etiologia:
Avanço da idade (diminuição da função condrocitária e da elasticidade dos tecidos periarticulares);
Pré-disposição genética;
Estresse mecânico (lesão articular prévia, uso repetitivo da articulação, atividade física intensa e obesidade);
Inatividade/sedentarismo
Classificação:
OA PRIMÁRIA:
Idiopática
Erosiva inflamatória
Sem história de trauma ou outras patologias associadas
Pode ter caráter hereditário
Diminuição na concentração de proteoglicanos (diminuição da elasticidade).
OA SECUNDÁRIA:
Quando existe uma patologia prévia causadora do processo osteoartrósico;
Sobrecarga: estresse mecânico, alterações biomecânicas, obesidade;
Doenças Congênitas: luxação de quadril, necrose avascular da cabeça do fêmur...
Doenças Inflamatórias: Artrite Reumatóide
Doenças Metabólicas: Gota (depósito microcristais), Doença de Paget...
Afecções Hemofílicas: Hemofilias
Pós-Trauma: fraturas, entorses, meniscectomia...
Quadro Clínico:
Dor espontânea localizada e hipersensibilidade:Ocorre no início do movimento, alivia com repouso, piora com atividades com carga, á noite, climas frios ou variações climáticas bruscas e pós-estresse emocional.
Rigidez articular pós-repouso:Ocorre menor lubrificação intra-articular
Parestesias:Associadas a compressões de estruturas nervosas na região da coluna vertebral (osteófitos)
Diminuição proprioceptiva:Em razão da inatividade e deterioração das estruturas periarticulares
Fraqueza Muscular:Ocorre pela distensão dos tecidos periarticulares (cápsula e ligamento) em função do edema e dor, levando a uma inibição da atividade reflexa muscular.
Espasmo Muscular:Ciclo dor-espasmo-dor
Crepitações Articulares Palpáveis:Devido á irregularidade das superfícies articulares ou atrito entre partes moles inflamadas
Limitação da ADM:Hipertrofia capsular, tendões e ligamentos, presença de osteófitos, dor e edema
Deformidades Articulares (incongruências):Ex: semiflexões de joelho e quadril: posturas que geram menos pressão e consequentemente menos dor.
Sinais Inflamatórios Articulares:Edema e derrames articulares (início) e osteófitos e espessamento capsular (+ avançadas)
Derrame Articular:Traumas e uso excessivo da articulação
Osteófitos e Nódulos Ósseos:Osteófitos: proeminências ósseas
Nódulos de Heberdem: nódulo arredondado nas margens das articulações interfalângicas distais das mãos.
Locais Acometido:
Nomenclatura dada de acordo com a articulação acometida:
Gonartrose: OA de joelhos
Espondiloartrose: OA de Coluna cervical e lombar
Coxartrose: OA de Quadril
Rizoartrose: OA de articulação carpometacarpal do primeiro dedo.
Diagnóstico:
Anamnese:
Dados pessoais
HMA: dor, rigidez matinal (<30 minutos), crepitações, dificuldade Avds, alteração funcional (amplitude dolorosa de movimento)
Exame Físico:
Inspeção: deformidades, movimentos irregulares (biomecânica), coloração da pele (inflamação?), edema, derrame, hipotrofia muscular...
Palpação: pontos dolorosos, alteração de temperatura, edema (cacifo?), crepitação...
Goniométria: geralmente está diminuída no local acometido
Testes de FM: diminuída nos grupos musculares envolvidos
Testes Especiais:
Geralmente a nível de comprometimento nervoso (cervical, lombar), C= teste de compressão, manobra valsava, adson; L= teste de lasegue, slump
Quadril: teste da bigorna, thredenlemburg, ober
Exames Radiológicos:
RX
Presença de osteófitos
Esclerose
Diminuição do espaço articular
Incongruência
Desmineralização óssea
Irregularidade articular
Tratamento:
CONSERVADOR
AINH
Corticóides
Infiltração intra-articular
Condroprotetores (sulfato de condroitina)
Repouso
FISIOTERAPÊUTICO
OBJETIVOS
Diminuição da dor e controle inflamatório
Diminuição de edemas
Aumento de ADM (funcionalidade) e diminuição da rigidez articular
Facilitação das AVDs
Aumento da FM
Melhora da postura e diminuição sobrecarga
Melhora do condicionamento físico
Orientações gerais
Conduta
Termoterapia (????) - Crioterapia
Hidroterapia
Exercícios Terapêuticos (CINESIOTERAPIA): mobilizações passivas, alongamentos passivos estáticos, tração articular.
Massoterapia, pompage
FM: exercícios isométricos (menor estresse mecânico)
exercícios isotônicos concêntricos e excêntricos: etapa mais avançada, com pouca carga e pouca repetição. Terminar com crioterapia (diminui atividade enzimática, controla dor e edema)
Técnicas de reeducação postural
Muletas, bengalas, andadores e utilização de órteses
Atividades de baixo impacto, dosada, regular e orientada
Orientações:
TERMOTERAPIA (????)
Obs: enzimas que degradam a cartilagem são praticamente inativas à temperatura articular normal (30 a 33 graus C). Elas podem aumentar em até 4 vezes a 36 graus. Eleva a taxa metabólica a níveis altíssimos.
Estágios avançados de OA (sem inflamação exuberante) com mínimas possibilidades de reparação da cartilagem
Recurso viável no controle da dor e rigidez
Orientações: (muito importante)
Perda de peso
Repouso
Evitar carregar objetos pesados
Evitar caminhadas excessivas
Evitar superfícies irregulares
Evitar subir e descer escadas
Não permanecer longos períodos em pé
Bengala do lado contralateral nas OA unilaterais
Andador ou muletas nas OA bilaterais
CIRÚRGICO
Artroscopia: “TOILLETE ARTICULAR” – debridamento
Osteotomias: reposicionamento ósseo (congruência)
Artroplastia: Endopróteses
Artrodeses: cirurgia estabiliza (funde) as articulações com enxertos ósseos ou barras metálicas.
Referências:
HEBERT, S., XAVIER, R. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Práticas. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2003 pág. 767.
WEISTEIN, S. C., BUCKWALTEHER J. A. Ortopedia de Turek: Princípios e suas aplicações. 5 ed. São Paulo: Manole, 2000 pág. 153.
Aula da Profª Esp. Carla de Campos Ciccone (Osteoartrose)
http://www.osteoartrose.com.br/deformidades.php
http://www.ortopediadoquadril.com.br/
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Artrite reumatóide juvenil

É uma doença crônica, auto imune, de etiologia desconhecida, que ocorre em crianças menores de 16 anos, que se caracteriza pela presença de artrite crônica em 1 ou mais articulações, com possíveis manifestações sistêmicas (pele, coração, olhos, etc.)
• Caracterizada por alterações como: inflamação, deformidades, alterações no crescimento, rigidez articular, fraqueza muscular, diminuição da atividade funcional.
• Não é fatal mas caso não seja tratada precocemente pode acarretar prejuízos permanentes.
Poliarticular:
-Acomete 5 articulações ou mais, simétrica, envolvendo grandes artic. (J,T,P,C,) e pequenas artic. das mãos.
- Os sintomas articulares predominam desde o início e as manifestações sistêmicas são geralmente discretas.
- Apresenta dificuldade na marcha, irritabilidade e posturas de defesa.
- Coluna cervical perde a mobilidade
- Envolvimento da temporomandibular que limita a abertura da boca.
- Vasculites cutâneas.
- Febre baixa.
- É a que acarreta maior destruição articular e com isso menor capacidade funcional e qualidade de vida.
- Pode ser dividida em dois subgrupos:
1- Com fator reumatóide negativo
2- Com fator reumatóide positivo: afeta adolescentes do sexo F e tem pior prognóstico. É mais agressiva e evolui com recorrências freqüentes ou atividade contínua.
Oligoarticular:
* Afeta 4 ou menos articulações.
* É a mais freqüente, 50% dos casos.
* J,T são artic. mais afetadas, de forma assimétrica. Coluna Cervical e mãos são pouco afetadas.
* O início é insidioso, assintomático.
* Não tem manifestações sistêmicas, exceto Uveíte.
* Possui dois subgrupos:
1- atinge meninas, menores de 5 a, alto risco de uveite.
2- atinge meninos, maiores 10a, acomete sacroilíacas, J, T, apresenta entesites e
pode desenvolver E.A.
Manifestação da artrite reumatóide juvenil:
Os sintomas podem ser encontrados em cerca de dois terços dos pacientes. Os mais comuns são: fadiga fácil, astenia, perda de pêso e distúrbios vasomotores, com sensação de dormencia e formigamento das mãos e dos pés. Pacientes com artrite reumatóide frequentemente relacionam o início de sua enfermidade com o aparecimento de distúrbios que tendem a esgotar as reservas físicas e/ou emocionais: infecção aguda, contágio, trabalho pesado, ansiedade e tensão emocional. Um início insidioso, gradual, é considerado mais característico, e ocorre em pouco mais da metade dos pacientes. Dor ao movimento e rigidez são notadas habitualmente em somente uma ou poucas articulações, seguidas de edema. Embora quase qualquer uma das articulações do corpo possa ser inicialmente comprometida, em poucas semanas as pequenas articulações das mãos e dos pés são usualmente afetadas. Um início agudo não é raro: a dor e o edema aparecem súbitamente em múltiplas articulações, associados com calafrios, febre e prostração. Às vezes, particularmente nas crianças, a reação febril é o traço destacado e pode preceder qualquer compartimento articular por vários meses.
Manifestações clínicas e sintomas:
A dor nas articulações acometidas varia consideravelmente e nem sempre é proporcional ao grau da tumefação. A dor em repouso, não aliviada por analgésicos e pelo calor, é bastante incomum, excepto quando há grave inflamação aguda. A dor ao movimento é mais persistente e é notada particularmente com movimentos de torção das mãos e dos punhos, assim como nos pés e nos joelhos ao suportar peso. A rigidez é talvez o sintoma mais constante. Caracteristicamente, o paciente com artrite reumatóide sente-se pior ao se levantar pela manhã, e necessita de um período de meia hora a várias horas para se "tornar mais ágil". Tal paciente tem geralmente sua melhora mais acentuada no final da manhã ou no início da tarde. Podem ocorrer episódios adicionais de rigidez e dor após períodos de repouso durante o dia, ou acompanhados de fadiga à tarde ou ao anoitecer. São frequentes os episódios de dor e hipersensibilidade muscular, particularmente em torno do pescoço e dos ombros. Os sintomas constitucionais variam muito de intensidade. A fadiga e certo grau de perda de peso são muito comuns; estão frequentemente associados com indisposição e fraqueza real. A febre é usualmente de baixa intensidade mas foram bem documentados casos de elevação diária persistente da temperatura de 38,8 a 40,0ºC, sem explicação razoável. Por outro lado, pode não haver elevação de temperatura.
Avaliação:
• Histórico do aparecimento da doença
• Avaliação física:
-inspeção, palpação: dor, edema, deformidades, acometimento extra articular.
- acometimento articular: contar as artic. afetadas.
- ADM: goniometria
- força muscular: teste manual (contra indicado na fase aguda).
- palmograma e plantígrafo
- equilíbrio estático e dinâmico.
* Marcha
• Avaliação postural
• Capacidade respiratória
• Avaliação funcional: AVDs, Atividades Funcionais (mudanças de decúbito, sentar- levantar)
Tratamento:
CINESIOTERAPIA
Na fase aguda exercícios passivos, suaves para não desencadear reflexos. Evoluir para exercícios assistidos e em seguida ativos suaves que devem ser realizados respeitando as limitações da doença.
Exercícios isométricos podem ser realizados durante atividade da doença ou quando o movimento ativo causar dor.
Alongamentos devem ser realizados evitando alongamentos vigorosos e as técnicas de manipulações articulares.
POSICIONAMENTO
A criança tende a adotar flexão do Q, J quando está em pé e deitada por ser mais confortável. Deve ser estimulada a deitar de prono por pelo menos 1h/dia. Pode ser necessário uso de órteses para extensão dos J.
ORIENTAÇÕES
* Repouso em posição confortável e funcional
* Elevar o local de estudar, escrever e ler para evitar flexão do pescoço e diminuição da ADM dos ombros.
* Treinar abertura da boca
* Uso de órteses noturnas
* Estimular a extensão do punho com atividades como escrita
* Estimular atividades divertidas como natação, andar de bicicleta.
* Jogar bola: chutar, jogar com as mãos.
* Sapatos estáveis e confortáveis
* Manter a mesa elevada e pés apoiados no chão.
* Ficar em prono para evitar flexão do Q e J
* Adaptar brinquedos, canetas, facilitar vestimentas, engrossar cabos de talheres, escovas de dentes
* Incentivar e encorajar a criança a ser o mais ativo possível, ir a escola, participar de ativ. Recreativas.
* Apoio psicológico para o paciente e familiares
* Tratamento ortodôtico e oftalmológico.
Referencias:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/arj_tatiane.htm
http://www.eselx.ipl.pt/saudeseguranca/doenca/artrite.htm
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Tendinite do Supra-espinhoso
São descritas basicamente como causas da tendinite, o trauma direto, a hipovascularização e o impacto subacromial.
Qualquer trauma direto no ombro com luxação ou estiramento agudo com os braços elevados pode levar à tendinopatia do supraespinhoso.
Traumas:
1) Trauma
Não ocupacional:
Esporte (vôlei, basquete, tênis, natação, etc)
Luxação traumática ou estiramento abrupto com os braços elevados
Ocupacional:
Acidente de trabalho associado a trauma com luxação ou estiramento abrupto com braços elevados
2) Hipovascularização:
Não ocupacional:
Degeneração própria da idade
Tensão do braço estático pendente
Doenças que podem levar a diminuição da vascularização local (p.e. diabetes)
Ocupacional:
Movimentos repetitivos
Postura viciosa com membros elevados e abduzidos
3) Impacto sub-acromial de origem ocupacional
Qualquer atividade que necessite de elevação do membro superior leva a Síndrome do Impacto, já descrita. São exemplos a faxineira, os trabalhadores de linha de produção, etc)
Testes:
Supra-espinhoso:
Origem: Cavidade supra-espinhosa da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula articulasr do ombro.
Ação: Abduz articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro
Teste: pcte sentado ou em pé.
Prova:Iniciação da abdução do úmero.
Pressão: Contra o antebraço na direção da adução.
Testes especiais:
Teste de Neer:
Pcte sentado, com a escápula do pcte estabilizada, o examinador passivamente realiza flexão maxima do ombro afetado.
Dor no ombro e apreensão são indicados como positivo.
Teste da lata vazia (Jobe)
Pcte em pé com ambos os ombros abduzidos à noventa graus, palmas das mãos para fora (dedão para baixo) o examinador aplica resistencia contra o movimento ativo do pcte para elevar os ombros.
Considera-se positivo fraqueza ou relato de dor.
Tratamenro:
As sessões iniciaram-se com movimentação ativa da cintura escapular.
Posteriormente, iniciava-se a mobilização passiva da articulação glenoumeral em todos os planos de movimento: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa.
Em seguida, eram realizados movimentos ativos assistidos, ativos com auxílio de um bastão e pendulares, conforme Figuras 4, 5 e 6. Também eram realizadas outras variações desses movimentos, visando não só flexão e extensão, mas também abdução, adução, rotação interna e externa.
Pode ser realizado exercicios isometricos para potencializar o ganho de ADM
Para os exercícios ativos resistidos visando a abdução, adução, flexão, extensão, rotação interna e rotação externa foi utilizado o theraband vermelho.
Também para aumentar a amplitude de movimento foram realizadas movilizações e trações da articulação glenoumeral.
Referncias:
http://www.efdeportes.com/efd127/pos-operatorio-de-reconstrucao-do-musculo-supra-espinhoso.htm
Fisioterapia em ortopedia - Dolken
Fisioterapia avaliação ortopedica - Konin
Lesão do Manguito Rotador
Anatomia: O manguito rotador é formado pelos músculos supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular.Cada tendão se mistura à cápsula glenoumeral e a reforça e todos contribuem significativamente para a estabilidade dinamica da articulação.
Existem diversos grau de lesão do manguito que pode variar desde tendinite até lesões mais graves como ruptura total do musculo.
Os sintomas de uma lesao do manguito rotador podem ser :
# Dor (geralmente piora a noite)
# Dificuldade para mobilizar o ombro (principalmente elevar)
# Fraqueza muscular
Uma área critica e suscetivel de sofrer lesão e de comprometer a estabilidade do ombro, é a ligação entre o tendão da cabeça longa do músculo bíceps e a parte anterior do lábio glenóide.
O tendão da cabeça longa do bíceps braquial está preso ao pólo superior do lábio.As lesões que ocorrem nessa área tem nome de lesões de SLAP (lábio glenoidal superior antero-posterior)
Classificação das lesões SLAP:
Tipo I: desfiamento degenerativo do lábio glenóide superior, ainda firmemente preso à fossa glenóide e ao tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial.
Tipo II: o quadro acima combina-se com o desclocamento do lábio glenóide, o tendão da cabeça longa do múculo bíceps braquial tem origem na margem da fossa glenóide, lembrando a ruptura da alça de um cesto, mas o tendão do bíceps ainda não se destacou de seu local de origem.
Tipo III: ruptura vertical do lábio glenóide similar ao rompimento em alça de balde (do menisco) sem descolar o tendão do bíceps do seu local de inserção.
Tipo IV: laceração do lábio em forma de alça de cesto, acompanhada por ruptura longitudinal do tendão do músculo bíceps e por deslocamento parcial do segmento que sofreu ruptura.
Testes:
Supra-espinhoso:
Origem: Cavidade supra-espinhosa da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula articulasr do ombro.
Ação: Abduz articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro
Teste: pcte sentado ou em pé.
Prova:Iniciação da abdução do úmero.
Pressão: Contra o antebraço na direção da adução.
Infra-espinhoso
Origem: Cavidade espinhosa sa escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a aticulação do ombro e estabiliza o ombro durante o movimento.
Teste: Pcte em DV.
Fixação: Uma mão embaixo do braço próximo ao cotovelo e estabiliza o úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido em angulo reto.
Pressão: Utilizando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.
Redondo Menor
Origem: Borda lateral da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro.
Teste: Pcte em DD.
Fixação: Face interna da extremidade distal do úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo em angulo reto.
Pressão: Empregando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.
Subescapular
Origrm: Cavidade subescapular da escápula.
Inserção: Tuberculo menor do úmero e cápsula articular do ombro.
Ação: Roda medialmente a articulação e estabiliza a articulação do ombro durante o movimento.
Teste:Idem aos anteriores.
Testes Especiais:
Sinal de Palm-up (Sinal da palma voltada para cima)
Enquanto sentado, o pcte é solicitado a manter o membro superior em abdução de noventa graus e em quarenta graus de adução tranversal, com o antebraço em supinação completa.
A leve pressão do fisioterapeuta no antebraço provoca dor típica.
Prova de O'Brien
Estando sentado, o pcte é solicitado para manter o membro superior em flexão de noventa graus, o cúbito em extensão e o antebraço em pronação.
A leve pressão do fisioterapeuta contra o antebraço desencadeia dor típica.
Tratamento:
1 - Amplitude de Movimento Escapular:
Em pé, Levar os ombros para cima, comprimir as escápulas, uma de encontro à outra.
Depois, empurrá-las para baixo como se estivesse colocando as mãos nos bolsos de trás da calça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
2 - Exercícios Com Bastão:
A - Flexão do Ombro:
Em pé, segurar um bastão com as mãos, com as palmas para baixo.
Levar os braços esticados até a cabeça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B – Rotação externa:
Em decúbito dorsal, segurar um bastão com ambas as mãos, palmas para cima.
Os braços devem ficar apoiados no chão, ao lado do corpo e os cotovelos flexionados a
90º.
Com o braço são empurrar o braço lesionado e afastá-lo do corpo.
Os cotovelos devem ficar imóveis.
Manter por 5 segundos e repetir 10 vezes.
C - Extensão do Ombro:
Em pé, segurar o bastão com as mãos atrás de seu corpo, afastá-lo das costas.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
3 - Isométricos:
A - Rotação Externa:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo dobrado a 90º e com o dorso da mão encostado no batente.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B - Rotação Interna:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo
dobrado a 90º e com a palma da mão encostada no
batente da porta.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
4 - Exercício de Rotação Externa Com a Faixa Terapêutica:
Em pé e com a mão do lado lesionado encostado no o abdômen, segurar a faixa que deve se encontrar presa a uma maçaneta de porta, do lado oposto ao braço lesionado e puxá-la rodando o braço para fora e afastando a mão da cintura, sem desencostar o cotovelo do corpo.
O cotovelo deve estar dobrado a 90º e o antebraço, paralelo ao chão.
Repetir 10 vezes e evoluir para 3 séries de 10.
Fazer 3 séries de 10 repetições.
5. Exercício Supra Espinhoso:
Em pé, braços descansados na lateral do corpo e polegares apontados para o chão, inclinar levemente o tronco para frente e levantar os braços lateralmente.
Conservar os cotovelos (braços) estendidos.
Levar as mãos até a altura do ombro.
Manter por 10 segundos, descansar e repetir 10 vezes.
Gradualmente, adicionar carga ao exercício, segurando pesos com as mãos para aumentar o fortalecimento.
Referencia:
http://www.ossosdooficio.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=61:lesao-do-manguito-rotador&catid=37:doencas-ombro&Itemid=60
http://www.clinicadeckers.com.br/html/orientacoes/ortopedia/047_lesao_rotator.html
Provas e funções - Kendall
Fisioterapia em Ortopedia - Dolken
Reabilitação física do atleta - Andrews
Existem diversos grau de lesão do manguito que pode variar desde tendinite até lesões mais graves como ruptura total do musculo.
Os sintomas de uma lesao do manguito rotador podem ser :
# Dor (geralmente piora a noite)
# Dificuldade para mobilizar o ombro (principalmente elevar)
# Fraqueza muscular
Uma área critica e suscetivel de sofrer lesão e de comprometer a estabilidade do ombro, é a ligação entre o tendão da cabeça longa do músculo bíceps e a parte anterior do lábio glenóide.
O tendão da cabeça longa do bíceps braquial está preso ao pólo superior do lábio.As lesões que ocorrem nessa área tem nome de lesões de SLAP (lábio glenoidal superior antero-posterior)
Classificação das lesões SLAP:
Tipo I: desfiamento degenerativo do lábio glenóide superior, ainda firmemente preso à fossa glenóide e ao tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial.
Tipo II: o quadro acima combina-se com o desclocamento do lábio glenóide, o tendão da cabeça longa do múculo bíceps braquial tem origem na margem da fossa glenóide, lembrando a ruptura da alça de um cesto, mas o tendão do bíceps ainda não se destacou de seu local de origem.
Tipo III: ruptura vertical do lábio glenóide similar ao rompimento em alça de balde (do menisco) sem descolar o tendão do bíceps do seu local de inserção.
Tipo IV: laceração do lábio em forma de alça de cesto, acompanhada por ruptura longitudinal do tendão do músculo bíceps e por deslocamento parcial do segmento que sofreu ruptura.
Testes:
Supra-espinhoso:
Origem: Cavidade supra-espinhosa da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula articulasr do ombro.
Ação: Abduz articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro
Teste: pcte sentado ou em pé.
Prova:Iniciação da abdução do úmero.
Pressão: Contra o antebraço na direção da adução.
Infra-espinhoso
Origem: Cavidade espinhosa sa escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a aticulação do ombro e estabiliza o ombro durante o movimento.
Teste: Pcte em DV.
Fixação: Uma mão embaixo do braço próximo ao cotovelo e estabiliza o úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido em angulo reto.
Pressão: Utilizando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.
Redondo Menor
Origem: Borda lateral da escápula.
Inserção: Tuberculo maior do úmero e cápsula da articulação do ombro.
Ação: Roda lateralmente a articulação do ombro e estabiliza a articulação do ombro.
Teste: Pcte em DD.
Fixação: Face interna da extremidade distal do úmero.
Prova: Rotação lateral do úmero com o cotovelo em angulo reto.
Pressão: Empregando o antebraço como alavanca, aplica-se pressão na direção de rodar medialmente o úmero.
Subescapular
Origrm: Cavidade subescapular da escápula.
Inserção: Tuberculo menor do úmero e cápsula articular do ombro.
Ação: Roda medialmente a articulação e estabiliza a articulação do ombro durante o movimento.
Teste:Idem aos anteriores.
Testes Especiais:
Sinal de Palm-up (Sinal da palma voltada para cima)
Enquanto sentado, o pcte é solicitado a manter o membro superior em abdução de noventa graus e em quarenta graus de adução tranversal, com o antebraço em supinação completa.
A leve pressão do fisioterapeuta no antebraço provoca dor típica.
Prova de O'Brien
Estando sentado, o pcte é solicitado para manter o membro superior em flexão de noventa graus, o cúbito em extensão e o antebraço em pronação.
A leve pressão do fisioterapeuta contra o antebraço desencadeia dor típica.
Tratamento:
1 - Amplitude de Movimento Escapular:
Em pé, Levar os ombros para cima, comprimir as escápulas, uma de encontro à outra.
Depois, empurrá-las para baixo como se estivesse colocando as mãos nos bolsos de trás da calça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
2 - Exercícios Com Bastão:
A - Flexão do Ombro:
Em pé, segurar um bastão com as mãos, com as palmas para baixo.
Levar os braços esticados até a cabeça.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B – Rotação externa:
Em decúbito dorsal, segurar um bastão com ambas as mãos, palmas para cima.
Os braços devem ficar apoiados no chão, ao lado do corpo e os cotovelos flexionados a
90º.
Com o braço são empurrar o braço lesionado e afastá-lo do corpo.
Os cotovelos devem ficar imóveis.
Manter por 5 segundos e repetir 10 vezes.
C - Extensão do Ombro:
Em pé, segurar o bastão com as mãos atrás de seu corpo, afastá-lo das costas.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
3 - Isométricos:
A - Rotação Externa:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo dobrado a 90º e com o dorso da mão encostado no batente.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
B - Rotação Interna:
Em pé, de frente para uma porta aberta, com o cotovelo
dobrado a 90º e com a palma da mão encostada no
batente da porta.
Aplicar força contra o batente.
Manter por 5 segundos, relaxar e repetir 10 vezes.
4 - Exercício de Rotação Externa Com a Faixa Terapêutica:
Em pé e com a mão do lado lesionado encostado no o abdômen, segurar a faixa que deve se encontrar presa a uma maçaneta de porta, do lado oposto ao braço lesionado e puxá-la rodando o braço para fora e afastando a mão da cintura, sem desencostar o cotovelo do corpo.
O cotovelo deve estar dobrado a 90º e o antebraço, paralelo ao chão.
Repetir 10 vezes e evoluir para 3 séries de 10.
Fazer 3 séries de 10 repetições.
5. Exercício Supra Espinhoso:
Em pé, braços descansados na lateral do corpo e polegares apontados para o chão, inclinar levemente o tronco para frente e levantar os braços lateralmente.
Conservar os cotovelos (braços) estendidos.
Levar as mãos até a altura do ombro.
Manter por 10 segundos, descansar e repetir 10 vezes.
Gradualmente, adicionar carga ao exercício, segurando pesos com as mãos para aumentar o fortalecimento.
Referencia:
http://www.ossosdooficio.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=61:lesao-do-manguito-rotador&catid=37:doencas-ombro&Itemid=60
http://www.clinicadeckers.com.br/html/orientacoes/ortopedia/047_lesao_rotator.html
Provas e funções - Kendall
Fisioterapia em Ortopedia - Dolken
Reabilitação física do atleta - Andrews
domingo, 17 de outubro de 2010
Atividade Física e Hipertensão Arterial

Dentre as medidas não farmacológicas de tratamento para HAS a atividade tem sido amplamente recomendada. Diversos estudos tem verificado que o treinamento físico é capaz de diminuir a pressão arterial de indivíduos hipertensos. No entanto deve-se atentar para a adequação do treinamento físico para essa finalidade, ou seja, quais as características do treinamento físico que ampliam seu efeito hipotensor.
Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação inversa entre a pressão arterial e o nível de atividade física habitual ou o nível de condicionamento físico do indivíduo. Entre os hipertensos têm sido demonstrada que o treinamento físico diminui significativamente a pressão arterial de repouso, em média na ordem de 10 mmHg, tanto da pressão sistólica quanto da diastólica, nos casos de HAS leve. Os efeitos do treinamento sobre a pressão arterial de 24 horas é até o momento controverso com poucos estudos e resultados contraditórios.
Mecanismo de ação hipotensora:Os mecanismos de redução da pressão arterial são múltiplos, complexos e ainda não totalmente esclarecidos. São basicamente mecanismos hemodinâmicos, neurais e hormonais.
Mecanismos hemodinâmicos: Redução da resistência vascular periférica decorrente de um estado de vasodilatação induzida pelo exercício; Redução do débito cardíaco, pela diminuição da freqüência cardíaca basal e por uma possível redução do volume plasmático dos indivíduos hipertensos treinados.
Mecanismos neurais: Redução da atividade simpática, que explicaria as alterações hemodinâmicas de vasodilatação periférica e bradicardia. O mecanismo é ainda desconhecido mas sugere-se um aumento dos níveis de prostaglandina E e redução dos níveis de insulina.
Prescrição de exercícios:Para que o exercício traga benefícios ao hipertenso deve-se atentar para o tipo, intensidade, freqüência e duração do treinamento físico.
Tipo de exercício: O exercício dinâmico aeróbico comprovadamente reduz a pressão arterial, sendo considerado o mais adequado para o hipertenso. A sobrecarga pressórica imposta ao sistema cardiovascular durante a realização de exercícios isométricos e a efetividade duvidosa desse tipo de exercício como agente hipotensor levou a desencorajar este tipo de exercício para o hipertenso. No entanto atualmente tem sido recomendado que os exercícios aeróbios sejam complementados por exercícios localizados, realizados também de forma dinâmica com baixa intensidade e grande número de repetições (ver adiante em intensidade do exercício). Dessa forma se obteria uma melhor integridade do sistema musculo-esquelético e um aumento da força muscular que levaria a uma diminuição da sobrecarga diária ao coração, por redução da FC e da PA durante os esforços da vida cotidiana.
Intensidade do exercício: O exercício leve a moderado possui efeito hipotensor semelhante ou mesmo superior ao exercício intenso, e a pressão arterial se eleva menos durante a sua execução. Aconselha-se que o exercício aeróbio de intensidade adequada para a redução da pressão arterial é aquele que atinge de 50 a 70% do VO2 Max. Esse valor pode ser deduzido pela FC de reserva calculada pela fórmula:
FC treino = (FC Max - FC repouso) X % intensidade (50 a 70) + FC repouso
Para os exercícios localizados recomenda-se o uso de 40 a 50% da carga máxima voluntária com grande número de repetições (20 a 25).
Freqüência do exercício: Para que haja algum efeito hipotensor é recomendável uma freqüência mínima de 3 vezes por semana. Freqüências de exercícios semanais maiores produzem maior efeito hipotensor. Quanto a exercícios localizados recomenda-se a freqüência de 3 sessões semanais.
Duração do exercício: Possui relação direta com a condição física do indivíduo. Tempos maiores de exercício (40 minutos) são mais eficazes que períodos curtos de exercício (10 minutos) para obter o efeito hipotensor. Recomenda-se que o exercício aeróbio tenha de 30 a 45 minutos de duração.
Aplicado à Hipertensos
A Hipertensão é uma condição na qual a tensão arterial encontra-se cronicamente elevada, acima dos níveis considerados desejáveis ou saudáveis para a idade e a superfície corporal do indivíduo (Pollock, 1993:06).
Na maioria dos casos, a hipertensão pode ser resultante de fatores genéticos, de uma dieta com altos teores de sódio, obesidade, da inatividade física, estresse, de uma combinação destes fatores, e outros (Pollock, 1993:13).
Efeitos da atividade física em Hipertensos:
A atividade física altera a pressão sangüínea, mas, esta alteração depende da pressão arterial do indivíduo, ou seja, em indivíduos com PA normal, pouco alteração ocorre com o treinamento, mas, provocam redução significativas em indivíduos hipertensos leves e moderados (Fagard & Tipton, 1994; citado por Guedes, 1995). Os exercícios aeróbios moderados e de longa duração são os mais eficientes na diminuição ou na regularização da PA, principalmente quando associados à redução do peso corporal e da ingesta de sal (Sannerstedt, 1987; citado por Guedes, 1995).
O American College of Sports Medicine (ACSM) e outros revisores concluíram que as pessoas com hipertensão discreta podem esperar uma queda média das pressões arteriais sistólica e diastólica de 8 a 10 mmHg e 6 a 10 mmHg, respectivamente, em resposta ao exercício aeróbio regular.
Indivíduos hipertensos submetidos a exercícios físicos tendem a reduzir a concentração circulante de catecolaminas, o que, somado à diminuição do tônus simpático, provoca diminuição do débito cardíaco e na resistência vascular periférica, resultando em menor pressão arterial em repouso (Fagard & Tipton,1994).
Os programas de exercícios devem ser de predominância aeróbia, como caminhadas, corridas leves, cicloergômetros, ciclismo, natação, etc…
A freqüência das atividades não deve ser inferior a 4 vezes por semana, com a duração inicial de 30 minutos aumentando gradativamente a 1 hora e a intensidade entre 40 a 65 % da Fc máx.
Pressão arterial e exercício:
Exercício com resistência estática dinâmica comprimem o sistema arterial periférico e acarretam aumentos agudos e dramáticos na resistência ao fluxo sangüíneo.
Exercícios crônicos do treinamento de resistência podem causar maior elevação na pressão arterial, e comparada com o movimento dinâmico de menor intensidade, porém não parece que essa forma de treinamento seja capaz de causar qualquer aumento a longo prazo na pressão arterial de repouso.
Exercício em ritmo estável na atividade muscular rítmica tipo trote, natação e ciclismo, provoca a dilatação dos vasos sangüíneos nos músculos ativos, reduz a resistência periférica total e aumenta o fluxo de sangue através de grandes segmentos da árvore vascular periférica.
Exercício progressivo: nessa situação, as pressões sistólicas (PAS), diastólica (PAD) e média são plotadas como uma função da quantidade de sangue ejetada para dentro do circuito arterial a cada minuto, o que constitui o débito ou rendimento cardíaco.
Pressão arterial nos exercícios de braço: o fluxo sangüíneo para os braços durante o exercício exige, uma cabeça de pressão sistólica muito maior. É evidente que essa forma de exercício representa um esforço cardiovascular maior, pois o trabalho do coração aumenta consideravelmente.
Na recuperação após uma sessão de exercício submáximo contínuo, a PAS é reduzida temporariamente para níveis abaixo do valor pré - exercício para indivíduos tanto normotensos quanto hipertensos. Essa resposta hipotensa ao exercício prévio dura cerca de duas a três horas durante a recuperação
Conclusão: A atividade física pode aumentar a capacidade cardiovascular e reduzir a demanda de oxigênio pelo miocárdio para um dado nível de exercício, tanto em indivíduos normais, quanto na maioria dos pacientes cardiácos. As atividades físicas exercidas regularmente são necessárias para manter os efeitos obtidos ao treinamento. Os riscos potenciais associados aos exercícios intensos podem ser reduzidos através da orientação correta . As atividades físicas podem auxiliar no controle do tabagismo, da hipertensão, das dislipidemias, do diabetes, da obesidade e do estresse emocional. As evidências sugerem que o treinamento físico pode proteger contra o desenvolvimento da doença coronariana, além de poder melhorar a probabilidade de sobrevida após um ataque cardíaco.
A hipertensão arterial atinge mais de 30 % da população adulta, principalmente acima dos 30 anos de idade. Embora exista uma influência de fatores hereditários, dentre eles os familiares, na elevação da pressão arterial, sabem que condições de vida contribuem para esta elevação: baixa escolaridade, desemprego, baixos salários etc., assim como o estilo de vida - comer muito sal, deixar de ser “estressado”, estar acima do peso, não fazer exercícios e ingerir bebida alcoólica em excesso.
Esta doença é considerada perigosa porque freqüentemente não causa sintomas, mas pode acarretar conseqüências graves para o indivíduo como: acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio (insuficiência do coração), insuficiência renal ou ainda obstrução das artérias que levam o sangue para as pernas, se não for diagnosticada e tratada adequadamente.
É necessário que todas as pessoas, mesmo que não sintam nada, devem verificar sua pressão arterial no Posto de Saúde pelo menos a cada seis meses (no máximo).
Todo hipertenso deve fazer atividade física, desde que esteja com a pressão arterial controlada e os exercícios sejam feitos de forma adequada, sempre acompanhada de um profissional competente e qualificado.
Antes de começar a atividade física, o ideal é fazer um teste ergométrico, principalmente, se tiver outros fatores de risco cardiovasculares associados. A supervisão médica, durante as sessões de exercício, não é necessária, a não ser que o hipertenso tenha alguma doença no coração. Mas, se for acompanhado por um professor de educação física, desenvolverá um trabalho mais eficiente, completo e com menos riscos à sua saúde.
O exercício recomendado ao hipertenso é o aeróbio, executado de três a cinco vezes por semana, com duração de 40 a 50 minutos e intensidade de leve a moderada, ou seja, 50 a 70% da freqüência cardíaca.
Esse exercício auxilia na redução da pressão arterial, porém, pensando na saúde global do indivíduo, deve-se também fazer exercícios localizados e de alongamento.
É preciso que se realize uma avaliação física para que determine com eficácia os exercícios a qual devem ser trabalhados com fidedignidade.
Os benefícios da atividade física no controle da pressão arterial acontecem por diversos fatores diretos e indiretos da atividade física no organismo:
- Alterações cardiovasculares (Diminuição da freqüência cardíaca de repouso, débito cardíaco no repouso e resistência periférica);
- Alterações endócrinas e metabólicas (Diminuição da gordura corporal, diminuição dos níveis de insulina, diminuição na atividade do sistema nervoso simpático, aumento da sensibilidade à insulina, melhora da tolerância à glicose);
- Composição corporal (Efeito diurético, aumento da massa muscular e aumento da força muscular);
- Comportamento (Diminuição do stress e ansiedade)
Lembre-se, se for faz parte deste quadro de pessoas hipertensas, a prática de uma atividade física tende realmente e melhorar, porém procure profissionais com qualificação e sinta a diferença!!
domingo, 26 de setembro de 2010
Acidente Vascular Encefalico - AVE

O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas.
As causas mais comuns são os trombos, o embolismo e a hemorragia.
Apresenta-se como a 2ª causa de morte no mundo. O AVC é a principal causa de incapacidade neurológica dependente de cuidados de reabilitação e a sua incidência está relacionada com a idade.
O AVC é uma ameaça à qualidade de vida na velhice não só pela sua elevada incidência e mortalidade, mas também pela alta morbilidade que causa, implantando-se frequentemente em pessoas já com problemas físicos e/ou mentais.
O AVC é provocado por uma interrupção no suprimento de sangue ao cérebro e ocorre quando uma artéria que fornece sangue ao cérebro fica bloqueada ou se rompe.
Se as células cerebrais perdem o suprimento de oxigénio e de nutrientes por consequência elas podem parar de trabalhar temporariamente ou então, morrem. Esta morte resulta em áreas de necrose localizada que são designadas como enfartes cerebrais. Mas existem muitas células remanescentes que podem provocar o ressurgimento de movimentos perdidos se o paciente for tratado devidamente.
Fatores de risco
Os principais factores de risco para a manifestação de um AVC são: a idade, a patologia cardíaca, a diabetes mellitus, aterosclerose, heredietariedade, raça, contraceptivos orais, antecedentes de acidentes isquémicos transitórios (AIT) ou de acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial, dislipidémia, sedentarismo, elevada taxa de colesterol e predisposição genética.
Fisiopatologia
O tecido nervoso depende totalmente do aporte sanguíneo para que as células nervosas se mantenham activas, uma vez que não possui reservas. A interrupção da irrigação sanguínea e consequente falta de glicose e oxigénio necessários ao metabolismo, provocam uma diminuição ou paragem da actividade funcional na área do cérebro afectada.
Se a interrupção do aporte sanguíneo demorar menos de 3 minutos, a alteração é reversível, no entanto, se ultrapassar os 3 minutos, a alteração funcional pode ser irreversível, provocando necrose do tecido nervoso.
AVC isquémico ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado, frequentemente pela formação de uma placa aterosclerótica ou pela presença de um coágulo que chega através da circulação de uma outra parte do corpo.
A arteriosclerose produz a formação de placas e progressiva estenose do vaso. As suas sequelas são então a estenose, ulceração das lesões arterioscleróticas e trombose.
A trombose cerebral refere-se à formação ou desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou de seus ramos. Os trombos podem ser deslocados, “viajando” para outro local, sob a forma de um êmbolo.
Os êmbolos cerebrais são pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias, ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até as artérias cerebrais, produzindo a oclusão e enfarte.
O AVC pode ainda ocorrer por um ataque isquémico transitório. Este, refere-se à temporária interrupção do suprimento sanguíneo ao cérebro.
AVC hemorrágico (acontece em 10% dos AVC’s) ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo, ou quando a pressão no vaso faz com que ele se rompa devido à hipertensão. A hemorragia pode ser intracerebral ou subaracnoideia. Em ambos os casos, a falta de suprimento sanguíneo causa enfarto na área suprida pelo vaso e as células morre.
Tipos de AVE
O AVC trombótico é o mais comum (40% dos AVC’s) e é causado pela aterosclerose – trombose cerebral. Há o desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais ou dos seus ramos, o que vai originar enfarto ou isquemia.
O AVC embólico ocorre em 30% dos casos AVC’s e é criado por êmbolos cerebrais. São pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até às artérias cerebrais, produzindo oclusão ou enfarto (doenças cardiovasculares).
O AVC lacunar é provocado em 20% dos AVC’s e é ocasionado por enfartes muito pequenos com menos de 1cm cúbico de tamanho, que ocorrem somente onde arteríolas perfurantes se ramificam directamente de grandes vasos. É comum o défice motor puro ou sensitivo puro.
Artéria Carótida Interna:Esta artéria é qualificada pela hemianópsia, afasia (se for o hemisfério dominante), hemiplegia contra lateral e hemianestesia contra lateral. Pode ocorrer um extenso edema cerebral, levando frequentemente ao coma e à morte.
Artéria Cerebral Anterior:As lesões nesta artéria são raras. E é caracterizada pela confusão mental, afasia (se for o hemisfério dominante), hemiplegia contra lateral (com predomínio do membro inferior), hemianestesia contra lateral (com predomínio do membro inferior), e pode haver apraxia de marcha, reflexo de sucção, reflexos de preensão e incontinência urinária e fecal.
Artéria Cerebral Média:Esta artéria é o local mais comum de AVC. E é especializada pelo coma, hemianópsia, hemiplegia (com predomínio do membro superior), hemianestesia (com predomínio do membro superior), afasia (se for o hemisfério dominante), e agnosia visual.
Artéria Cerebral Posterior:Esta artéria é representada pela hemianópsia, afasia, agnosia visual, alexia, hemiplegia e hemianestesia, muitas vezes são sintomas temporários.
Artéria Vértebro – Basilar:Esta artéria é assinalada pelo coma, diplopia, hemiplegia, paralisia pseudo bulbar, tetraplegia e anestesia completa.
Quando a lesão é no Hemisfério Esquerdo (Hemiplegia Direita) ocorrem afasias, apraxias ideomotoras e ideacionais, alexia para números, descriminação direita/esquerda e lentidão em organização e desempenho.
Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda) ocorre alteração viso espacial, auto negligência unilateral esquerda, alteração da imagem corporal, apraxia de vestuário, apraxia de construção, ilusões de abreviamento de tempo e rápida organização e desempenho.
Fase de recuperação
Persistência da hipotonia (estágio flácido), havendo perda motora geral e perda sensorial severa. O braço fica mole e caído e o paciente não consegue firmar-se no espaço devido à fraqueza muscular e ao baixo tónus muscular, sendo o mais incapacitante dos 3 estágios.
Evolução para o tónus normal (o estagio de recuperação), os movimentos iniciam-se nos membros, primeiro mais distalmente, permanecendo na generalidade uma leve incapacidade.
Evolução para a hipertonia (o estágio espástico), a recuperação da função motora com uma evolução para a espasticidade é bastante frequente. Há uma recuperação inicial dos movimentos proximais dos membros. O tónus muscular aumentado conduz à espasticidade que se apresenta nos músculos antigravíticos.
Este tónus muscular é diferente em cada indivíduo, influenciando a qualidade do movimento:
-espasticidade severa: os movimentos são difíceis e por vezes impossíveis devido à contracção muscular contínua;
-espasticidade moderada: os movimentos são lentos e realizados com esforço e coordenação anormal;
-espasticidade leve: os movimentos grossos dos membros são possíveis, enquanto os movimentos finos da mão são difíceis.
Ataxia, é resultado em alguns casos de hemiplegia (principalmente os causados por trauma), o cerebelo ou o sistema cerebelar pode ser afectado. Os movimentos são descontrolados e excessivos, havendo dificuldade na realização e manutenção das posições intermediárias de um movimento. A realização de tentativas voluntárias para resolver esses problemas causa tremor intencional e dismetria.
Segundo Bobath, também, existem três estádios pós-AVC: 1º estádio é a hipotonia no hemicorpo afectado, 2º estádio é a hipertonia do hemicorpo afectado e o 3º estádio é a de recuperação relativa que depende de muitos factores entre os quais o local e a extensão da lesão, a idade, a capacidade do sistema nervoso se reorganizar (plasticidade) e a motivação/atitude do utente que podem fazer variar o tempo de permanência entre os estádios e condicionar a recuperação.
Sintomas
acidente vascular isquêmico
·perda repentina da força muscular e/ou da visão
·dificuldade de comunicação oral
·tonturas
·formigamento num dos lados do corpo
·alterações da memória
Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos.
dor de cabeça
acidente vascular hemorrágico
·edema cerebral
·aumento da pressão intracraniana
·náuseas e vômitos
·déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.
Tratamento
A fisioterapia tem fundamental importância na recuperação deste paciente sendo o responsável pela sua reabilitação física. Quanto mais rápido for instituído o tratamento, melhores serão os resultados.
O AVE costuma deixar seqüelas motoras que são hemiplegia ou hemiparesia, que consiste, respectivamente, na perda total ou parcial de movimentos no braço e perna do mesmo lado do corpo, sendo comum também atingir a face. Ainda em relação aos aspectos motores, podemos observar espasticidade, incoordenação motora e alterações no equilíbrio e marcha.
Exercícios de relaxamento: balanço suave com técnicas rítmicas que enfatizem a estimulação vestibular lenta, na produção de um relaxamento generalizado da musculatura do corpo;
Exercícios para amplitude de movimento: devem ser realizados exercícios ativos, ativo-assistidos ou passivos diversas vezes ao dia, alongamento passivo e prolongado no máximo comprimento muscular evitando-se os excessos para não promover dor e técnicas de mobilização articular.
Exercícios de mobilidade: deve basear-se nos padrões de movimentos funcionais que envolvam os diversos segmentos corporais, enfatizando-se os movimentos extensores, abdutores e rotatórios;
Exercícios respiratórios: para aumento da mobilidade da parede torácica e para a melhora da ventilação pulmonar;
Treinamento de marcha: este treinamento busca suplantar as seguintes deficiências primarias: deambulação, mau alinhamento postural e reflexos posturais anormais.
O método facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) faz uso de padrões funcionais de movimento, para os quais o fisioterapeuta utiliza uma variedade de estímulos sensoriais para facilitar o movimento.
O conceito neuroevolutivo Bobath permite diminuir a espasticidade muscular e introduzir os movimentos automáticos e voluntários, a fim de preparar o paciente para os movimentos funcionais, onde o tônus anormal pode ser inibido e os movimentos normais facilitados.
Descarga de peso e posicionamento no leito.
A Reeducação Funcional Respiratória RFR é indicada devido ao comprometimento da musculatura respiratória, principalmente do diafragma, que leva a um déficit na capacidade respiratória. É realizada por meio de Cinesioterapia Respiratória e tem como objetivos estabelecer ou restabelecer um padrão de respiração adequado, mecânica e fisiologicamente.
Referencias:
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/304/acidente-vascular-cerebral
http://www.acidentevascularcerebral.com/avc-sindromes-resultantes.html
www.fes.br/disciplinas/.../Acidente%20Vascular%20Encefálico.ppt
domingo, 19 de setembro de 2010
Queda e Imobilismo

Quedas
A instabilidade postural e as quedas são as principais causas da incapacidade do idoso. Quando o idoso cai significa a total perda do equilíbrio postural, decorrentes de fatores próprios da pessoa isolados e/ou a incapacidade de superar a instabilidade provocada por fatores ambientais.
As quedas e suas conseqüências se fazem presentes em todas as épocas da vida, porém são encaradas explicitamente como um problema da idade avançada. Os indivíduos idosos caem mais e correm mais riscos de lesões. O impacto psicológico das quedas é devastador entre os indivíduos mais velhos. Um episódio de queda pode ocasionar o trauma direto, imobilidade pós-queda, danos psicológicos e sociais assim como ser causa de mortalidade. O idoso jovem (60-75anos) cai devido a tropeções e escorregões, enquanto que os idosos acima de 75 anos caem por enfermidades, como músculo-esquelética, cardíacas, neurológicas, sensoriaise pelo uso de medicamentos1. Estima-se uma incidência de 28 a 35% de quedas nas pessoas com mais de 65 anos, 35% naqueles acima de 70 anos e 42% naqueles com mais de 75 anos.
As causas deste problema entre os mais velhos podem ser únicas e claramente identificadas, ou, mais comumente, múltiplas e de difícil individualização. Estão intimamente relacionadas com a postura e a marcha, que, por sua vez, sofrem várias influências do envelhecimento normal e patológicos.
Diversas alterações biológicas importantes são evidentes a partir dos 60 anos de idade decorrentes do processo de envelhecimento normal.
Estas alterações acometem os diversos órgãos e sistemas corporais, como o sistema nervoso central, sistema visual, auditivo, cardiovascular,sensorial e etc. Problemas posturais ou músculo-esqueléticos são comuns no idoso. Ficar em pé e andar torna-se mais difícil, tanto por desgaste nas articulações, pela diminuição da velocidade dos reflexos no músculo esquelético quanto por alterações nas funções perceptivas envolvidas com a visão e a audição. Além das condições intrínsecas do organismo do idoso, inúmeros medicamentos causam efeitos colaterais que podem piorar o equilíbrio.
O envelhecimento crescente da população com maior risco de cair, torna cada vez mais urgente o planejamento e a adequação ergonômica dos ambientes para a pessoa idosa como prevenção de quedas.
Identificar os fatores de risco é passo importante, pois, ajudam a identificar e compreender as causas das quedas, ajudam identificar idosos com maior probabilidade de cair, podem ser modificáveis e apontam para intervenções específicas.
INTRÍNSECAS DO ORGANISMO MEIO AMBIENTE/EXTRÍNSECAS
Ataque isquêmico transitório Pouca iluminação
Hipotensão Postural Tapetes soltos
Arritmias Piso encerado
Oclusão das artérias vertebrais Desnível das calçadas públicas
Episódios de tontura e vertigem Passagens obstruídas por objetos
Epilepsia Escadas não ergonômicas
Doença Parkinson Falta de barras de apoio
Miopatias Polifarmácia
Neuropatias periféricas
Hidrocefalia de pressão normal
Demências
Problemas de Visão
Propriocepção/Sistema Vestibular
Imobilidade
O processo de imobilidade do idoso é melhor compreendida como Síndrome da Imobilização e é definida como: “Complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares e, por conseguinte, da incapacidade da mudança postural”. Ou usando-se critérios maiores e menores: “Os critérios maiores seriam o déficit cognitivo médio a grave e múltiplas contraturas, os critérios menores são sinais de sofrimento cutâneo ou úlcera de decúbito, disfagia leve a grave, dupla incontinência e afasia”. A Síndrome da Imobilização pode ser considerada quando o idoso apresenta os critérios maiores e pelo menos duas características dos critérios menores.
Sistemas acometidos pela imobilização prolongada
1. Sistema Musculoesqueléticos;
2. Tecido Articular;
3. Tecido Ósseo;
4. Sistema Tegumentar;
5. Alteração Cardiovascular;
6. Sistemas Metabólicos e Endócrinos;
7. Sistema Gastrointestinal;
8. Sistema Geniturinário;
9. Sistema Respiratório;
Orientações Gerais
• Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;
• Mantenha em sua dieta uma ingestão adequada de Cálcio e vitamina D;
• Tome banhos de sol diariamente;
• Participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo;
• Elimine de sua casa tudo aquilo que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimão e outros acessórios de segurança;
• Use sapatos com sola antiderrapante;
• Amarre o cadarço do seu calçado;
• Substitua os chinelos que estão deformados ou estão muito frouxos;
• Use uma calçadeira ou sente-se para colocar seu sapato;
• Evite sapatos altos e com sola lisa;
• Evite ingestão excessiva de bebidas alcoólicas;
• Mantenha uma lista atualizada de todos os medicamentos que está tomando ou que costuma tomar, e as dê para os médicos com quem faz consulta;
• Informe-se com o seu médico sobre os efeitos colaterais dos remédios que você está tomando e de seu consumo em excesso;
• Certifique-se de que todos os medicamentos estejam claramente rotulados e guardados em um local adequado (que respeite as instruções de armazenamento);
• Tome os medicamentos nos horários corretos e da forma que foi receitada pelo médico, na maioria dos casos acompanhado com um copo d'água;
• Nunca ande só de meias;
• Fadiga muscular e confusão mental aumentam o risco de quedas;
• Mulheres que não conseguem encontrar sapatos esportivos suficientemente largos para o formato do seu pé devem comprar na seção masculina, pois estes sapatos têm fôrmas maiores;
• Estatísticas norte-americanas indicam que 60% das quedas em idosos acontecem dentro de casa: ao subir escadas, escorregões em superfícies muito lisas e tropeços, entre outras situações.
Prevenção
Estimulação da mobilidade.
Evitar a restrição ao leito.
Cuidado com o toque (firmeza sem machucá-lo).
Diminuir a dor, o desconforto.
Realizar trocas posturais constantes.
Posicionar corretamente, com uso de coxins.
Deixar a pele sempre seca e hidratada.
Deixar lençóis sempre bem esticados e sem restos alimentares.
Não fazer fricção durante as transferências.
Hidrate-o sempre.
Quando possível, peça a ajuda de outra pessoa.
Não alimente o idoso deitado e nem com extensão ou rotação de pescoço.
Caso esteja se engasgando, sente-o, e evite alimentos muito líquidos e prefira os mais pastosos.
Evite a posição em flexão das articulações.
Faça mobilizações articulares constantes.
Tratamento Fisioterapêutico
O tratamento de um paciente com risco ou história de queda exige uma conduta multidisciplinar. O sucesso do plano terapêutico é dependente do envolvimento dos familiares ou cuidadores bem como do próprio paciente.
As condutas de intervenção podem ser as seguintes:
Programa de melhora do equilíbrio e marcha (supervisão de profissional)
Exercícios de fortalecimento muscular
Descontinuação gradual de medicações psicotrópicas e suspensão de possíveis medicamentos
Modificações domésticas após alta hospitalar, condições seguras no domicílio
Uso de Andador/Bengala
Tai chi chuan
Corrigir visão
Uso de adaptadores e protetores pélvicos
Reabilitação auditiva
Estimular a movimentação no leito e a indepêndencia nas atividades.
Estimular a deambulação (caminhada).
Prevenir complicações pulmonares.
Auxiliar na resolução de patologias pulmonares já instaladas.
Promover um padrão respiratório mais eficaz.
Evitar complicações circulatórias.
Reduzir a dor.
Manter força muscular e a amplitude de movimentos com exercícios. Ex:
Isométricos, metabólicos, ativo-livre, ativo-resistidos e passivos.
Evitar encurtamentos musculares, atrofias e contraturas.
Melhorar mobilidade e flexibilidade, coordenação e habilidade.
Promover relaxamento.
Prevenir e tratar o edema (inchaço) que pode ocorrer como conseqüência da patologia de cirurgias ou da imobilização no leito.
Promover a reeducação postural.
Promover a conscientização corporal.
Prevenção de úlceras de pressão (desde a fase aguda hospitalar, realizando mudanças de dec.de 2/2hs).
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