terça-feira, 22 de junho de 2010

Atelectasia Pulmonar

Definição:
É o colapso de parte ou de todo o pulmão, por um bloqueio na passagem de ar pelos brônquios e bronquíolos.
Esse bloqueio pode ser por acumulo de secreção, quando algum objeto inadvertidamente; entra na via area e chega ao brônquio, por tumores que pode se originar no brônquio ou pressiona-lo externamente,pctes com doença pulmonar crônica ou que ficam muito tempo acamado submetidos a anestesia geral.
Etiologia:


A– Reabsorção
B- Compressão extrínseca ou intrínseca
C- Adesiva
D- Cicatrização
E- Reabsorção + infecção – redução de volume incompleta











Reabsorção – FiO2 a 100%, corpo estranho(2,3)
Compressão extrínseca ou intrínseca – tumor, derrame pleural, pneumotórax, cistos, abscessos
Adesiva – DMH(3), SAM
Cicatrização – bronquiectasia, fibrose
Reabsorção + infecção – redução de volume incompleta – pneumonia, SAM












A expansão dos pulmões do RN no nascimento prevê a reabsorção do líquido que preenche os espaços alveolares e a dilatação dos vasos sangüíneos necessários para a respiração, a partir da entrada do ar a cada inspiração.
Fisiopatologia:





Conseqüência de um obstáculo à entrada de ar nos espaços alveolares que dura tempo bastante para que os gases dos espaços aéreos sejam difundidos e o colapso alveolar se instale.
A área atingida depende do nível da obstrução, podendo envolver desde uma unidade periférica até todo o pulmão.

Respirando ar atmosférico (A)– um lobo pulmonar leva 12 a 24 horas para colapsar-se; um
alvéolo, um ciclo respiratório (765/705 mmHg – ext/int)

Respirando ar enriquecido (B) - a atelectasia é mais rápida; O2 puro em RN, opacificação total
dos pulmões em 3 a 5 minutos (760/147 mmHg –
ext/int).
Considerar:
• a complacência e a condutância aumentam em valor absoluto com a idade; o pulmão torna-se mais elástico e suas estruturas opõem menor resistência ao fluxo;
• existe desigualdade de crescimento entre vias aéreas e parênquima; relação brônquios/parênquima pulmonar varia até 8 anos de idade;
• poros de Köhn começam a abrir-se por volta dos 6 anos de idade; formados por volta de 12 a 13 anos;
• elasticidade aumenta com a idade – alveolização progressiva até os 8 anos (número de alvéolos será multiplicado por 12 a 15)
• mecânica ventilatória na criança – volumes alterados pela maior complacência – hiperinsuflação e alta FR compensatórias, com aumento da CRF para prevenir o colapso das vias aéreas;
• durante o primeiro ano de vida, as meninas são mais beneficiadas que os meninos por esse crescimento.
Sinais Clínicos:
• dispnéia, cianose, baixa saturação de O2, alteração da FR
• desconforto, desânimo, inapetência
• ausculta – MV reduzido ou ausente na região afetada; RA podem estar presentes (roncos, sibilos e estertores), podendo alterar-se na ausculta com mudança de decúbito
RaioX:
• opacidade ocupando áreas da imagem pulmonar, em local não correspondente a qualquer estrutura
fisiologicamente hipotransparente;
• extensão, intensidade e forma variada, dependendo da etiologia e do estadio da condição;
• presença de desvio de mediastino homolateral, (quando suficientemente grande para isso), estreitamento dos espaços intercostais homolaterais; hiperinsuflação contralateral compensatória.


Tratamento Fisioterapeutico:
  • Higiene bronquica no caso de acumulo de secreção, ao fim realizando uma aspiração se necessario.
  • Reexpansão pulmonar, através de manobras como a pressão negativa.
  • Reposicionar o paciente para que ele não fique deitado sobre o pulmão atelectasiado.

Prevenção:
• Prevenir a prematuridade
• Promover a maturidade do PII (produção prematura de surfactante) nos partos prematuros
previsíveis
• Evitar a oxigenoterapia além do estritamente necessário
• Cuidados com a VMI (intubação seletiva, semiextubação, umidificação e aquecimento dos gases,
higiene do equipamento e manuseio)
• Promover HB adequada
• Promover posicionamento adequado e correções de postura


Referencias:
http://www.abcdasaude.com.br/
http://www.cpep-fisio.com.br/
http://www.fisioweb.com.br/

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